Por Luciana Santos
Estamos diante de um acontecimento desastroso para o país. Mais um grande apagão comandado por Pedro Parente, a mesma figura que foi responsável pelo apagão energético no início dos anos 2000, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, e que atualmente é o presidente da Petrobras.
Nós estamos vendo uma paralisia dos serviços no país. Em tudo quanto é cidade filas quilométricas nos postos de gasolina e os vários impactos disso na vida do cidadão, do trabalhador comum que está diretamente afetado no seu direito de ir e vir.
Estamos diante de um caos, de um desastre anunciado e provocado pelo governo que tem a principal responsabilidade desse apagão. Isso é consequência de uma política energética brasileira que optou pelo caminho da velha lógica de exportar matéria prima, ou seja, enviar para o exterior o nosso óleo que tá sendo explorado no fundo do oceano e importar os combustíveis, a um preço muito mais alto.
É espantosa a diferença de janeiro a abril de 2018, informada pelos dados oficiais do governo. Entre os 15 principais produtos importados pelo Brasil, em primeiro lugar está o óleo diesel. Em seguida vem o petróleo - mesmo óleo bruto que a gente importa -, depois vem o carvão e em quarto a nafta, que é um derivado do petróleo usado para produção de gás. Em sétimo temos a gasolina e em décimo quinto o álcool. Atentem para o fato de que entre os quinze primeiros itens de importação está a base do nosso gás de cozinha, é por isso que a população nordestina está voltando a cozinhar com lenha.
É preciso que se diga que essa mudança na política energética é uma mudança recente na lógica do país. Das 15 refinarias do Brasil essa gestão da Petrobras quer privatizar quatro e fez uma clara opção de importar os produtos de valor agregado, ao invés de produzir no nosso país. Isso significa que o maior beneficiado dessa política são os Estados Unidos, que exatamente nesse período elevaram brutalmente sua participação nas importações brasileiras. Reparem que o óleo diesel era cerca de 40% do que a gente importava antes do impeachment e agora é cerca de 80%. Isso é nada mais, nada menos que 1,84 bilhões de dólares em óleo diesel exportados dos EUA para o Brasil, ou seja, são 6,7 bilhões de reais.
Esse é o resultado da política entreguista e antinacional, que prefere percorrer o caminho de volta ao século XX, onde somos exportadores de matéria prima e importadores de manufaturados. Essa é uma lógica perversa que faz com que a gente priorize a importação, reduzindo a produção nas refinarias nacionais, e importe os produtos oriundos da nossa cadeia tão rica que é a cadeia de óleo, gás e petróleo do nosso país. Esse é o verdadeiro pano de fundo do que está acontecendo no país. É por isso que, mais que nunca, é preciso dizer: Fora Temer!
* Luciana Santos é deputada federal por PE e presidente nacional do PCdoB.
Estamos diante de um acontecimento desastroso para o país. Mais um grande apagão comandado por Pedro Parente, a mesma figura que foi responsável pelo apagão energético no início dos anos 2000, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, e que atualmente é o presidente da Petrobras.
Nós estamos vendo uma paralisia dos serviços no país. Em tudo quanto é cidade filas quilométricas nos postos de gasolina e os vários impactos disso na vida do cidadão, do trabalhador comum que está diretamente afetado no seu direito de ir e vir.
Estamos diante de um caos, de um desastre anunciado e provocado pelo governo que tem a principal responsabilidade desse apagão. Isso é consequência de uma política energética brasileira que optou pelo caminho da velha lógica de exportar matéria prima, ou seja, enviar para o exterior o nosso óleo que tá sendo explorado no fundo do oceano e importar os combustíveis, a um preço muito mais alto.
É espantosa a diferença de janeiro a abril de 2018, informada pelos dados oficiais do governo. Entre os 15 principais produtos importados pelo Brasil, em primeiro lugar está o óleo diesel. Em seguida vem o petróleo - mesmo óleo bruto que a gente importa -, depois vem o carvão e em quarto a nafta, que é um derivado do petróleo usado para produção de gás. Em sétimo temos a gasolina e em décimo quinto o álcool. Atentem para o fato de que entre os quinze primeiros itens de importação está a base do nosso gás de cozinha, é por isso que a população nordestina está voltando a cozinhar com lenha.
É preciso que se diga que essa mudança na política energética é uma mudança recente na lógica do país. Das 15 refinarias do Brasil essa gestão da Petrobras quer privatizar quatro e fez uma clara opção de importar os produtos de valor agregado, ao invés de produzir no nosso país. Isso significa que o maior beneficiado dessa política são os Estados Unidos, que exatamente nesse período elevaram brutalmente sua participação nas importações brasileiras. Reparem que o óleo diesel era cerca de 40% do que a gente importava antes do impeachment e agora é cerca de 80%. Isso é nada mais, nada menos que 1,84 bilhões de dólares em óleo diesel exportados dos EUA para o Brasil, ou seja, são 6,7 bilhões de reais.
Esse é o resultado da política entreguista e antinacional, que prefere percorrer o caminho de volta ao século XX, onde somos exportadores de matéria prima e importadores de manufaturados. Essa é uma lógica perversa que faz com que a gente priorize a importação, reduzindo a produção nas refinarias nacionais, e importe os produtos oriundos da nossa cadeia tão rica que é a cadeia de óleo, gás e petróleo do nosso país. Esse é o verdadeiro pano de fundo do que está acontecendo no país. É por isso que, mais que nunca, é preciso dizer: Fora Temer!
* Luciana Santos é deputada federal por PE e presidente nacional do PCdoB.
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