Por Marina Terra, no sítio Opera Mundi:
Basta caminhar pelas ruas de Caracas para perceber uma batalha visual entre os candidatos à Presidência da Venezuela Hugo Chávez e Henrique Capriles. Se nas localidades mais humildes a presença da figura do atual líder venezuelano é mais evidente nos cartazes, em outras, mais abastadas, é o rosto do ex-governador de Miranda que predomina.
No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Análise e Estudos Estratégicos Aluvión, que colheu dados entre os principais jornais venezuelanos, a disputa eleitoral não se restringiu às ruas, mas se espalhou entre os maiores meios de comunicação privados do país, de forma ampla e desequilibrada. Oitenta por cento do espectro televisivo aberto é explorado, segundo dados do Ministério da Comunicação, por empresas privadas.
Conforme apurou o centro venezuelano, entre os dias 22 de setembro e 29 de setembro de 2012, considerando o horário nobre (das 17 às 22 horas), as peças publicitárias de Chávez foram ao ar por um total de 510 segundos, enquanto as de Capriles foram exibidas por 3.688 segundos.
Ou seja, a propaganda do presidente ocupou apenas 12% do tempo nos meios privados, e a do candidato da oposição, 88%. Levando em conta a quantidade de peças, Chávez teve 17 transmitidas (18%) e Capriles 76 (82%).
Já na mídia impressa, quando analisados entre 24 e 30 de setembro, os termos positivos e negativos publicados nos jornais El Nacional, El Universal, Tal Cual, El Nuevo País e 2001, o número de termos negativos para Chávez forma 99% do total, ou 1.300 termos, contra 12 positivos (1%). O termo mais usado é “não cumpre promessas” (23% do total), seguido por “ameaçador/mete medo” (22%) e “financia outros países” (21%).
Quando analisados os termos relacionados a Capriles no mesmo período, 87% (448) são positivos e 13% (65) negativos. A palavra mais usada – por 102 vezes, ou 42% do total – é “progresso”. Atrás vem “próximo presidente” (23%) e “comprometido/compromisso” (14%). “Vitorioso” registra 12% das menções.
Os termos mais usados pelos canais privados para se referir aos simpatizantes de Chávez, entre os dias 9 e 15 de setembro, foram “violentos, destruidores, repressivos, hordas violentas”, formando 73% do total. Já termos positivos, usados por Capriles e que contaram 27%, qualificavam os chavistas de forma positiva, como “povo oficialista, minha gente do chavismo, nossa gente de vermelho”.
O discurso foi sendo usado ao longo da campanha opositora por acreditar que muitos eleitores que declaram voto a Chávez o fazem por medo e que diante das urnas escolherão Capriles.
Rádio
Nas transmissões de notícias, programas de opinião e entrevistas na Unión Radio, a maior do país, as frases mais utilizadas no período de 3 a 9 de setembro para se referir a temas envolvendo Capriles foram “começa guerra suja contra sua campanha” (33%), “cabe a Chávez debater sobre as propostas (22%) e “Capriles prometeu segurança na fronteira” (19%).
Órgão eleitoral
A predominância de termos negativos também se estende ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Uma das palavras mais usadas é “não sanciona” (17%), em referência às tentativas de penalização da campanha eleitoral de Chávez, além de “parcial” (7%) e “fraude” (8%).
Em agosto, 1.124 palavras positivas foram usadas para mencionar o CNE e 997 negativas. Em setembro, foram 905 positivas e 658 negativas. Se em agosto as positivas somavam 51% do total, caíram para 41% em setembro, enquanto as negativas foram de 49% para 59%.
Basta caminhar pelas ruas de Caracas para perceber uma batalha visual entre os candidatos à Presidência da Venezuela Hugo Chávez e Henrique Capriles. Se nas localidades mais humildes a presença da figura do atual líder venezuelano é mais evidente nos cartazes, em outras, mais abastadas, é o rosto do ex-governador de Miranda que predomina.
No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Análise e Estudos Estratégicos Aluvión, que colheu dados entre os principais jornais venezuelanos, a disputa eleitoral não se restringiu às ruas, mas se espalhou entre os maiores meios de comunicação privados do país, de forma ampla e desequilibrada. Oitenta por cento do espectro televisivo aberto é explorado, segundo dados do Ministério da Comunicação, por empresas privadas.
Conforme apurou o centro venezuelano, entre os dias 22 de setembro e 29 de setembro de 2012, considerando o horário nobre (das 17 às 22 horas), as peças publicitárias de Chávez foram ao ar por um total de 510 segundos, enquanto as de Capriles foram exibidas por 3.688 segundos.
Ou seja, a propaganda do presidente ocupou apenas 12% do tempo nos meios privados, e a do candidato da oposição, 88%. Levando em conta a quantidade de peças, Chávez teve 17 transmitidas (18%) e Capriles 76 (82%).
Já na mídia impressa, quando analisados entre 24 e 30 de setembro, os termos positivos e negativos publicados nos jornais El Nacional, El Universal, Tal Cual, El Nuevo País e 2001, o número de termos negativos para Chávez forma 99% do total, ou 1.300 termos, contra 12 positivos (1%). O termo mais usado é “não cumpre promessas” (23% do total), seguido por “ameaçador/mete medo” (22%) e “financia outros países” (21%).
Quando analisados os termos relacionados a Capriles no mesmo período, 87% (448) são positivos e 13% (65) negativos. A palavra mais usada – por 102 vezes, ou 42% do total – é “progresso”. Atrás vem “próximo presidente” (23%) e “comprometido/compromisso” (14%). “Vitorioso” registra 12% das menções.
Os termos mais usados pelos canais privados para se referir aos simpatizantes de Chávez, entre os dias 9 e 15 de setembro, foram “violentos, destruidores, repressivos, hordas violentas”, formando 73% do total. Já termos positivos, usados por Capriles e que contaram 27%, qualificavam os chavistas de forma positiva, como “povo oficialista, minha gente do chavismo, nossa gente de vermelho”.
O discurso foi sendo usado ao longo da campanha opositora por acreditar que muitos eleitores que declaram voto a Chávez o fazem por medo e que diante das urnas escolherão Capriles.
Rádio
Nas transmissões de notícias, programas de opinião e entrevistas na Unión Radio, a maior do país, as frases mais utilizadas no período de 3 a 9 de setembro para se referir a temas envolvendo Capriles foram “começa guerra suja contra sua campanha” (33%), “cabe a Chávez debater sobre as propostas (22%) e “Capriles prometeu segurança na fronteira” (19%).
Órgão eleitoral
A predominância de termos negativos também se estende ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Uma das palavras mais usadas é “não sanciona” (17%), em referência às tentativas de penalização da campanha eleitoral de Chávez, além de “parcial” (7%) e “fraude” (8%).
Em agosto, 1.124 palavras positivas foram usadas para mencionar o CNE e 997 negativas. Em setembro, foram 905 positivas e 658 negativas. Se em agosto as positivas somavam 51% do total, caíram para 41% em setembro, enquanto as negativas foram de 49% para 59%.
1 comentários:
Me lembrou o que vem acontecendo no brasil.
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