Editorial do site Vermelho:
O presidente ilegítimo, Michel Temer, conseguiu, em votação apertada (263 votos a seu favor e 227 contra), arquivar a denúncia cujo acatamento o afastaria do governo. A vitória do usurpador foi custosa ao país, literalmente. Enquanto o Estado brasileiro, sob seu comando, não oferece serviços mínimos à população, aproximando-se de situações de colapso em alguns setores, milhões foram movimentados para arregimentar os votos necessários ao arquivamento da denúncia.
Vitorioso nessa batalha, Temer virá em ofensiva renovada para a aprovação das reformas que interessam aos grandes financistas e ao imperialismo. Terá que mostrar aos que sustentaram o golpe contra a presidenta Dilma que, apesar de abatido pelas denúncias e pela rejeição popular, ainda pode ser o agente do serviço sujo em função do qual foi levado ao poder.
Mas a tarefa não será simples. A votação da denúncia mostrou que existem dissensões importantes na base do governo, motivadas, de forma geral, pelo forte rechaço popular de que Temer é alvo. Se em votações anteriores a oposição havia amealhado pouco mais de 100 votos, dessa vez 227 votaram contra o governo. É claro que parte desses deputados defende as reformas, mas a votação de ontem demonstrou que o instinto de sobrevivência eleitoral pode ser um bom conselheiro também no caso da aprovação de medidas impopulares.
Passada essa batalha, os setores democráticos e comprometidos com o futuro do país precisam se mobilizar de forma redobrada contra a pauta do governo, derrotando-a. Para tanto duas questões, que não são excludentes, mas complementares, se impõem de forma imediata.
A primeira delas é retomada da luta de massas contra o golpe. Os setores democráticos têm diante de si um desafio fundamental: transformar a ampla indignação contra Temer em mobilização do povo. A impopularidade do governo não será suficiente para barrar a ofensiva que se avizinha. Para que este caminho tenha sucesso é necessário partir de bandeiras de mobilização de amplo apelo popular, que sejam capazes de catalisar setores ampliados e não só a vanguarda mais consciente.
A segunda tarefa é a construção de uma ampla frente política e social em torno da retomada do desenvolvimento. Não há possibilidade de saídas consistentes para o Brasil sem crescimento econômico e, especialmente, sem retomada da atividade industrial, fortemente deprimida pelas políticas contracionistas. O governo Temer, através, por exemplo, da extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo BNDES em seus empréstimos, quer destruir de forma definitiva qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria nacional. Cada vez mais setores têm se pronunciado contra tal medida. Aí está uma pauta justa, ampla, na qual é possível construir uma maioria que derrote o usurpador e o mercado financeiro.
Frente ampla contra Temer e sua pauta e encontrar os caminhos para transformar a indignação popular em luta de massas, eis dois dos desafios que os patriotas e democratas têm pela frente no próximo período.
O presidente ilegítimo, Michel Temer, conseguiu, em votação apertada (263 votos a seu favor e 227 contra), arquivar a denúncia cujo acatamento o afastaria do governo. A vitória do usurpador foi custosa ao país, literalmente. Enquanto o Estado brasileiro, sob seu comando, não oferece serviços mínimos à população, aproximando-se de situações de colapso em alguns setores, milhões foram movimentados para arregimentar os votos necessários ao arquivamento da denúncia.
Vitorioso nessa batalha, Temer virá em ofensiva renovada para a aprovação das reformas que interessam aos grandes financistas e ao imperialismo. Terá que mostrar aos que sustentaram o golpe contra a presidenta Dilma que, apesar de abatido pelas denúncias e pela rejeição popular, ainda pode ser o agente do serviço sujo em função do qual foi levado ao poder.
Mas a tarefa não será simples. A votação da denúncia mostrou que existem dissensões importantes na base do governo, motivadas, de forma geral, pelo forte rechaço popular de que Temer é alvo. Se em votações anteriores a oposição havia amealhado pouco mais de 100 votos, dessa vez 227 votaram contra o governo. É claro que parte desses deputados defende as reformas, mas a votação de ontem demonstrou que o instinto de sobrevivência eleitoral pode ser um bom conselheiro também no caso da aprovação de medidas impopulares.
Passada essa batalha, os setores democráticos e comprometidos com o futuro do país precisam se mobilizar de forma redobrada contra a pauta do governo, derrotando-a. Para tanto duas questões, que não são excludentes, mas complementares, se impõem de forma imediata.
A primeira delas é retomada da luta de massas contra o golpe. Os setores democráticos têm diante de si um desafio fundamental: transformar a ampla indignação contra Temer em mobilização do povo. A impopularidade do governo não será suficiente para barrar a ofensiva que se avizinha. Para que este caminho tenha sucesso é necessário partir de bandeiras de mobilização de amplo apelo popular, que sejam capazes de catalisar setores ampliados e não só a vanguarda mais consciente.
A segunda tarefa é a construção de uma ampla frente política e social em torno da retomada do desenvolvimento. Não há possibilidade de saídas consistentes para o Brasil sem crescimento econômico e, especialmente, sem retomada da atividade industrial, fortemente deprimida pelas políticas contracionistas. O governo Temer, através, por exemplo, da extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo BNDES em seus empréstimos, quer destruir de forma definitiva qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria nacional. Cada vez mais setores têm se pronunciado contra tal medida. Aí está uma pauta justa, ampla, na qual é possível construir uma maioria que derrote o usurpador e o mercado financeiro.
Frente ampla contra Temer e sua pauta e encontrar os caminhos para transformar a indignação popular em luta de massas, eis dois dos desafios que os patriotas e democratas têm pela frente no próximo período.
1 comentários:
A luta é uma arte.
Se o povo não está unido, a indignação pode até unir, nem organizado, frentes para analise de conjuntura e propostas de luta, também ou é mais difícil a união e organização do povo. Enquanto não existir uma liderança que esteja no meio do povo e por tempo integral, nada feito.
E o segundo que decorrerá a partir da liderança, será necessário que se saiba quem é o inimigo e quais são as suas forças.
Procurando entender por Sun Tzu.
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