Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
É falsa a versão corrente de que a presidente Dilma decidiu só nomear ministros de sua nova base parlamentar depois da votação do impeachment porque desconfia de que os partidos não entregariam os votos prometidos. Uma relação com este nível de desconfiança não iria longe. E como já disse o ministro Berzoini, Dilma precisa de uma nova base não só para derrotar o golpe mas também para governar depois.
- Fomos nós mesmos que decidimos deixar para depois e o governo concordou. As nomeações agora soariam como barganha. O que estamos tentando construir é uma coalizão com o PP, o PR e o PSD, com vistas ao impeachment e também à sustentação do governo. Até porque, se o impeachment for derrotado, é conosco que a presidente irá governar. Não seria com o PSDB. Então, depois teremos tempo para negociar as pastas e os nomes – diz o presidente do PP, Ciro Nogueira.
Entretanto, a oposição acusa Dilma de estar “chantageando” os potenciais e aliados. O ex-líder do DEM, Mendonça Neto, falou até em “acordo no crediário”.
O PP decidiria nesta quarta-feira pela permanência ou não ao lado do governo, mas cancelou a reunião em que debateria o tema. De qualquer forma, a tendência é pelo apoio, embora a decisão não vá ser por unanimidade. O mesmo se aplica aos outros dois partidos.
Fechado o acordo, o governo se aproxima da margem de segurança de votos para enfrentar a votação. Mas, até lá, ainda pode optar por medidas judicializantes, recorrendo ao STF, a depender de casuísmos ou manobras que os adversários venham a adotar, conforme avisos dados claramente ontem pelo Advogado Geral da União, Eduardo Cardoso, ao apresentar a defesa da presidente. Havendo recurso ao STF, o desfecho vai demorar mais, não acontecendo, como deseja Eduardo Cunha, até o dia 17 de abril.
É falsa a versão corrente de que a presidente Dilma decidiu só nomear ministros de sua nova base parlamentar depois da votação do impeachment porque desconfia de que os partidos não entregariam os votos prometidos. Uma relação com este nível de desconfiança não iria longe. E como já disse o ministro Berzoini, Dilma precisa de uma nova base não só para derrotar o golpe mas também para governar depois.
- Fomos nós mesmos que decidimos deixar para depois e o governo concordou. As nomeações agora soariam como barganha. O que estamos tentando construir é uma coalizão com o PP, o PR e o PSD, com vistas ao impeachment e também à sustentação do governo. Até porque, se o impeachment for derrotado, é conosco que a presidente irá governar. Não seria com o PSDB. Então, depois teremos tempo para negociar as pastas e os nomes – diz o presidente do PP, Ciro Nogueira.
Entretanto, a oposição acusa Dilma de estar “chantageando” os potenciais e aliados. O ex-líder do DEM, Mendonça Neto, falou até em “acordo no crediário”.
O PP decidiria nesta quarta-feira pela permanência ou não ao lado do governo, mas cancelou a reunião em que debateria o tema. De qualquer forma, a tendência é pelo apoio, embora a decisão não vá ser por unanimidade. O mesmo se aplica aos outros dois partidos.
Fechado o acordo, o governo se aproxima da margem de segurança de votos para enfrentar a votação. Mas, até lá, ainda pode optar por medidas judicializantes, recorrendo ao STF, a depender de casuísmos ou manobras que os adversários venham a adotar, conforme avisos dados claramente ontem pelo Advogado Geral da União, Eduardo Cardoso, ao apresentar a defesa da presidente. Havendo recurso ao STF, o desfecho vai demorar mais, não acontecendo, como deseja Eduardo Cunha, até o dia 17 de abril.
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