Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Está circulando, nas redes e nos jornais, o vídeo onde dois energúmenos ameaçam e intimidam Mohamed Ali, um sírio de 33 anos, que vende esfirras e outras comidas árabes em Copacabana.
Segundo O Globo:
Nas imagens é possível ver um homem com dois pedaços de madeira nas mãos gritando: “saia do meu país! Eu sou brasileiro e estou vendo meu país ser invadido por esses homens-bombas que mataram, esquartejaram crianças, adolescentes. São miseráveis”. Adiante no vídeo, ele ainda fala: “Essa terra aqui é nossa. Não vai tomar nosso lugar não”.
Os comerciantes chegam a derrubar a mercadoria de Mohamed no chão, que pergunta o motivo da agressão. Os homens, então, falam novamente para ele sair do Brasil. Mohamed está no Brasil há três anos e estava trabalhando na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Santa Clara na sexta-feira, quando tudo aconteceu.
Aí está ao que o processo de estimulação do ódio nos levou.Semana passada, já havia acontecido em Copacabana, na Praça Cardeal Arcoverde, a exibição de um grupo com faixas que diziam que o Alcorão era um “guia de estupros e assassinatos”.
Muita gente na rua – e muita gente no Rio – ainda resiste a isso.
Mas só de ter de resistir a isso já é um imenso baixo astral.
Estes babacas são tão idiotas que não sabem que seus pais, avós ou bisavós, um dia, vieram trabalhar por aqui igual ao Mohamed, com uma mão atrás e outra na frente.
“Sai do meu país”, seu idiota? O seu país é feito de gente de toda parte do mundo: árabe, negro, judeu, portugûes, italiano, espanhol, alemão.
Brasileiro é o Mohamed, não eles, porque sabe chegar bem chegado, como nós sabíamos ser.
Está circulando, nas redes e nos jornais, o vídeo onde dois energúmenos ameaçam e intimidam Mohamed Ali, um sírio de 33 anos, que vende esfirras e outras comidas árabes em Copacabana.
Segundo O Globo:
Nas imagens é possível ver um homem com dois pedaços de madeira nas mãos gritando: “saia do meu país! Eu sou brasileiro e estou vendo meu país ser invadido por esses homens-bombas que mataram, esquartejaram crianças, adolescentes. São miseráveis”. Adiante no vídeo, ele ainda fala: “Essa terra aqui é nossa. Não vai tomar nosso lugar não”.
Os comerciantes chegam a derrubar a mercadoria de Mohamed no chão, que pergunta o motivo da agressão. Os homens, então, falam novamente para ele sair do Brasil. Mohamed está no Brasil há três anos e estava trabalhando na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Santa Clara na sexta-feira, quando tudo aconteceu.
Aí está ao que o processo de estimulação do ódio nos levou.Semana passada, já havia acontecido em Copacabana, na Praça Cardeal Arcoverde, a exibição de um grupo com faixas que diziam que o Alcorão era um “guia de estupros e assassinatos”.
Muita gente na rua – e muita gente no Rio – ainda resiste a isso.
Mas só de ter de resistir a isso já é um imenso baixo astral.
Estes babacas são tão idiotas que não sabem que seus pais, avós ou bisavós, um dia, vieram trabalhar por aqui igual ao Mohamed, com uma mão atrás e outra na frente.
“Sai do meu país”, seu idiota? O seu país é feito de gente de toda parte do mundo: árabe, negro, judeu, portugûes, italiano, espanhol, alemão.
Brasileiro é o Mohamed, não eles, porque sabe chegar bem chegado, como nós sabíamos ser.
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