Por Altamiro Borges
Nos últimos dias, José Serra deu sinais de que desistiu da sua obsessão de disputar pela terceira vez as eleições presidenciais. Ele já teria comunicado aos seus seguidores que topa concorrer à prefeitura paulistana neste ano. A abrupta mudança de postura não decorreu apenas da pressão da cúpula tucana, mas sim do temor de que seu ex-vice, Gilberto Kassab, feche um acordo com o PT.
Emissários de Serra têm negociado diretamente com Geraldo Alckmin as condições para a candidatura. A principal exigência é da aliança prioritária com o PSD de Kassab. Ele também quer garantias de que não será “cristianizado”, rifado, durante campanha eleitoral. E pediu ainda ao governador que “apare as arestas” com os quatro pré-candidatos que disputam as prévias do PSDB.
Medo da aliança entre PT e PSD
Segundo a Folha, “o namoro de Kassab com o PT foi decisivo para que o ex-presidenciável passasse a reavaliar a sua candidatura a prefeito”. Em conversas com aliados, Serra justificou que a inusitada aliança PT/PSD seria um “desastre” para o futuro do PSDB. “Para o ex-governador, isso seria a vitória do projeto do ex-presidente Lula e transformaria a oposição numa ‘minoria absoluta’”.
Diante desta possível guinada na eleição paulistana, decisiva para o tabuleiro político nacional, o prefeito Gilberto Kassab mantém seu jogo de cena pragmático. Ele garante que conversa com Serra “todos os dias” e que ele ainda não confirmou que é candidato. Ao mesmo, ele pressiona: “Uma candidatura colocada tardiamente leva uma desvantagem muito grande em relação aos outros”.
Os obstáculos para o tucanato
De qualquer forma, Gilberto Kassab enfatiza que manterá a “fidelidade” ao responsável por sua projeção política. “O prefeito tem reiterado que não teria como não apoiar Serra, de quem herdou a prefeitura, caso ele se candidatasse”, descreve a Folha serrista, quase que na torcida por um bom desfecho para a grave crise do PSDB. A solução dos problemas, porém, não é tão simples.
Caso confirme sua candidatura a prefeito, José Serra terá que enfrentar vários obstáculos. As pesquisas de opinião confirmam seu alto índice de rejeição entre os paulistanos, mais de 30%. Elas também indicam que os eleitores temem nova traição do tucano, que em 2004 assinou documento se comprometendo a não abandonar a prefeitura e traiu os que confiaram nele.
O risco das traições
Além disso, Serra precisará curar as feridas abertas por sua indefinição. Dos quatro tucanos que se bicam nas prévias da legenda, três já manifestaram descontentamento. Apenas Andrea Matarazzo, o das abotoaduras de ouro, deu benção ao chefe. E nada garante que Alckmin, que já foi traído por Serra, não dará uma forcinha ao amigo Gabriel Chalita, pré-candidato do PMDB.
Até o blogueiro Josias de Souza teme pelo futuro de Serra. “Vista como solução pela cúpula do PSDB, a eventual candidatura de José Serra não resolve instantaneamente todos os problemas que assediam o tucanato em São Paulo”. Entre outros obstáculos, ele inclui a provável resistência do DEM, que não aceitará facilmente uma aliança prioritária dos tucanos com o ex-demo Kassab.
Nos últimos dias, José Serra deu sinais de que desistiu da sua obsessão de disputar pela terceira vez as eleições presidenciais. Ele já teria comunicado aos seus seguidores que topa concorrer à prefeitura paulistana neste ano. A abrupta mudança de postura não decorreu apenas da pressão da cúpula tucana, mas sim do temor de que seu ex-vice, Gilberto Kassab, feche um acordo com o PT.
Emissários de Serra têm negociado diretamente com Geraldo Alckmin as condições para a candidatura. A principal exigência é da aliança prioritária com o PSD de Kassab. Ele também quer garantias de que não será “cristianizado”, rifado, durante campanha eleitoral. E pediu ainda ao governador que “apare as arestas” com os quatro pré-candidatos que disputam as prévias do PSDB.
Medo da aliança entre PT e PSD
Segundo a Folha, “o namoro de Kassab com o PT foi decisivo para que o ex-presidenciável passasse a reavaliar a sua candidatura a prefeito”. Em conversas com aliados, Serra justificou que a inusitada aliança PT/PSD seria um “desastre” para o futuro do PSDB. “Para o ex-governador, isso seria a vitória do projeto do ex-presidente Lula e transformaria a oposição numa ‘minoria absoluta’”.
Diante desta possível guinada na eleição paulistana, decisiva para o tabuleiro político nacional, o prefeito Gilberto Kassab mantém seu jogo de cena pragmático. Ele garante que conversa com Serra “todos os dias” e que ele ainda não confirmou que é candidato. Ao mesmo, ele pressiona: “Uma candidatura colocada tardiamente leva uma desvantagem muito grande em relação aos outros”.
Os obstáculos para o tucanato
De qualquer forma, Gilberto Kassab enfatiza que manterá a “fidelidade” ao responsável por sua projeção política. “O prefeito tem reiterado que não teria como não apoiar Serra, de quem herdou a prefeitura, caso ele se candidatasse”, descreve a Folha serrista, quase que na torcida por um bom desfecho para a grave crise do PSDB. A solução dos problemas, porém, não é tão simples.
Caso confirme sua candidatura a prefeito, José Serra terá que enfrentar vários obstáculos. As pesquisas de opinião confirmam seu alto índice de rejeição entre os paulistanos, mais de 30%. Elas também indicam que os eleitores temem nova traição do tucano, que em 2004 assinou documento se comprometendo a não abandonar a prefeitura e traiu os que confiaram nele.
O risco das traições
Além disso, Serra precisará curar as feridas abertas por sua indefinição. Dos quatro tucanos que se bicam nas prévias da legenda, três já manifestaram descontentamento. Apenas Andrea Matarazzo, o das abotoaduras de ouro, deu benção ao chefe. E nada garante que Alckmin, que já foi traído por Serra, não dará uma forcinha ao amigo Gabriel Chalita, pré-candidato do PMDB.
Até o blogueiro Josias de Souza teme pelo futuro de Serra. “Vista como solução pela cúpula do PSDB, a eventual candidatura de José Serra não resolve instantaneamente todos os problemas que assediam o tucanato em São Paulo”. Entre outros obstáculos, ele inclui a provável resistência do DEM, que não aceitará facilmente uma aliança prioritária dos tucanos com o ex-demo Kassab.
3 comentários:
Creio que veio para tumultuar mesmo, mas mesmo com essa rejeição, infelizmente mantém uma boa votação na capital. Erro foi o PT em manter Haddad, essa briga era para Marta
Essa possível aliança entre PT e Kassab - que não se concretizará se Serra entrar na disputa - é uma aliança que tira votos do PT. Kassab é o pior prefeito que São Paulo já teve. E isso não é opinião de pessoas de esquerda, mas sim da maioria da população. Kassab é o prefeito da "dor e sofrimento", do escândalo do Controlar, da tarifa de ônibus que onera pesadamente os trabalhadores. Entre outros desastres.
Tomara que ele venha mesmo , pois será mais uma sova .
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