Por Altamiro Borges
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que está em prisão domiciliar com a sua tornozeleira, seguirá sob investigação por mais 60 dias. A prorrogação foi decidida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é responsável pelo inquérito que apura as ações fascistas do brutamonte bolsonarista.
O parlamentar, eleito em 2018 na onda reacionária após destruir uma placa da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), responde a uma investigação por publicar vídeo com ameaças aos ministros do STF, exaltar o AI-5 (o ato mais violento da ditadura militar) e espalhar fake news.
Alexandre de Moraes acatou pedido da Polícia Federal, que informou, em 27 de maio, ainda não ter tido acesso integral ao conteúdo dos celulares apreendidos com o deputado. A PF aguarda as respostas da Apple e do Facebook, dono do WhatsApp, sobre as mensagens criminosas do investigado.
Deputado bolsonarista é perigoso
No final de abril, o STF aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Daniel Silveira. Com isso, o troglodita bolsonarista virou réu. Ao ler seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que "liberdade de expressão não se confunde com liberdade de agressão".
Em fevereiro passado, o deputado foi preso em flagrante. Ele responde pelo crime de coação no curso do processo (usar de "violência ou grave ameaça" contra autoridades) e por estimular o emprego de violência contra o livre exercício dos Poderes e incitar as Forças Armadas contra o STF.
Daniel Silveira ficou quase um mês numa cela da PM em Niterói até ser colocado em prisão domiciliar em 14 de março. Para conceder o benefício, Alexandre de Moraes impôs o uso de tornozeleira eletrônica, proibiu visitas sem autorização e pediu o bloqueio dos seus perfis no Facebook, Twitter e Instagram.
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