Por Altamiro Borges
Os telejornais e principais jornalões do país deram destaque para a vitória de José Serra nas prévias do PSDB neste domingo (25). Mas nenhum deles – nem os mais bajuladores do grão-tucano – conseguiu esconder que a sua escolha como candidato oficial às eleições da prefeitura da capital paulista foi apertada, com apenas 52% dos votos, e que o partido saiu dividido da disputa interna.
Folha e Estadão dão sinal de alerta
A Folha serrista deu uma manchete emblemática: “Serra tem vitória magra e é candidato a prefeito”. Já o Estadão, que na eleição presidencial de 2010 publicou editorial com apoio explícito ao tucano, estampou na capa: “Serra vence prévia com 52% dos votos e PSDB prega união”. Os dois jornalões paulistas destacaram que o maior desafio do eterno candidato será o de unir o partido.
Em editorial, a Folha registrou o “início pouco empolgante” da candidatura. “Mal ultrapassando a maioria dos votos dos filiados, o tucano não afasta de todo o risco mais imediato para a sua campanha: uma militância menos empenhada em eleger alguém que não chega a galvanizar o próprio partido”. No mesmo tom pessimista, o jornal O Globo ascendeu o sinal amarelo.
A decepção do jornal O Globo
“Os aliados de Serra ficaram decepcionados com a sua votação. Eles queriam que o ex-governador tivesse mais de 80% dos votos para não passar a impressão de que o partido entra dividido na corrida eleitoral”. Mais ácido ainda foi o jornalista Ricardo Noblat, o blogueiro hospedado no jornal O Globo na postagem intitulada “Vitória sem sal”, na qual analisa os 52% de votos de José Serra:
“Não foi um bom resultado para ele. Cerca de 20 mil filiados ao PSDB na capital estavam aptos a votar. Compareceram pouco mais de 6 mil – menos de um terço do total. Ele almejava ficar com 70% ou 80% dos votos para poder dizer que o PSDB está unido em torno de sua candidatura. Agora, antes de sair atrás do apoio de outros partidos, Serra terá primeiro de pacificar o seu”.
O esforço retórico do candidato
No ato de encerramento das prévias, acompanhado do governador e dos outros dois pré-candidatos derrotados e humilhados na disputa interna, José Aníbal e Ricardo Trípoli, o tucano José Serra insistiu no discurso da unidade. “A partir de hoje, uma só voz, um só trabalho e a vitória para o povo de São Paulo... Nós saímos dessa prévia unidos”, tentou disfarçar.
Apesar de todo o esforço retórico, Serra sabe que o partido saiu dividido e com muitas mágoas, principalmente dos filiados que se empenharam durante cinco meses para realizar a prévia – maculada com o seu ingresso na última hora. Além disso, o PSDB precisa agora correr atrás das alianças e o candidato terá de superar sua alta rejeição e a baixa popularidade do prefeito Gilberto Kassab.
Os telejornais e principais jornalões do país deram destaque para a vitória de José Serra nas prévias do PSDB neste domingo (25). Mas nenhum deles – nem os mais bajuladores do grão-tucano – conseguiu esconder que a sua escolha como candidato oficial às eleições da prefeitura da capital paulista foi apertada, com apenas 52% dos votos, e que o partido saiu dividido da disputa interna.
Folha e Estadão dão sinal de alerta
A Folha serrista deu uma manchete emblemática: “Serra tem vitória magra e é candidato a prefeito”. Já o Estadão, que na eleição presidencial de 2010 publicou editorial com apoio explícito ao tucano, estampou na capa: “Serra vence prévia com 52% dos votos e PSDB prega união”. Os dois jornalões paulistas destacaram que o maior desafio do eterno candidato será o de unir o partido.
Em editorial, a Folha registrou o “início pouco empolgante” da candidatura. “Mal ultrapassando a maioria dos votos dos filiados, o tucano não afasta de todo o risco mais imediato para a sua campanha: uma militância menos empenhada em eleger alguém que não chega a galvanizar o próprio partido”. No mesmo tom pessimista, o jornal O Globo ascendeu o sinal amarelo.
A decepção do jornal O Globo
“Os aliados de Serra ficaram decepcionados com a sua votação. Eles queriam que o ex-governador tivesse mais de 80% dos votos para não passar a impressão de que o partido entra dividido na corrida eleitoral”. Mais ácido ainda foi o jornalista Ricardo Noblat, o blogueiro hospedado no jornal O Globo na postagem intitulada “Vitória sem sal”, na qual analisa os 52% de votos de José Serra:
“Não foi um bom resultado para ele. Cerca de 20 mil filiados ao PSDB na capital estavam aptos a votar. Compareceram pouco mais de 6 mil – menos de um terço do total. Ele almejava ficar com 70% ou 80% dos votos para poder dizer que o PSDB está unido em torno de sua candidatura. Agora, antes de sair atrás do apoio de outros partidos, Serra terá primeiro de pacificar o seu”.
O esforço retórico do candidato
No ato de encerramento das prévias, acompanhado do governador e dos outros dois pré-candidatos derrotados e humilhados na disputa interna, José Aníbal e Ricardo Trípoli, o tucano José Serra insistiu no discurso da unidade. “A partir de hoje, uma só voz, um só trabalho e a vitória para o povo de São Paulo... Nós saímos dessa prévia unidos”, tentou disfarçar.
Apesar de todo o esforço retórico, Serra sabe que o partido saiu dividido e com muitas mágoas, principalmente dos filiados que se empenharam durante cinco meses para realizar a prévia – maculada com o seu ingresso na última hora. Além disso, o PSDB precisa agora correr atrás das alianças e o candidato terá de superar sua alta rejeição e a baixa popularidade do prefeito Gilberto Kassab.
2 comentários:
Notícia ainda melhor do que as pífias prévias do Serra é a deste Levante Popular dos Jovens, pixando as casas de ex-torturadores e defendendo a Comissão da Verdade e a responsabilização penal.
Finalmente empatamos com a Argentina, o Uruguai e outros países verdadeiramente democráticos. É emocionante ver que a História não pára, e quando pensamos que os jovens estão alheios, entupidos de mentiras do PIG e das escolas, eis que eles se jogam em cena com a maravilhosa coragem de sempre!
Daqui da Holanda, sem poder sentir na pele este momento maravilhoso, fico em pé sobre meus 56 aninhos e aplaudo, aplaudo, esses brasileiros moços que nos enchem de orgulho e otimismo. Viva o Brasil!
Candidato fraquinho, o Serra será "cristianizado" mesmo a partir da Convenção. Pagará voto por voto a traição que sempre fez a seus companheiros, desde o PMDB. O Geraldinho vai comê-lo pelas beiradas, com um sorriso, como convém a um traidor como Serra.
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