Foto: Ricardo Stuckert |
A pesquisa Datafolha divulgada neste final de semana deve atiçar ainda mais o terrorismo da direita nativa contra o ex-presidente Lula. O líder petista é bombardeado diariamente e, para espanto das forças conservadoras, segue crescendo nas intenções de voto. Desesperada, a própria Folha confirma que “Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fortaleceu sua liderança... Ele ganha em todos os cenários do segundo turno. Ele ampliou em quatro pontos percentuais a sua vantagem, em relação à pesquisa feita no fim de setembro, no confronto com Alckmin (52% a 30%), Marina (48% a 35%) e Bolsonaro (51% a 33%)”. Se a sua candidatura não for impugnada pelos jagunços da seletiva Operação Lava-Jato, Lula pode vencer já no primeiro turno. Um baita revés para as forças que patrocinaram o golpe parlamentar-judicial-midiático contra Dilma Rousseff e alçaram ao poder a quadrilha de Michel Temer.
Diante do risco do “golpe inconcluso”, a direita nativa deverá intensificar nas próximas semanas os ataques ao ex-presidente – que gera “saudades” em amplos setores da sociedade. A ofensiva deverá combinar três ações. O “justiceiro” Sergio Moro, que acaba de ser desmoralizado pelo depoimento bombástico do advogado Tacla Durán, fará de tudo para promover novos escândalos contra Lula. Não apresentará provas, mas apenas convicções típicas das seitas fundamentalistas. Já os “juízes” do Rio Grande do Sul, sempre tão lerdos em outros processos, farão um enorme esforço para acelerar o julgamento do ex-presidente. Num recorde histórico, já se especula que analisarão as denúncias até março do próximo ano.
Já no front midiático, Lula deverá estampar manchetes apocalípticas nos jornalões e revistonas e será alvo de uma artilharia pesada nas emissoras de rádio e televisão. A Folha golpista, por exemplo, não esconde suas intenções. “A candidatura Lula poderá ser barrada, já que está previsto julgamento em segunda instância da condenação por corrupção no caso do apartamento do Guarujá... Se a condenação for ratificada no colegiado, legalmente ele está fora, mas pode haver recursos”. Preocupado com os prazos legais, o jornal da golpista famiglia Frias afirma que “o PT acredita ser possível mantê-lo na disputa pelo menos até o primeiro turno”. Seria o pior dos mundos, segundo a Folha, com o acirramento da polarização política no Brasil.
Uma terceira ação também começa a despontar. É a do chamado “mercado”, o nome fictício dos abutres financeiros que bancaram o golpe contra Dilma Rousseff e viabilizaram a chegada ao poder da quadrilha de Michel Temer. Nos últimos dias, este “deus” do capitalismo divulgou várias mensagens na mídia comercial afirmando que a vitória de Lula afugentaria os “investimentos” e seria um desastre para a economia. Puro terrorismo, que foi duramente rechaçado pelo líder petista, segundo matéria da mesma Folha:
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (1), que setores do mercado promovem terrorismo contra sua candidatura. Segundo participantes de uma reunião com dirigentes do PT de São Paulo, Lula afirmou que ‘estão criando uma guerra de classe’ contra sua candidatura. Embora anteveja o que chamou de radicalização na disputa presidencial de 2018, Lula minimizou o impacto sobre a sua candidatura. O ex-presidente disse que seu governo foi uma prova de que não há risco de instabilidade para o mercado financeiro, caso volte ao Palácio do Planalto. Segundo relato de petistas, o ex-presidente disse não ter medo do mercado porque ‘mercado não vota’. ‘Quem vota é o povo’, disse”.
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