Do blog http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
A entrada de Fernando Henrique Cardoso na campanha de José Serra merece algumas observações imediatas. Todo mundo achou natural e justo que o ex-presidente se apresentasse no palanque eletrônico, com linguagem dura e finalidade eleitoral precisa. Ninguém falou em aparelhismo, dedaço, interferência indevida.
FHC resolveu ajudar Serra quando o candidato do PSDB corre o risco de cair fora do segundo turno. É o último navio do PSDB, a cidade de São Paulo, que corre o risco de naufragar. A possibilidade de uma derrota - para quem quer que seja - ameaça transformar Sào Paulo num pesadelo tucano, muito mais do que pesadelo petista, como anunciaram tantos sábios de plantão quando Lula decidiu entrar na campanha.
Fernando Henrique foi para o palanque numa hora em que Serra procura vários atalhos para parar de cair. Um deles, é falar mal do bilhete único mensal de Haddad sem mostrar o rosto - apenas uma assinatura, no canto da TV, num anuncio de um personagem sem-cabeça. Há publicitários que adoram esse tipo de coisa. Mas Hillary Clinton abusou tanto desse truque, nas primárias de 2008, que ajudou os aliados de Obama a questionar sua lealdade, também.
(Outra coisa é que Haddad precisa, urgentemente, explicar melhor como essa ideia, comum em vários países de transporte publico decente, poderá funcionar em São Paulo).
A entrada de FHC na campanha marca um novo desenho no convívio entre o ex-presidente, Dilma e Lula.
A carta de Dilma Rousseff a FHC, quando ele fez 80 anos, foi mais do que um parabéns e um gesto de amizade. Para o Planalto, foi um gesto educado e respeitoso.
Para os adversários do governo, trouxe a esperança de afastar Dilma de Lula e colocá-la mais perto da oposição.
Numa situação em que nem o mais anunciado dos candidatos, Aécio Neves, se mostra com ânimo para ir a luta, e a fome presidencial de José Serra não anima nem os aliados próximos, a cooptação de Dilma parecia uma cogitação remota, indizível, mas interessante.
Se a coisa evoluísse, seria possível voltar ao Planalto sem fazer força. Interessante, não?
Repare como os elogios a Dilma, a seu “pragmatismo”, a “faxina ética”, a sua “maturidade” e assim por diante se tornaram mais frequentes depois que ela falou bem de FHC naquela mensagem. Quando ela subiu nas pesquisas, os analistas passaram a ressaltar seus méritos próprios – inegáveis – deixando de lado a herança decisiva do antecessor.
Na origem dessa imensa boa vontade, encontrava-se a ideia (para vários colunistas isso se transformou em certeza absoluta desde que Dilma foi escolhida para disputar a eleição ) de que ela poderia romper com Lula, sendo recebida de braços abertos pela oposição ao dobrar a primeira esquina.
Essa esperança foi reforçada pelos termos – considerados elogiosos demais dentro do PT – que Dilma empregou na carta.
Mas a realidade, cedo ou tarde, costuma falar mais altos do que as ilusões.
Impossibilitado de tentar levantar Serra e, ao mesmo tempo, retribuir a hipocrisia de seu aniversário, FHC decidiu bater duro em Lula. Também foi a TV, onde falou do mensalão petista, certo de que terá a boa vontade alheia para não ser lembrado do mensalão tucano, que incluiu a mesma turminha de Marcos Valério e até o dinheirinho fácil do Visanet, tão celebrado pelos ministros do Supremo nos dias de hoje.
Acabou ouvindo uma resposta no mesmo tom.
A oposição já estava dizendo que Dilma ficaria de fora da campanha em São Paulo. A presidente apareceu ontem na campanha de Haddad. Marta Suplicy também está no palanque. Não faria isso sem apoio de Dilma.
As coisas da política ficam claras outra vez. É bom para todo mundo, especialmente para o eleitor
FHC resolveu ajudar Serra quando o candidato do PSDB corre o risco de cair fora do segundo turno. É o último navio do PSDB, a cidade de São Paulo, que corre o risco de naufragar. A possibilidade de uma derrota - para quem quer que seja - ameaça transformar Sào Paulo num pesadelo tucano, muito mais do que pesadelo petista, como anunciaram tantos sábios de plantão quando Lula decidiu entrar na campanha.
Fernando Henrique foi para o palanque numa hora em que Serra procura vários atalhos para parar de cair. Um deles, é falar mal do bilhete único mensal de Haddad sem mostrar o rosto - apenas uma assinatura, no canto da TV, num anuncio de um personagem sem-cabeça. Há publicitários que adoram esse tipo de coisa. Mas Hillary Clinton abusou tanto desse truque, nas primárias de 2008, que ajudou os aliados de Obama a questionar sua lealdade, também.
(Outra coisa é que Haddad precisa, urgentemente, explicar melhor como essa ideia, comum em vários países de transporte publico decente, poderá funcionar em São Paulo).
A entrada de FHC na campanha marca um novo desenho no convívio entre o ex-presidente, Dilma e Lula.
A carta de Dilma Rousseff a FHC, quando ele fez 80 anos, foi mais do que um parabéns e um gesto de amizade. Para o Planalto, foi um gesto educado e respeitoso.
Para os adversários do governo, trouxe a esperança de afastar Dilma de Lula e colocá-la mais perto da oposição.
Numa situação em que nem o mais anunciado dos candidatos, Aécio Neves, se mostra com ânimo para ir a luta, e a fome presidencial de José Serra não anima nem os aliados próximos, a cooptação de Dilma parecia uma cogitação remota, indizível, mas interessante.
Se a coisa evoluísse, seria possível voltar ao Planalto sem fazer força. Interessante, não?
Repare como os elogios a Dilma, a seu “pragmatismo”, a “faxina ética”, a sua “maturidade” e assim por diante se tornaram mais frequentes depois que ela falou bem de FHC naquela mensagem. Quando ela subiu nas pesquisas, os analistas passaram a ressaltar seus méritos próprios – inegáveis – deixando de lado a herança decisiva do antecessor.
Na origem dessa imensa boa vontade, encontrava-se a ideia (para vários colunistas isso se transformou em certeza absoluta desde que Dilma foi escolhida para disputar a eleição ) de que ela poderia romper com Lula, sendo recebida de braços abertos pela oposição ao dobrar a primeira esquina.
Essa esperança foi reforçada pelos termos – considerados elogiosos demais dentro do PT – que Dilma empregou na carta.
Mas a realidade, cedo ou tarde, costuma falar mais altos do que as ilusões.
Impossibilitado de tentar levantar Serra e, ao mesmo tempo, retribuir a hipocrisia de seu aniversário, FHC decidiu bater duro em Lula. Também foi a TV, onde falou do mensalão petista, certo de que terá a boa vontade alheia para não ser lembrado do mensalão tucano, que incluiu a mesma turminha de Marcos Valério e até o dinheirinho fácil do Visanet, tão celebrado pelos ministros do Supremo nos dias de hoje.
Acabou ouvindo uma resposta no mesmo tom.
A oposição já estava dizendo que Dilma ficaria de fora da campanha em São Paulo. A presidente apareceu ontem na campanha de Haddad. Marta Suplicy também está no palanque. Não faria isso sem apoio de Dilma.
As coisas da política ficam claras outra vez. É bom para todo mundo, especialmente para o eleitor
2 comentários:
(Outra coisa é que Haddad precisa, urgentemente, explicar melhor como essa ideia, comum em vários países de transporte publico decente, poderá funcionar em São Paulo).- Caro Miro cordiais saudações.Como leitor assíduo e diário do seu Blog gostaria de prestar alguns esclarecimentos sobre esse assunto,muito embora não seja morador de SP e sim de Salvador mais por se tratar de um assunto ao qual mergulhamos com profundidade principalmente por se tratar do tema mais importante do nosso Blog,além de estarmos diretamente envolvidos numa ampla e árdua campanha pela melhoria a modernização e requalificação da caótica Mobilidade Urbana em Salvador,principalmente com a opção pelos trilhos,não só através do nosso Blog mais também do movimento o qual fundamos e coordenamos sobre o titulo "Salvador sobre Trilhos".Vou reproduzir aqui um capitulo especifico sobre 'Integração Física e Tarifária" de um trabalho nosso impresso e publicado no Blog com sugestões para a melhoria da Mobilidade Urbana em nossa cidade. - Integração Física e Tarifária -
Esse é um dos principais pontos a ser atacado diretamente pelo poder publico para que todo o sistema de mobilidade não só facilite, mais também flexibilize os deslocamentos dos usuários do transporte público em toda a rede e em todas as direções,nos diversos modais existentes.Alem da integração física de todos os modais se faz necessário a tarifação única através da bilhetagem eletrônica,por tempo de permanência no sistema ( Por hora), com o uso de bilhetes eletrônicos avulsos com validades de 1h e de 2hs além dos cartões eletrônicos mensais com validade de 30 dias corridos, independente do quanto possa ser usado nesse período ao contrário dos atuais cartões com limitação de uso condicionado as recargas.Os bilhetes de 2hs deverão ter um redução no custo em relação ao de 1h, explo: se um bilhete de 1h custar R$2,80 o de 2hs poderá custar R$4,90 isso estimulará o uso do transporte público em detrimento do transporte individual,atraindo para o sistema um numero maior de usuários, diminuindo a circulação de veículos nas vias da cidade e consequentemente o numero de acidentes e todo o custo financeiro e social que envolve essas ocorrências,além dos gastos com a manutenção da pavimentação da cidade que terá consequentemente uma vida útil mais longa.Também serão concedidos benefícios inestimáveis ao meio ambiente com a diminuição da poluição causada por emissão de gases pelos veículos, bem como a poluição (poeira) gerada pelo desgaste do atrito dos pneus com piso rolante. Obs- Nenhum sistema de transportes público conseguira atingir um alto grau de abrangência e eficiência se não incorporarem dentro do seu contexto a solução para a "integração física e tarifária" - Para ver a matéria completa - http://pregopontocom.blogspot.com.br/p/mobilidade-urbana-solucoes-viaveis-em.html -
Uma das apostas mais caras da direitona-burra (e sem votos) foi criar um pseudo-atrito entre Lula e Dilma. Até a veja, aquele panfleto golpista de Dom Bob Civita, deu capa e permitiu a seus blogueiros alugados elogiarem Dilma, contranstando-a com o companheiro antecssor.
Furo n'água, de novo. Felizmente, a Presidenta colocou as coisas nos eixos, ao dar um delicado "cala-a-boca" em FHC. Por isso apanha de novo do PIG, com efeitos nulos sobre a opinião pública.
Postar um comentário