Por Alice Portugal, no site Vermelho:
A reprovação brutal do governo ilegítimo de Michel Temer, que chegou a 95% na última pesquisa CNI/Ibope, é retumbante nas ruas de todo o país. Aprovar a denúncia do golpista por corrupção, no Plenário da Câmara dos Deputados, é certamente votar a favor do Brasil
É urgente afastar o presidente para impedir atropelos de direitos. A mais nova ameaça é o Plano de Demissão Voluntária (PDV). A proposta enganosa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, inclui um conjunto de ilusões para que o servidor abra mão do emprego e da regularidade do salário em troca de migalhas. Na verdade, é o caminho do empobrecimento profundo e da desproteção trabalhista e previdenciária.
Fui dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais da Bahia (Assufba) por vários mandatos. Há 20 anos, estava na luta sindical cotidiana. Por isso, posso falar com propriedade: digam não ao PDV! Os trabalhadores públicos que aderiram ao mesmo projeto de Fernando Henrique Cardoso tiveram um arrependimento enorme. Há a ideia de que com a indenização será possível abrir o próprio negócio, como uma quitanda no Interior e assegurar uma vida tranquila. No seio da crise, porém, não há a possibilidade de garantir com o dinheiro finito uma emancipação financeira sem a regularidade do salário. Vimos servidores voltando às portas do sindicato, pedindo ação na justiça pela recontratação, mas não há volta.
Temer também não quer honrar acordos com o setor público. Pequenos reajustes salariais de servidores já aprovados podem ficar para 2018. A permanência do presidente sem voto e sem compromisso com os mais pobres leva ainda à retirada de direitos da Constituição Cidadã de 1988.
A desregulamentação trabalhista promovida até o momento supera os governos ultraliberais dos anos 80 e 90 na Europa e nos Estados Unidos. A Reforma da Previdência, em tramitação, é a mais cruel. Quebra o critério da solidariedade, conceito nuclear da Previdência Pública brasileira, pelo qual uma geração paga para que a outra possa usufruir.
O presidente ilegítimo está arrebentando o Brasil. O Fora Temer é uma bandeira atual, mas não vamos cair no canto de sereia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O que queremos é votar a emenda das diretas e antecipar as eleições para que o povo tome as rédeas deste país.
Pedimos mobilização integral. Converse com o deputado da sua região e se manifeste, em 1º de agosto, nos aeroportos, quando os parlamentares irão se dirigir a Brasília. A votação da denúncia contra Temer é dia 2. O governo tem de parar de sofismar. Os governistas não têm os votos para salvar o presidente e querem colocar no colo da Oposição o dever de dar quórum no Plenário. Eles que garantam a presença. A Bancada do PCdoB estará lá para votar a favor do Brasil e do avanço do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). #ForaTemer. #DiretasJá.
* Alice Portugal é deputada federal pela Bahia e líder do PCdoB na Câmara.
A reprovação brutal do governo ilegítimo de Michel Temer, que chegou a 95% na última pesquisa CNI/Ibope, é retumbante nas ruas de todo o país. Aprovar a denúncia do golpista por corrupção, no Plenário da Câmara dos Deputados, é certamente votar a favor do Brasil
É urgente afastar o presidente para impedir atropelos de direitos. A mais nova ameaça é o Plano de Demissão Voluntária (PDV). A proposta enganosa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, inclui um conjunto de ilusões para que o servidor abra mão do emprego e da regularidade do salário em troca de migalhas. Na verdade, é o caminho do empobrecimento profundo e da desproteção trabalhista e previdenciária.
Fui dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais da Bahia (Assufba) por vários mandatos. Há 20 anos, estava na luta sindical cotidiana. Por isso, posso falar com propriedade: digam não ao PDV! Os trabalhadores públicos que aderiram ao mesmo projeto de Fernando Henrique Cardoso tiveram um arrependimento enorme. Há a ideia de que com a indenização será possível abrir o próprio negócio, como uma quitanda no Interior e assegurar uma vida tranquila. No seio da crise, porém, não há a possibilidade de garantir com o dinheiro finito uma emancipação financeira sem a regularidade do salário. Vimos servidores voltando às portas do sindicato, pedindo ação na justiça pela recontratação, mas não há volta.
Temer também não quer honrar acordos com o setor público. Pequenos reajustes salariais de servidores já aprovados podem ficar para 2018. A permanência do presidente sem voto e sem compromisso com os mais pobres leva ainda à retirada de direitos da Constituição Cidadã de 1988.
A desregulamentação trabalhista promovida até o momento supera os governos ultraliberais dos anos 80 e 90 na Europa e nos Estados Unidos. A Reforma da Previdência, em tramitação, é a mais cruel. Quebra o critério da solidariedade, conceito nuclear da Previdência Pública brasileira, pelo qual uma geração paga para que a outra possa usufruir.
O presidente ilegítimo está arrebentando o Brasil. O Fora Temer é uma bandeira atual, mas não vamos cair no canto de sereia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O que queremos é votar a emenda das diretas e antecipar as eleições para que o povo tome as rédeas deste país.
Pedimos mobilização integral. Converse com o deputado da sua região e se manifeste, em 1º de agosto, nos aeroportos, quando os parlamentares irão se dirigir a Brasília. A votação da denúncia contra Temer é dia 2. O governo tem de parar de sofismar. Os governistas não têm os votos para salvar o presidente e querem colocar no colo da Oposição o dever de dar quórum no Plenário. Eles que garantam a presença. A Bancada do PCdoB estará lá para votar a favor do Brasil e do avanço do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). #ForaTemer. #DiretasJá.
* Alice Portugal é deputada federal pela Bahia e líder do PCdoB na Câmara.
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