Por André Vieira, no jornal Brasil de Fato:
A Lapa, no Rio de Janeiro, voltou a ficar vermelha. Cerca de 70 mil pessoas ocuparam nesta segunda-feira (11) o histórico bairro carioca para manifestar seu repúdio ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Foram realizados dois atos. O primeiro na Fundição Progresso, comandado pelo cantor Chico Buarque. O segundo foi na praça dos Arcos da Lapa, convocado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela Frente Brasil Popular.
Chico, que foi a voz dos brasileiros contra a ditadura civil-militar (1964-1985), foi acompanhado por personalidades de peso durante o ato na Fundição: Beth Carvalho, Tico Santa Cruz, Nelson Sargento, Flávio Renegado, Gregório Duvivier, Leonardo Boff, dentre outros artistas e intelectuais. O ator Wagner Moura enviou um vídeo em apoio à atividade. “Amamos essa energia toda, principalmente dessa juventude que está ai. Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe”, disse Chico Buarque aos que assistiam ali o primeiro ato dos artistas, que lançaram um manifesto.
Por lá não estavam apenas os que votaram em Dilma Rousseff. O ator Gregório Duvivier, do canal Porta dos Fundos, deixou claro o motivo que uniu todos naquele espaço. “Aqui não é um ato em defesa de governo nenhum. Muita gente, assim como eu, não é eleitor nem filiado ao PT [Partido dos Trabalhadores]. Esse é um ato em defesa da democracia”, manifestou o artista ao qualificar como golpe a ação de impeachment contra Dilma.
Madrinha de uma legião de músicos, Beth Carvalho fechou o evento na Fundição Progresso em grande estilo. Música de resistência, o samba mais uma vez mostrou para o que veio. “Não vai ter golpe de novo. Reage, reage meu povo. Vamos sair e dar as mãos para salvar o nosso país. Democracia é o que a gente sempre quis”, cantou Beth em coro com todas as vozes que também se escutavam ali.
Lula na praça
Se o espaço no primeiro ato foi pequeno, faltou praça para abrigar os milhares que esperavam Lula nos Arcos da Lapa. Gente que saiu do trabalho ou que cruzou a cidade para ver um dos presidentes mais populares que o país já teve. Do palco, ele não poupou palavras para falar da conquista da democracia brasileira em 1985, quando o país finalmente deixou de ser governado por ditadores após 21 anos. “Aprendemos a gostar de democracia. Somente a democracia permite que um cara como eu chegue à Presidência. Que uma mulher como a Dilma chegue à Presidência”, lembrou o ex-presidente.
Lula apontou ainda a transformação da vida dos brasileiros em diversas áreas sob os governos do Partido dos Trabalhadores. “Em doze anos conseguimos colocar 12 milhões e 800 mil jovens nas universidades. Eles, em cem anos, conseguiram colocar 3 milhões e meio de jovens nas universidades”, disse ao criticar os presidentes anteriores que os mandatários petistas, e destacando os diversos programas que possibilitaram o acesso ao ensino superior no Brasil como o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e a criação de universidades federais.
O líder político ainda convocou à sociedade brasileira a se unir em defesa da democracia brasileira. “A gente não pode dividir a sociedade do jeito que está. Nós temos que deixar a demonstração de paz”, discursou.
Funk na orla
Está marcada para o próximo domingo (17) a sessão do plenário da Câmara dos Deputados que votará o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No Rio de Janeiro, movimentos populares organizarão pela cidade uma série de atividades para acompanhar a votação. Segundo os organizadores, eles irão para as ruas denunciar, mais uma vez, que o impeachment é um golpe contra a democracia, já que Dilma não responde a nenhum crime de responsabilidade.
Um desses atos acontecerá na orla de Copacabana no dia 17 de abril. Convocados pelo fundador da Furacão 2000, uma das maiores produtoras de funk do país, cerca de 100 mil pessoas vindas das favelas cariocas estarão presentes para denunciar o impeachment na praia mais famosa do Brasil.
A Lapa, no Rio de Janeiro, voltou a ficar vermelha. Cerca de 70 mil pessoas ocuparam nesta segunda-feira (11) o histórico bairro carioca para manifestar seu repúdio ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Foram realizados dois atos. O primeiro na Fundição Progresso, comandado pelo cantor Chico Buarque. O segundo foi na praça dos Arcos da Lapa, convocado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela Frente Brasil Popular.
Chico, que foi a voz dos brasileiros contra a ditadura civil-militar (1964-1985), foi acompanhado por personalidades de peso durante o ato na Fundição: Beth Carvalho, Tico Santa Cruz, Nelson Sargento, Flávio Renegado, Gregório Duvivier, Leonardo Boff, dentre outros artistas e intelectuais. O ator Wagner Moura enviou um vídeo em apoio à atividade. “Amamos essa energia toda, principalmente dessa juventude que está ai. Estaremos juntos em defesa da democracia. Não vai ter golpe”, disse Chico Buarque aos que assistiam ali o primeiro ato dos artistas, que lançaram um manifesto.
Por lá não estavam apenas os que votaram em Dilma Rousseff. O ator Gregório Duvivier, do canal Porta dos Fundos, deixou claro o motivo que uniu todos naquele espaço. “Aqui não é um ato em defesa de governo nenhum. Muita gente, assim como eu, não é eleitor nem filiado ao PT [Partido dos Trabalhadores]. Esse é um ato em defesa da democracia”, manifestou o artista ao qualificar como golpe a ação de impeachment contra Dilma.
Madrinha de uma legião de músicos, Beth Carvalho fechou o evento na Fundição Progresso em grande estilo. Música de resistência, o samba mais uma vez mostrou para o que veio. “Não vai ter golpe de novo. Reage, reage meu povo. Vamos sair e dar as mãos para salvar o nosso país. Democracia é o que a gente sempre quis”, cantou Beth em coro com todas as vozes que também se escutavam ali.
Lula na praça
Se o espaço no primeiro ato foi pequeno, faltou praça para abrigar os milhares que esperavam Lula nos Arcos da Lapa. Gente que saiu do trabalho ou que cruzou a cidade para ver um dos presidentes mais populares que o país já teve. Do palco, ele não poupou palavras para falar da conquista da democracia brasileira em 1985, quando o país finalmente deixou de ser governado por ditadores após 21 anos. “Aprendemos a gostar de democracia. Somente a democracia permite que um cara como eu chegue à Presidência. Que uma mulher como a Dilma chegue à Presidência”, lembrou o ex-presidente.
Lula apontou ainda a transformação da vida dos brasileiros em diversas áreas sob os governos do Partido dos Trabalhadores. “Em doze anos conseguimos colocar 12 milhões e 800 mil jovens nas universidades. Eles, em cem anos, conseguiram colocar 3 milhões e meio de jovens nas universidades”, disse ao criticar os presidentes anteriores que os mandatários petistas, e destacando os diversos programas que possibilitaram o acesso ao ensino superior no Brasil como o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e a criação de universidades federais.
O líder político ainda convocou à sociedade brasileira a se unir em defesa da democracia brasileira. “A gente não pode dividir a sociedade do jeito que está. Nós temos que deixar a demonstração de paz”, discursou.
Funk na orla
Está marcada para o próximo domingo (17) a sessão do plenário da Câmara dos Deputados que votará o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No Rio de Janeiro, movimentos populares organizarão pela cidade uma série de atividades para acompanhar a votação. Segundo os organizadores, eles irão para as ruas denunciar, mais uma vez, que o impeachment é um golpe contra a democracia, já que Dilma não responde a nenhum crime de responsabilidade.
Um desses atos acontecerá na orla de Copacabana no dia 17 de abril. Convocados pelo fundador da Furacão 2000, uma das maiores produtoras de funk do país, cerca de 100 mil pessoas vindas das favelas cariocas estarão presentes para denunciar o impeachment na praia mais famosa do Brasil.
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