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A campanha de Cerra a prefeito vai ser em cima do mensalão (o do PT), mesmo que isso não cole entre os eleitores de São Paulo – como não colou no primeiro turno.
Porque Cerra é e será sempre candidato a Presidente.
A decisão do Supremo teve essa propriedade – estigmatizar o PT e armar a escada para derrubar o Lula e a Dilma.
Impedir que o Lula e a Dilma sejam candidatos em 2014.
Interromper o ciclo trabalhista.
O Supremo é o Capriles do Brasil.
Como Aécio perdeu em Minas e ainda não saiu de Minas, Cerra é o que sobra.
Por isso, ele vai pra cima dos “valores” – clique aqui para ler “Mãos ao alto!”.
Não os valores depositados em Cayman na Privataria.
Mas os “valores” que o Supremo pretende extirpar da vida pública brasileira.
Cerra vai fazer uma campanha “presidencial”, com o Supremo de porta-estandarte e os vídeos da TV Justiça.
Ele sabe, primeiro, que é inimputável.
Ele está naquela categoria de que o Supremo exige ato de ofício, provas e mais provas antes de condenar.
Com ele não tem quimera, dedução, indução.
É batom na cueca, ou nada.
Cerra sabe que o Supremo não ousará rever a Satiagraha ou a Castelo de Areia.
Jamais julgará o mensalão de Minas.
Vai passar longe da Privataria e da Lista de Furnas, porque o Supremo tem mais o que fazer.
Juízes do Brasil, às favas com as provas!
Assim, Cerra é intocável.
Ele recebeu, como toda a elite branca, carta branca do Supremo para esmagar o PT.
Se Cerra perder para o Haddad, o que é mais provável, ele será candidato a Presidente.
E, se vencer, ao abandonar a prefeitura dirá: preciso salvar o Brasil do PT.
Se perder, não importa.
Ele é “a elite da elite”, mesmo na derrota.
Se vencer, será mais homenageado na SIP do que o Roberto Jefferson.
E será ungido à Redentora tarefa de salvar o Brasil de Lula e Dilma.
Essa é a essência da decisão do Supremo.
O resto é o luar de Paquetá.
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