segunda-feira, 1 de junho de 2020

Bolsonaro cede ao Centrão para evitar queda

São Paulo precisa de lockdown

Por Ivone Silva

Apesar de São Paulo ter um número crescente de casos pela Covid-19, com uma média de aproximadamente cem mortes por dia na capital, o governador, João Doria, e o prefeito, Bruno Covas, anunciaram o início da flexibilização da quarentena em algumas cidades, a partir de 1º de junho.

A cidade de São Paulo se enquadra na chamada fase 2-laranja do nível de restrição, podendo abrir shoppings, comércio em geral, atividades imobiliárias, concessionárias de veículos e escritórios, com adequação aos protocolos de saúde elaborados pelo comitê econômico do governo paulista.

Rosa Luxemburgo: um pássaro deixa de cantar

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

De repente, nessa atmosfera espectral, 
à beira da minha janela, ergueu-se o canto
do rouxinol. No meio desta chuva, destes
relâmpagos, do trovão, dir-se-ia o carrilhão
de um sino argentino. O rouxinol cantava com 
paixão, como se quisesse abafar o barulho do
trovão e iluminar o crepúsculo. Nunca ouvi 
nada mais belo. No céu, alternadamente plúmbeo
e púrpura, o seu canto fazia lembrar uma
cintilação de prata. Tudo era tão misterioso e de
uma beleza tão inacreditável que repeti 
involuntariamente o último verso do poema de Goethe: 
“Ah, e não estás tu ao pé de mim”... 
(Carta a Sônia Liebknecht, enviada à prisão, 
fins de maio de 1917. VARES, Luiz Pilla. 
Rosa, a Vermelha. São Paulo: Busca Vida, 1988, p. 250). 


Quarentena, se nada propiciar, evoca lembranças adormecidas, jogadas a um canto, à espera de algum empurrão. Consciente ou inconsciente. Rosa Luxemburgo, uma paixão. Livros lidos, uma ou outra citação, algum artigo – dela já me ocupara, não como de seu merecimento. A gata, recém-chegada ao nosso ninho, meu e de Carla, leva o seu nome – é irrequieta que só o diabo, honra o batismo. Não, não esperem um texto teórico, a servir de bússola. Há tantos estudos, livros sobre ela – não como de seu merecimento, mas há muitos. Contentem-se, se forem atraídos à leitura, com a lembrança de seus últimos momentos de vida, ela, Rosa, mártir da revolução. Descubram também uma Rosa atenta às pequenas felicidades da vida a dois e apaixonada pela natureza. Se puderem, olhem com carinho para essa Rosa.

Capítulos finais da guerra contra Bolsonaro

Por Juliano Medeiros, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O impasse que o Brasil vive está prestes a ser rompido. Quando Bolsonaro estabilizou os índices de apoio a seu governo em torno dos 30%, o país passou a viver uma situação nova: a rejeição ao governo e sua aprovação eram equivalentes. Entre os polos de rejeição/aprovação havia uma maioria que via aspectos positivos e negativos no governo, considerando a gestão de Bolsonaro “regular”. Com isso, a extrema-direita não conseguia ter a maioria necessária na sociedade e no Congresso Nacional para fazer avançar sua agenda por completo. A oposição, por sua vez, não tinha força social ou parlamentar para barrar todos os ataques do governo, uma vez que sua capacidade de mobilização não era suficiente para exercer a pressão necessária sobre o chamado “Centrão” em todos os temas. Essa era a fotografia da luta política no Brasil pré-pandemia.

A pandemia trará mudanças?

Por Frei Betto, no site Brasil-247:

A pandemia nos obriga a rever muitos conceitos.

Aliás, como acontece cada vez que recuamos de nossa rotina habitual, como em retiros espirituais, internação hospitalar ou prisão.

Ao deixar a reclusão, retornamos ao trivial cheios de bons propósitos.

Duram pouco. Logo somos absorvidos pelo sistema e voltamos a dançar conforme a música.

Ignoro se a humanidade ficará melhor após a quarentena.

Não me incluo entre os otimistas, porque conheço o poder do Capitaloceno, essa era na qual a apropriação privada da riqueza fala mais alto que os direitos coletivos.

A destruição de empregos no Brasil e EUA

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A crise sanitária aberta pela pandemia do coronavírus impactou negativamente a economia e, por consequência, a classe trabalhadora. A forma com que os governos conduziram as medidas de enfrentamento da onda viral ajuda a entender diferentes resultados em relação ao emprego destruído, por exemplo.

De maneira geral, o nível de emprego contraído recentemente também reflete a composição da estrutura ocupacional existente, bem como o seu comportamento nos últimos anos. Destaca-se, nesse sentido, como o nível e a composição das ocupações foram afetados negativamente desde o início da grave recessão em 2015 no Brasil.

As tropas do 'mito' e as Forças Armadas

Por Fernando Brito, em seu blog:

As agressões descabidas aos manifestantes anti Bolsonaro e as cenas de confraternização de policiais com os bolsonaristas – o diálogo de um deputado do PSL e um capitão, sobre queimar uma faixa de protesto e a proteção dada senhora histérica, de taco de beisebol e bandeira norte-americana a fazer ameaças – deveria deixar de cabelo em pé os generais da ativa na cúpula das forças armadas.

As polícias estaduais estão, à toda evidência, na iminência de quebrarem todas as cadeias de comando.

Eu quero estar errado

Por João Guilherme Vargas Netto

Eu quero estar errado nos prognósticos que faço para as próximas duas semanas.

Prevejo um agravamento sem precedentes da situação social, que já vem sendo difícil. E nem menciono as tensões diárias decorrentes do golpismo explícito do presidente da República e de seus acólitos e seguidores.

Em primeiro lugar constato o agravamento da situação sanitária, com doentes e mortes, complicada pelas iniciativas prematuras e desorganizadas de afrouxamento das regras e dos protocolos contra a doença. As curvas negativas irão subir e em alguns casos haverá o repique das contaminações, internamentos e mortes.

Operação sobre fake news e o TSE

EUA: fogo nos racistas

A fúria bolsonarista contra ministro do STF

Bolsonaro liberou R$ 1,2 trilhão aos bancos

A elite vai abandonar Bolsonaro?

A cassação de Bolsonaro e os militares

A fé em meio à pandemia do coronavírus

domingo, 31 de maio de 2020

TSE vai cassar a chapa Bolsonaro-Mourão?

Por Altamiro Borges

O maior temor do "capetão" é que o inquérito sobre fake news, liderado pelo ministro Alexandre de Moraes, acabe fortalecendo as ações que já tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pedem cassação da chapa Bolsonaro-Mourão na sinistra eleição presidencial de 2018.

Segundo vários juristas, o Supremo Tribunal Federal poderá compartilhar com o TSE as provas colhidas pela Polícia Federal nas diligências de quarta-feira (27). Alexandre de Moraes também quebrou os sigilos fiscal e bancário dos empresários que financiaram a fábrica de mentiras na campanha eleitoral  o que é ilegal.

Brasil supera a França. Bolsonaro assassino!

Por Altamiro Borges

Neste sábado (30), o Brasil ultrapassou a França e se tornou a quarta nação com maior número de mortos por coronavírus no mundo – com 28.834 óbitos. O país está atrás apenas dos EUA (103.685), Reino Unido (38.458) e Itália (33.340). No número de casos confirmados, o Brasil segue em segundo lugar com 498.440, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Jornalismo e política nas redes sociais

Um alerta para os riscos da PL das fake news

Do site da Coalizão Direitos na Rede:

No presente documento, a Coalizão Direitos na Rede - que reúne 38 organizações de pesquisa e defesa de direitos digitais, da liberdade de expressão e direitos do consumidor - apresenta uma suas preocupações sobre o PL 2630/2020, em tramitação no Senado Federal, sugerindo alterações no texto para mitigá-los.

Conforme posicionamento divulgado anteriormente, a CDR entende que o tema merece um debate ampliado de modo a evitar erros inevitáveis em um processo açodado. Entretanto, diante da perspectiva de votação da matéria no Senado nos próximos dias, apresentamos nossa avaliação sobre o projeto e mudanças que consideramos necessárias para que a eventual lei não viole direitos fundamentais. Elas se concentram em quatro pontos do PL: 1) regime de responsabilização das plataformas, 2) definições, 3) devido processo e 4) mecanismos de transparência.


Brasil se torna refém dos EUA no 5G

Por Theófilo Rodrigues, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta quarta-feira (27), uma surpresa pouco comentada pelos meios de comunicação abalou estudiosos das telecomunicações e da democratização da mídia no Brasil. Sem muitos avisos, o ministro Marcos Pontes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), anunciou a parceria do governo federal com a empresa estadunidense CISCO para a implementação do 5G no Brasil.