Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
De Paris, pelo Estadão, o jovem Brutus, João Doria, crava o punhal do seu ex-padrinho Geraldo Alckmin.
Diz que não aceita prévias – exatamente a fórmula que, há pouco mais de um ano, Alckmin usou para legitimá-lo como candidato a prefeitura, o que jamais teria sido sem o apoio decidido do governador – e que a candidatura do PSDB deve ser decidida pelas pesquisas.
O sujeito que dizia que jamais disputaria com Alckmin a condição de candidato tucano à Presidência põe a questão em termos claros de ultimato: ou seu criador desiste e o apóia (com a desculpa de que “as pesquisas” o querem, depois de oito meses de marquetagem descarada) ou sai do partido e leiloa sua candidatura entre os interessados.
Não tenho intenção de mudar de partido, mas é sempre bom ouvir de outros partidos que você é bem-vindo. Não é só o PMDB e o DEM. Outros dois partidos tiveram a gentileza e a delicadeza de abrir as portas caso necessário. Agradeci.
Escorregadio como uma víbora, ele mesmo lembra que foi criado por uma prévia partidária e jura que não disputará uma delas com Alckmin – quem enche de elogios envenenados – dentro do partido.
Dentro do PSDB, frisa.
O homem que se julga o mais esperto do Brasil prepara, assim, seu caminho de Fernando Collor.
Alckmin, com uma candidatura Dória, perde grande parte de seu já modesto lastro eleitoral no conservadorismo paulista. Castigo para quem trouxe a cobra para o ninho e para um partido que cevou e estimulou a histeria coxinha, da qual Doria é a mais perfeita tradução.
Para quem achava que José Serra e Aécio Neves eram o pior em controle da máquina partidária que podia ocorrer entre os tucanos, Doria mostra que é possível mais, muito mais.
Quem fez carreira se exibindo e atraindo o patrocínio de um empresariado medíocre, que gosta mais de frequentar salões e colunas sociais do que em trabalhar e produzir, o hoje prefeito de São Paulo é tudo o que apreciam como “virtude”: vaidoso, sem compromissos que não sejam suas ambições pessoais e disposto a pisar em qualquer um por estes interesses.
Para esta gente, caráter não é virtude, é defeito.
De Paris, pelo Estadão, o jovem Brutus, João Doria, crava o punhal do seu ex-padrinho Geraldo Alckmin.
Diz que não aceita prévias – exatamente a fórmula que, há pouco mais de um ano, Alckmin usou para legitimá-lo como candidato a prefeitura, o que jamais teria sido sem o apoio decidido do governador – e que a candidatura do PSDB deve ser decidida pelas pesquisas.
O sujeito que dizia que jamais disputaria com Alckmin a condição de candidato tucano à Presidência põe a questão em termos claros de ultimato: ou seu criador desiste e o apóia (com a desculpa de que “as pesquisas” o querem, depois de oito meses de marquetagem descarada) ou sai do partido e leiloa sua candidatura entre os interessados.
Não tenho intenção de mudar de partido, mas é sempre bom ouvir de outros partidos que você é bem-vindo. Não é só o PMDB e o DEM. Outros dois partidos tiveram a gentileza e a delicadeza de abrir as portas caso necessário. Agradeci.
Escorregadio como uma víbora, ele mesmo lembra que foi criado por uma prévia partidária e jura que não disputará uma delas com Alckmin – quem enche de elogios envenenados – dentro do partido.
Dentro do PSDB, frisa.
O homem que se julga o mais esperto do Brasil prepara, assim, seu caminho de Fernando Collor.
Alckmin, com uma candidatura Dória, perde grande parte de seu já modesto lastro eleitoral no conservadorismo paulista. Castigo para quem trouxe a cobra para o ninho e para um partido que cevou e estimulou a histeria coxinha, da qual Doria é a mais perfeita tradução.
Para quem achava que José Serra e Aécio Neves eram o pior em controle da máquina partidária que podia ocorrer entre os tucanos, Doria mostra que é possível mais, muito mais.
Quem fez carreira se exibindo e atraindo o patrocínio de um empresariado medíocre, que gosta mais de frequentar salões e colunas sociais do que em trabalhar e produzir, o hoje prefeito de São Paulo é tudo o que apreciam como “virtude”: vaidoso, sem compromissos que não sejam suas ambições pessoais e disposto a pisar em qualquer um por estes interesses.
Para esta gente, caráter não é virtude, é defeito.
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