quarta-feira, 6 de abril de 2016

Janaína jura: "Nem possuída nem bêbada"



Por Altamiro Borges

Os golpistas mirins e velhacos não dão sorte na escolha dos seus heróis. No terreno da política, eles saíram às ruas com cartazes "Somos todos Cunha" até que vieram à tona as contas secretas na Suíça. No campo jurídico, eles apostaram as fichas no ex-ministro Joaquim Barbosa, o "Batman", que acaba de perder a capa com a denúncia de sonegação fiscal na compra da sua mansão em Miami. Eles ainda vestiram a fantasia carnavalesca do "Japonês da Federal", que recentemente foi defenestrado do posto acusado de contrabando em Foz do Iguaçu. Já no meio "cultural", seus ícones são bizarros: o roqueiro decadente Lobão e o ator pornô Alexandre Frota. Haja azar! Agora, a "advogada do impeachment", Janaína Paschoal, deixa todos envergonhados com sua performance demoníaca num ato em São Paulo.

Em reportagem no jornal O Globo nesta quarta-feira (6), a musa golpista jurou por Deus que "eu não estava possuída nem bêbada" - o vídeo acima deixa sérias dúvidas. Para a plateia de fanáticos que a chamava de "Janalinda", o transe da advogada girando no ar a bandeira do Brasil e berrando contra a "república de cobras" foi o ponto alto do ato pelo impeachment de Dilma. Nas redes sociais, porém, a cena dantesca virou motivo de muitas piadas. Descabelada e insana, ela foi comparada à protagonista do filme "O Exorcista"; uma montagem hilária a exibiu como vocalista do clássico "The number of the beast", da banda Iron Maiden. Janaína Paschoal logo alcançou o topo do Twitter. 
Em sua página no Facebook, o escritor Fernando Morais brincou que a advogada “está urgentemente precisada de um exorcista e de um vidro de xampu. Não necessariamente nessa ordem”. Já o site de "notícias falsas" Sensacionalista postou que ela era a "menina pastora", em referência a uma maluca pregadora que ganhou fama em 2006. Na reportagem do jornal O Globo, Janaína Paschoal reagiu às chacotas. "Não sou pastora, nem estava possuída, nem tinha bebido e também nunca usei droga. Só sou uma brasileira cansada de tanta hipocrisia". Neste sentido, ela confirma a tese da filósofa Marcia Tiburi, autora do livro Como conversar com um fascista: "Não é loucura; é fascismo".

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2 comentários:

Correia disse...

Acho que questões de foro íntimo, tais como "eu não estava possuída" e quetais, deveriam ser discutidas no sacrossanto recesso do lar.

Se Dona Janaína foi ou não possuída, ela que discuta o assunto com seu parceiro....

Alexandre Figueiredo disse...

Faltou citar outro "herói" dos "revoltados", o Pato da Fiesp, que é acusado de plágio por um artista holandês. Como se vê, os "salvadores da pátria" estão sempre envolvidos em alguma encrenca.