Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
A única certeza que emerge do enorme destaque dado pelo Estadão do domingo (9) à entrevista do senador Aécio Neves é de que o vetusto jornalão está à procura de candidato para enfrentar o PT nas eleições de 2014. Uma entrevista sem conteúdo firme, sem um mote claro ou, como dizem os jornalistas, sem "lead", jamais seria tratada como manchete sem que houvesse uma motivação claramente política do jornal.
Depois de apoiar Serra, Alckmin e Serra novamente, contra Lula (duas vezes) e contra Dilma, o Estadão parece disposto a preparar o terreno para uma nova disputa com mais antecedência, para correr risco menor. Mas corre o risco, maior, de agir precipitadamente. Afinal, a entrevista do senador mineiro não traz qualquer novidade.
A começar pelo título - Aécio diz que enfrentaria Lula ou Dilma pela Presidência em 2014. Ora bolas, se perguntassem a Serra, a resposta seria idêntica. Ou a Alckmin, Beto Richa ou Marconi Perilo. Ou seja, uma simples afirmação, trivial na política, ganha destaque de manchete. Manchete daria se Aécio dissesse que contra esse ou aquele candidato ele não concorre, não enfrenta.
Não é só isso. A entrevista toda é desprovida de novidades e, principalmente, de afirmação de novas ideias. Aécio fala em parte para seu próprio grupo, para o PSDB, DEM e PPS. Mas, sobretudo, fala para o Estadão. A entrevista, na verdade, serve para Aécio apresentar-se ao Estadão como defensor das teses do jornalão.
Por isso foi premiada com a manchete de domingo e deve ser também objeto de previsível editorial do jornal, elogiando a "clareza de idéias e a firme disposição apresentada de enfrentar a missão, se escolhido pelos partidos de oposição". Ou seja, um editorial de auto elogio do Estadão.
Mais que isso não renderá. Até porque Aécio terá que convencer de fato seu partido, a começar por José Serra, a abrir-lhe o espaço para a candidatura. Terá ainda que formular idéias com mais profundidade do que apresentou nessa entrevista. E deverá tomar cuidado com os bafômetros em seu caminho, até 2014.
A única certeza que emerge do enorme destaque dado pelo Estadão do domingo (9) à entrevista do senador Aécio Neves é de que o vetusto jornalão está à procura de candidato para enfrentar o PT nas eleições de 2014. Uma entrevista sem conteúdo firme, sem um mote claro ou, como dizem os jornalistas, sem "lead", jamais seria tratada como manchete sem que houvesse uma motivação claramente política do jornal.
Depois de apoiar Serra, Alckmin e Serra novamente, contra Lula (duas vezes) e contra Dilma, o Estadão parece disposto a preparar o terreno para uma nova disputa com mais antecedência, para correr risco menor. Mas corre o risco, maior, de agir precipitadamente. Afinal, a entrevista do senador mineiro não traz qualquer novidade.
A começar pelo título - Aécio diz que enfrentaria Lula ou Dilma pela Presidência em 2014. Ora bolas, se perguntassem a Serra, a resposta seria idêntica. Ou a Alckmin, Beto Richa ou Marconi Perilo. Ou seja, uma simples afirmação, trivial na política, ganha destaque de manchete. Manchete daria se Aécio dissesse que contra esse ou aquele candidato ele não concorre, não enfrenta.
Não é só isso. A entrevista toda é desprovida de novidades e, principalmente, de afirmação de novas ideias. Aécio fala em parte para seu próprio grupo, para o PSDB, DEM e PPS. Mas, sobretudo, fala para o Estadão. A entrevista, na verdade, serve para Aécio apresentar-se ao Estadão como defensor das teses do jornalão.
Por isso foi premiada com a manchete de domingo e deve ser também objeto de previsível editorial do jornal, elogiando a "clareza de idéias e a firme disposição apresentada de enfrentar a missão, se escolhido pelos partidos de oposição". Ou seja, um editorial de auto elogio do Estadão.
Mais que isso não renderá. Até porque Aécio terá que convencer de fato seu partido, a começar por José Serra, a abrir-lhe o espaço para a candidatura. Terá ainda que formular idéias com mais profundidade do que apresentou nessa entrevista. E deverá tomar cuidado com os bafômetros em seu caminho, até 2014.
0 comentários:
Postar um comentário