Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:
Sempre ouvi a história de que o Judiciário preza muito pela sua não-politização. Agora, o juiz Sérgio Moro pede em discursos públicos o apoio da população para poder prender pessoas poderosas, há carros de som tocando jingles profissionalmente produzidos apoiando-o nas capitais das grandes cidades, há camisetas com frases em inglês elogiosas a ele sendo vendidas em lojas chiques de shoppings… Goste-se ou não, é a politização total do Judiciário.
O mundo jurídico aparenta ter uma enorme rejeição pela politização do Judiciário. Sobre eleições para o Judiciário então, tem uma rejeição imensa. Imaginem, – alega-se – seriam eleitas pelo povo pessoas inapropriadas. Se isso é verdade, por que o juiz Sérgio Moro afirma publicamente que quer o apoio do povo para poder prender pessoas poderosas? Está fazendo o que justamente o mundo jurídico parece tanto temer: que a opinião popular – que poderia eleger pessoas “inapropriadas” – pressione os juízes e juízas a tomar determinada atitude. Entretanto, curiosamente, há ainda pouca reação no mundo jurídico, o que me faz pensar até que ponto o Judiciário realmente rejeita a politização. Parece que quando a politização serve para derrotar o progressismo, é uma politização “do bem”. Poxa, péra aí.
Se for pra politizar o Judiciário vamos fazer logo eleições para o Judiciário. Que Sérgio Moro se candidate a desembargador do Paraná, quem sabe não ganha? E depois de quatro anos, poderia tentar a reeleição, cacifando-se para concorrer nas urnas a ministro do STF. Que tal? Aí ele poderá convencer o povo das suas qualidades como juiz que prende pessoas poderosas! Claro que se ele só prender pessoas poderosas que levarem à derrota do progressismo, os progressistas poderão votar em outros juízes, que existindo provas, condenem tanto progressistas quanto conservadores.
Bom, como obviamente o mundo jurídico não estará disposto a apoiar a implementação de eleições para o Judiciário, resta esperar o desenrolar dos fatos. Uma vez que o Judiciário parece estar aceitando sua total politização com as atitudes de Moro, caberá ao povo, politizadamente, se manifestar nas ruas contra o uso do Judiciário para fazer o que as urnas não conseguiram nas últimas quatro eleições presidenciais, que é levar o conservadorismo ao poder.
Sempre ouvi a história de que o Judiciário preza muito pela sua não-politização. Agora, o juiz Sérgio Moro pede em discursos públicos o apoio da população para poder prender pessoas poderosas, há carros de som tocando jingles profissionalmente produzidos apoiando-o nas capitais das grandes cidades, há camisetas com frases em inglês elogiosas a ele sendo vendidas em lojas chiques de shoppings… Goste-se ou não, é a politização total do Judiciário.
O mundo jurídico aparenta ter uma enorme rejeição pela politização do Judiciário. Sobre eleições para o Judiciário então, tem uma rejeição imensa. Imaginem, – alega-se – seriam eleitas pelo povo pessoas inapropriadas. Se isso é verdade, por que o juiz Sérgio Moro afirma publicamente que quer o apoio do povo para poder prender pessoas poderosas? Está fazendo o que justamente o mundo jurídico parece tanto temer: que a opinião popular – que poderia eleger pessoas “inapropriadas” – pressione os juízes e juízas a tomar determinada atitude. Entretanto, curiosamente, há ainda pouca reação no mundo jurídico, o que me faz pensar até que ponto o Judiciário realmente rejeita a politização. Parece que quando a politização serve para derrotar o progressismo, é uma politização “do bem”. Poxa, péra aí.
Se for pra politizar o Judiciário vamos fazer logo eleições para o Judiciário. Que Sérgio Moro se candidate a desembargador do Paraná, quem sabe não ganha? E depois de quatro anos, poderia tentar a reeleição, cacifando-se para concorrer nas urnas a ministro do STF. Que tal? Aí ele poderá convencer o povo das suas qualidades como juiz que prende pessoas poderosas! Claro que se ele só prender pessoas poderosas que levarem à derrota do progressismo, os progressistas poderão votar em outros juízes, que existindo provas, condenem tanto progressistas quanto conservadores.
Bom, como obviamente o mundo jurídico não estará disposto a apoiar a implementação de eleições para o Judiciário, resta esperar o desenrolar dos fatos. Uma vez que o Judiciário parece estar aceitando sua total politização com as atitudes de Moro, caberá ao povo, politizadamente, se manifestar nas ruas contra o uso do Judiciário para fazer o que as urnas não conseguiram nas últimas quatro eleições presidenciais, que é levar o conservadorismo ao poder.
Os dias 13 e 18 de março vão ser decisivos para o futuro de Lula, do governo Dilma, do PT e do Brasil. Quanto ao Judiciário, chegou a hora da verdade. Se sua prática contrariar seu discurso, ou seja, se a politização do juiz Moro for aceita pelo Judiciário, o povo vai perceber, pois sabe que Lula é seu maior líder em toda a história do Brasil. E aí, o povo, democraticamente, através das urnas, implementará um Judiciário técnico, e não político.
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