Da revista CartaCapital:
O Movimento Brasil Livre, um dos grupos que liderou os protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff desde 2015, conseguiu eleger oito dos 45 candidatos que apoiou nas eleições municipais de 2016. Para obter esse aproveitamento, de 17%, o grupo elegeu um prefeito no interior de Minas Gerais e sete vereadores, sendo três no estado de São Paulo, dois no Paraná e outros dois no Rio Grande do Sul.
Durante todo o ano de 2015 e o início deste ano, o MBL vendeu sua imagem como a de uma entidade apartidária, que estava nas ruas "contra a corrupção". O avanço do processo de impeachment e aproximação das eleições mostraram que não era bem assim.
Ainda em 2015, começaram as conversas para integrantes do grupo se lançarem ao pleito municipal por partidos estabelecidos. Em abril, três integrantes do grupo – Kim Kataguiri, Renan Santos, que responde a diversos processos judiciais, e Rubens Nunes – conseguiram acesso à Câmara para acompanhar a votação do impeachment na Casa.
Os três foram credenciados pela Mesa Diretora da Câmara, sob as ordens de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado cassado. Réu duas vezes por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha jamais foi alvo do MBL. Após sua cassação, integrantes do movimento buscaram se afastar dele.
Em maio, reportagem do portal UOL mostrou que manifestações do MBL eram financiadas por partidos. No grupo estavam DEM, PSDB, SD e PMDB, todos opositores do PT. No mesmo período, o movimento confirmou que lançaria candidatos e abandonou o rótulo de apartidário, passando a se dizer "suprapartidário". Na busca por alterar sua imagem, o grupo apagou postagens em suas redes sociais nas quais se definia como "apartidário".
Nas eleições municipais, o grupo lançou 45 candidatos, um a prefeito e 44 a vereador. Os partidos com mais filiados do MBL eram o PSDB e o DEM, com dez cada um. Havia ainda candidatos por PP, PSC, Novo, PEN, PHS, PMDB, PPS, PRB, Pros, PSB, PTB, PTN, PV e SD.
Zé Pocai (PPS), do MBL, se tornou no domingo 2 o novo prefeito de Monte Sião (MG), após obter 5,9 mil votos e derrotar João Paulo (PROS), que teve 4,8 mil e Paio (PSDB), que ficou com 2,9 mil. O município não tem segundo turno.
A vitória mais significativa do MBL é a de Fernando Silva Bispo, o Fernando Holiday, eleito vereador em São Paulo pelo DEM com pouco mais de 48 mil votos. Estudante negro de 20 anos, Holiday se notabilizou por vídeos nos quais criticava o sistema de ações afirmativas e cotas raciais. Aos poucos, foi ganhando relevância no MBL e passou a liderar alguns dos protestos do grupo.
Holiday integrará a base de João Doria Júnior (PSDB), eleito em primeiro turno como prefeito de São Paulo. Durante a campanha, Holiday e seus colegas de MBL fizeram campanha para Doria e seu vice, Bruno Covas.
Em Porto Alegre, outra capital, o MBL elegeu Ramiro Rosário pelo PSDB, com 4,6 mil votos. Além deles, foram eleitos pelo grupo Filipe Barros (PRB), em Londrina (PR); Leonardo Braga (PSDB), em Sapiranga (RS); Caroline Gomes (PSDB), em Rio Claro (PSDB); Marschelo Meche (PSDB), em Americana (SP); e Homero Marchese (PV), em Maringá (PR).
O Movimento Brasil Livre, um dos grupos que liderou os protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff desde 2015, conseguiu eleger oito dos 45 candidatos que apoiou nas eleições municipais de 2016. Para obter esse aproveitamento, de 17%, o grupo elegeu um prefeito no interior de Minas Gerais e sete vereadores, sendo três no estado de São Paulo, dois no Paraná e outros dois no Rio Grande do Sul.
Durante todo o ano de 2015 e o início deste ano, o MBL vendeu sua imagem como a de uma entidade apartidária, que estava nas ruas "contra a corrupção". O avanço do processo de impeachment e aproximação das eleições mostraram que não era bem assim.
Ainda em 2015, começaram as conversas para integrantes do grupo se lançarem ao pleito municipal por partidos estabelecidos. Em abril, três integrantes do grupo – Kim Kataguiri, Renan Santos, que responde a diversos processos judiciais, e Rubens Nunes – conseguiram acesso à Câmara para acompanhar a votação do impeachment na Casa.
Os três foram credenciados pela Mesa Diretora da Câmara, sob as ordens de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado cassado. Réu duas vezes por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha jamais foi alvo do MBL. Após sua cassação, integrantes do movimento buscaram se afastar dele.
Em maio, reportagem do portal UOL mostrou que manifestações do MBL eram financiadas por partidos. No grupo estavam DEM, PSDB, SD e PMDB, todos opositores do PT. No mesmo período, o movimento confirmou que lançaria candidatos e abandonou o rótulo de apartidário, passando a se dizer "suprapartidário". Na busca por alterar sua imagem, o grupo apagou postagens em suas redes sociais nas quais se definia como "apartidário".
Nas eleições municipais, o grupo lançou 45 candidatos, um a prefeito e 44 a vereador. Os partidos com mais filiados do MBL eram o PSDB e o DEM, com dez cada um. Havia ainda candidatos por PP, PSC, Novo, PEN, PHS, PMDB, PPS, PRB, Pros, PSB, PTB, PTN, PV e SD.
Zé Pocai (PPS), do MBL, se tornou no domingo 2 o novo prefeito de Monte Sião (MG), após obter 5,9 mil votos e derrotar João Paulo (PROS), que teve 4,8 mil e Paio (PSDB), que ficou com 2,9 mil. O município não tem segundo turno.
A vitória mais significativa do MBL é a de Fernando Silva Bispo, o Fernando Holiday, eleito vereador em São Paulo pelo DEM com pouco mais de 48 mil votos. Estudante negro de 20 anos, Holiday se notabilizou por vídeos nos quais criticava o sistema de ações afirmativas e cotas raciais. Aos poucos, foi ganhando relevância no MBL e passou a liderar alguns dos protestos do grupo.
Holiday integrará a base de João Doria Júnior (PSDB), eleito em primeiro turno como prefeito de São Paulo. Durante a campanha, Holiday e seus colegas de MBL fizeram campanha para Doria e seu vice, Bruno Covas.
Em Porto Alegre, outra capital, o MBL elegeu Ramiro Rosário pelo PSDB, com 4,6 mil votos. Além deles, foram eleitos pelo grupo Filipe Barros (PRB), em Londrina (PR); Leonardo Braga (PSDB), em Sapiranga (RS); Caroline Gomes (PSDB), em Rio Claro (PSDB); Marschelo Meche (PSDB), em Americana (SP); e Homero Marchese (PV), em Maringá (PR).
2 comentários:
Deixem que eles governem: os fascistas,que não rrspeitam os direitos alheios. Assim o povo irá acordar.Tem gente que só aprende apanhando.
o Kataguri (ou o guri que o Kata) estava pensando na Mamãezinha dele quando escreveu aquele comentário.
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