Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A perfumada tropa de choque do golpismo na imprensa se dedica a “pré-desculpar” Michel Temer pelas dificuldades de seu governo de usurpação alegando que serão provocadas por uma decisão do PT de “infernizar” sua gestão.
Se fosse isso, Temer poderia ficar tranquilo, porque nos últimos tempos o PT não vem se caracterizando como eficiente nem mesmo em infernizar.
A verdade é que até nas manifestações legalistas, anti-impeachment, o PT perdeu a hegemonia e restou-lhe Lula, maior, muito maior que ele.
Muito mais importantes têm sido os movimentos sociais que lhe guardam simpatia, mas não pertencimento orgânico, a juventude, os estudantes, o regresso de uma classe média intelectual que havia se afastado da política e está enojada com o que está acontecendo.
Nem mesmo nesta única trincheira de comunicação que sobrou a defender o governo petista, o PT é hegemônico: a maioria dos blogueiros não é petista, embora trate fraternalmente o partido e seus militantes, porque os reconhece como a mais estruturada força orgânica da esquerda da política brasileira. E, para desespero dos que nos chamam chapas-brancas, sequer sofreremos com as eventuais perda de migalhas de publicidade estatal, que inunda – até hoje, pasmem! – os veículos da grande e golpista mídia.
(No caso deste modestíssimo blog, jamais entrou um centavo de publicidade federal)
Então, o que vai infernizar – e vai mesmo – o usurpador Temer?
É simples e está à vista de todos.
O fim dos reajustes do mínimo e das aposentadorias. O corte do Bolsa Família. A mudança nas regras da aposentadoria. A venda indiscriminada de patrimônio público. Os aumentos (ainda maiores) das tarifas públicas. A orgia que se instalará no parlamento, para aprovação destas medidas. O corte de verbas da saúde e da educação. A alienação do pré-sal.
Não é vantagem alguma para temer abrir mão da reeleição. Sabe que será um presidente odiado, ilegítimo, repudiado, que não poderá sair à rua.
Não é o PT nem a esquerda que transformarão seu governo num molambo, se é que será preciso transformá-lo no que já é. Dele, só se agradam os políticos e os empresários, que sabem que vão comer rápido e aos nacos, como faz um cachorro ladrão, a carne do povo brasileiro.
Esqueçam a ideia de “unir o país”. Este país nunca foi único, salvo nos tempos em que Lula, com sua capacidade de prestidigitação política, conseguiu construir uma pequena janela por onde pudemos ver quão enorme seria o Brasil caso se compreendesse como um só povo e uma só Nação.
A elite brasileira não quer isso, quer uma colônia gradeada.
Ao contrário da frase de Sartre, para Temer o inferno não serão os outros.
É ele mesmo, que sobe ao poder com pactos de Fausto e, como Fausto, terá de pagar seu resgate a Mefistófeles.
A perfumada tropa de choque do golpismo na imprensa se dedica a “pré-desculpar” Michel Temer pelas dificuldades de seu governo de usurpação alegando que serão provocadas por uma decisão do PT de “infernizar” sua gestão.
Se fosse isso, Temer poderia ficar tranquilo, porque nos últimos tempos o PT não vem se caracterizando como eficiente nem mesmo em infernizar.
A verdade é que até nas manifestações legalistas, anti-impeachment, o PT perdeu a hegemonia e restou-lhe Lula, maior, muito maior que ele.
Muito mais importantes têm sido os movimentos sociais que lhe guardam simpatia, mas não pertencimento orgânico, a juventude, os estudantes, o regresso de uma classe média intelectual que havia se afastado da política e está enojada com o que está acontecendo.
Nem mesmo nesta única trincheira de comunicação que sobrou a defender o governo petista, o PT é hegemônico: a maioria dos blogueiros não é petista, embora trate fraternalmente o partido e seus militantes, porque os reconhece como a mais estruturada força orgânica da esquerda da política brasileira. E, para desespero dos que nos chamam chapas-brancas, sequer sofreremos com as eventuais perda de migalhas de publicidade estatal, que inunda – até hoje, pasmem! – os veículos da grande e golpista mídia.
(No caso deste modestíssimo blog, jamais entrou um centavo de publicidade federal)
Então, o que vai infernizar – e vai mesmo – o usurpador Temer?
É simples e está à vista de todos.
O fim dos reajustes do mínimo e das aposentadorias. O corte do Bolsa Família. A mudança nas regras da aposentadoria. A venda indiscriminada de patrimônio público. Os aumentos (ainda maiores) das tarifas públicas. A orgia que se instalará no parlamento, para aprovação destas medidas. O corte de verbas da saúde e da educação. A alienação do pré-sal.
Não é vantagem alguma para temer abrir mão da reeleição. Sabe que será um presidente odiado, ilegítimo, repudiado, que não poderá sair à rua.
Não é o PT nem a esquerda que transformarão seu governo num molambo, se é que será preciso transformá-lo no que já é. Dele, só se agradam os políticos e os empresários, que sabem que vão comer rápido e aos nacos, como faz um cachorro ladrão, a carne do povo brasileiro.
Esqueçam a ideia de “unir o país”. Este país nunca foi único, salvo nos tempos em que Lula, com sua capacidade de prestidigitação política, conseguiu construir uma pequena janela por onde pudemos ver quão enorme seria o Brasil caso se compreendesse como um só povo e uma só Nação.
A elite brasileira não quer isso, quer uma colônia gradeada.
Ao contrário da frase de Sartre, para Temer o inferno não serão os outros.
É ele mesmo, que sobe ao poder com pactos de Fausto e, como Fausto, terá de pagar seu resgate a Mefistófeles.
0 comentários:
Postar um comentário