Por Altamiro Borges
Nos últimos dias, vários bancos da Itália amanheceram com a pichação: “Abaixo os banqueiros ladrões”. O slogan, que também já foi gritado nas “marchas dos indignados” na Espanha e nas greves gerais na Grécia e Portugal, confirma a crescente revolta dos europeus contra a ditadura do capital financeiro que hoje controla o velho continente – num novo tipo de fascismo de mercado.
Para socorrer os banqueiros e os rentistas, atingidos pela crise deflagrada a partir da quebra em 2008 do Lehman Brothers, nos EUA, os estados que compõem a União Européia injetaram bilhões de euros. Enquanto salvavam os ricaços que vivem da especulação, o ônus do colapso econômico foi repassado para os trabalhadores – com milhões de desempregados e violento arrocho salarial.
Bancos assaltam o poder
Hoje, endividados e com menor arrecadação – fruto do próprio receituário neoliberal aplicado –, são os estados europeus que acumulam déficits gigantescos. Mesmo assim, o remédio é o mesmo. Os bancos continuam sendo auxiliados com dinheiro público e o novo fascismo de mercado repassa os custos da grave crise para os trabalhadores. A Europa vive uma regressão implacável.
Sem disfarces ou rituais “democráticos”, os banqueiros assumem diretamente o comando de vários países. Na Itália e na Grécia, não houve sequer eleição e os novos primeiros ministros, Monti e Papademos, são ex-executivos de banco Goldman Sachs. Na Alemanha, Angela Merkel injeta 480 bilhões de euros num fundo de socorro aos bancos. Nicolas Sarkozy promover o mesmo assalto na França.
A radicalização da luta política
A sociedade européia, que já enfrentou duas guerras mundiais e lutou para construir o seu “estado de bem-estar social”, assiste indignada essa regressão. Parte dela vai à luta com o grito de guerra: “Abaixo dos banqueiros ladrões”. A revolta tende a crescer e a ganhar maior radicalidade, o que já gera temores entre a elite burguesa, que nunca foi muito afeita à democracia.
Segundo artigo alarmista publicado no jornal Valor desta semana, “crise na Europa eleva risco de terrorismo político”. É sempre o mesmo discurso de viés fascista. Diante da revolta das vítimas do capitalismo, os “democratas” burgueses espalham o medo para impor novas medidas restritivas ao direito democrático de expressão e manifestação. O protesto é tratado como terrorismo!
Risco de provocações e retrocessos
“Uma recente onda de ataques e ameaças contra alvos políticos e financeiros deixou a Europa em alerta, num momento em que vários países do continente implementam duras medidas de austeridade para combater o agravamento da crise da dívida. O premiê da Itália, Mario Monti, alertou para o risco de volta do terrorismo”, relata o artigo de Vitor Paolozzi e Fabio Murakawa.
Segundo a matéria, a situação é mais tensa na Itália, mas a indignação cresce em todo o velho continente. Neste cenário explosivo, há inclusive espaço para provocações, como o envio de cartas-bombas e atentados localizados – comumente orquestradas pela própria direita fascista. A Europa está em chamas, numa enorme encruzilhada. Ninguém arrisca palpitar sobre o seu futuro.
A única certeza é que os “governos dos bancos” não trarão paz e prosperidade para os trabalhadores europeus. Daí o slogan certeiro: “Abaixo os banqueiros ladrões” – que também serve para o Brasil.
Nos últimos dias, vários bancos da Itália amanheceram com a pichação: “Abaixo os banqueiros ladrões”. O slogan, que também já foi gritado nas “marchas dos indignados” na Espanha e nas greves gerais na Grécia e Portugal, confirma a crescente revolta dos europeus contra a ditadura do capital financeiro que hoje controla o velho continente – num novo tipo de fascismo de mercado.
Para socorrer os banqueiros e os rentistas, atingidos pela crise deflagrada a partir da quebra em 2008 do Lehman Brothers, nos EUA, os estados que compõem a União Européia injetaram bilhões de euros. Enquanto salvavam os ricaços que vivem da especulação, o ônus do colapso econômico foi repassado para os trabalhadores – com milhões de desempregados e violento arrocho salarial.
Bancos assaltam o poder
Hoje, endividados e com menor arrecadação – fruto do próprio receituário neoliberal aplicado –, são os estados europeus que acumulam déficits gigantescos. Mesmo assim, o remédio é o mesmo. Os bancos continuam sendo auxiliados com dinheiro público e o novo fascismo de mercado repassa os custos da grave crise para os trabalhadores. A Europa vive uma regressão implacável.
Sem disfarces ou rituais “democráticos”, os banqueiros assumem diretamente o comando de vários países. Na Itália e na Grécia, não houve sequer eleição e os novos primeiros ministros, Monti e Papademos, são ex-executivos de banco Goldman Sachs. Na Alemanha, Angela Merkel injeta 480 bilhões de euros num fundo de socorro aos bancos. Nicolas Sarkozy promover o mesmo assalto na França.
A radicalização da luta política
A sociedade européia, que já enfrentou duas guerras mundiais e lutou para construir o seu “estado de bem-estar social”, assiste indignada essa regressão. Parte dela vai à luta com o grito de guerra: “Abaixo dos banqueiros ladrões”. A revolta tende a crescer e a ganhar maior radicalidade, o que já gera temores entre a elite burguesa, que nunca foi muito afeita à democracia.
Segundo artigo alarmista publicado no jornal Valor desta semana, “crise na Europa eleva risco de terrorismo político”. É sempre o mesmo discurso de viés fascista. Diante da revolta das vítimas do capitalismo, os “democratas” burgueses espalham o medo para impor novas medidas restritivas ao direito democrático de expressão e manifestação. O protesto é tratado como terrorismo!
Risco de provocações e retrocessos
“Uma recente onda de ataques e ameaças contra alvos políticos e financeiros deixou a Europa em alerta, num momento em que vários países do continente implementam duras medidas de austeridade para combater o agravamento da crise da dívida. O premiê da Itália, Mario Monti, alertou para o risco de volta do terrorismo”, relata o artigo de Vitor Paolozzi e Fabio Murakawa.
Segundo a matéria, a situação é mais tensa na Itália, mas a indignação cresce em todo o velho continente. Neste cenário explosivo, há inclusive espaço para provocações, como o envio de cartas-bombas e atentados localizados – comumente orquestradas pela própria direita fascista. A Europa está em chamas, numa enorme encruzilhada. Ninguém arrisca palpitar sobre o seu futuro.
A única certeza é que os “governos dos bancos” não trarão paz e prosperidade para os trabalhadores europeus. Daí o slogan certeiro: “Abaixo os banqueiros ladrões” – que também serve para o Brasil.
1 comentários:
Essa história vai terminar mal, mas os ricos continuarão menos ricos apenas. Se confirmou a frase de LENIN "Melhor que assaltar um Banco é funda um Banco!" Eugênio.
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