quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Supremo lança Serra para 2014


A campanha do Cerra à Presidência em 2014 começou no momento em que Marco Aurélio (Collor de) Mello condenou Dirceu, a tempo de pegar o jornal nacional.

A campanha de Cerra a prefeito vai ser em cima do mensalão (o do PT), mesmo que isso não cole entre os eleitores de São Paulo – como não colou no primeiro turno.

Porque Cerra é e será sempre candidato a Presidente.

A decisão do Supremo teve essa propriedade – estigmatizar o PT e armar a escada para derrubar o Lula e a Dilma.

Impedir que o Lula e a Dilma sejam candidatos em 2014.

Interromper o ciclo trabalhista.

O Supremo é o Capriles do Brasil.

Como Aécio perdeu em Minas e ainda não saiu de Minas, Cerra é o que sobra.

Por isso, ele vai pra cima dos “valores” – clique aqui para ler “Mãos ao alto!”.

Não os valores depositados em Cayman na Privataria.

Mas os “valores” que o Supremo pretende extirpar da vida pública brasileira.

Cerra vai fazer uma campanha “presidencial”, com o Supremo de porta-estandarte e os vídeos da TV Justiça.

Ele sabe, primeiro, que é inimputável.

Ele está naquela categoria de que o Supremo exige ato de ofício, provas e mais provas antes de condenar.

Com ele não tem quimera, dedução, indução.

É batom na cueca, ou nada.

Cerra sabe que o Supremo não ousará rever a Satiagraha ou a Castelo de Areia.

Jamais julgará o mensalão de Minas.

Vai passar longe da Privataria e da Lista de Furnas, porque o Supremo tem mais o que fazer.

Juízes do Brasil, às favas com as provas!

Assim, Cerra é intocável.

Ele recebeu, como toda a elite branca, carta branca do Supremo para esmagar o PT.

Se Cerra perder para o Haddad, o que é mais provável, ele será candidato a Presidente.

E, se vencer, ao abandonar a prefeitura dirá: preciso salvar o Brasil do PT.

Se perder, não importa.

Ele é “a elite da elite”, mesmo na derrota.

Se vencer, será mais homenageado na SIP do que o Roberto Jefferson.

E será ungido à Redentora tarefa de salvar o Brasil de Lula e Dilma.

Essa é a essência da decisão do Supremo.

O resto é o luar de Paquetá.

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