Por Lúcio Centeno, no jornal Brasil de Fato:
Passado quase um ano das manifestações que colocaram milhões de pessoas nas ruas por todo Brasil, a pergunta que desde então inquieta a todos é: qual será o destino do maior fenômeno de massas das últimas décadas? “O gigante acordou”, o grito que ecoou de um extremo a outro do país, revela a entrada em cena de uma nova geração na arena da política. A juventude que nos anos 90 e 2000 era caracterizada pela apatia política, se colocou em Junho como protagonista na disputa dos rumos do país.
A força desse movimento é inquestionável, agiu como um gigante, bateu em todas as instituições de poder, esmagou todos que se colocavam contrários a ele. A grande mídia, em especial a Globo, ao constatar a impossibilidade de atacar, resolveu tentar domesticá-lo. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Diversos setores populares, quase sempre liderados por jovens, entram em ebulição.
A morte de um jovem na periferia, ofensas racistas no futebol, reajustes salariais pífios, o abuso policial em uma universidade. Tudo que era cotidiano, e de alguma forma tratado com certa naturalidade, neste período inaugurado em Junho, tronou-se uma causa para se lutar.
Mas, qual o rumo que esse gigante irá tomar? Não cabe aqui, ficarmos imaginado cenários. Contudo, para que essa geração traduza as suas insatisfações em força política para alterar o jogo do poder, é preciso superar dois desafios principais. O primeiro deles é o desafio organizativo. Superar ao mesmo tempo as velhas formas de organização contaminadas pelo pragmatismo eleitoral, e a tentativa de desconstrução de qualquer forma coletiva de organização.
O segundo desafio é o político. Para dar consequência as reivindicações que emergiram precisamos de uma bandeira que atinja o coração do sistema. Ou seja, é preciso mudar as regras do jogo, para que os anseios desses milhões de jovens possam ser atendidos. Por isso, a importância da luta pela Constituinte. Sem a superação desses desafios, não importa a força do gigante, ele poderá ficar sem rumo.
Passado quase um ano das manifestações que colocaram milhões de pessoas nas ruas por todo Brasil, a pergunta que desde então inquieta a todos é: qual será o destino do maior fenômeno de massas das últimas décadas? “O gigante acordou”, o grito que ecoou de um extremo a outro do país, revela a entrada em cena de uma nova geração na arena da política. A juventude que nos anos 90 e 2000 era caracterizada pela apatia política, se colocou em Junho como protagonista na disputa dos rumos do país.
A força desse movimento é inquestionável, agiu como um gigante, bateu em todas as instituições de poder, esmagou todos que se colocavam contrários a ele. A grande mídia, em especial a Globo, ao constatar a impossibilidade de atacar, resolveu tentar domesticá-lo. De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Diversos setores populares, quase sempre liderados por jovens, entram em ebulição.
A morte de um jovem na periferia, ofensas racistas no futebol, reajustes salariais pífios, o abuso policial em uma universidade. Tudo que era cotidiano, e de alguma forma tratado com certa naturalidade, neste período inaugurado em Junho, tronou-se uma causa para se lutar.
Mas, qual o rumo que esse gigante irá tomar? Não cabe aqui, ficarmos imaginado cenários. Contudo, para que essa geração traduza as suas insatisfações em força política para alterar o jogo do poder, é preciso superar dois desafios principais. O primeiro deles é o desafio organizativo. Superar ao mesmo tempo as velhas formas de organização contaminadas pelo pragmatismo eleitoral, e a tentativa de desconstrução de qualquer forma coletiva de organização.
O segundo desafio é o político. Para dar consequência as reivindicações que emergiram precisamos de uma bandeira que atinja o coração do sistema. Ou seja, é preciso mudar as regras do jogo, para que os anseios desses milhões de jovens possam ser atendidos. Por isso, a importância da luta pela Constituinte. Sem a superação desses desafios, não importa a força do gigante, ele poderá ficar sem rumo.
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