Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Como explicar a liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas, se o partido dele, esse tal PSL, praticamente não existe, seu discurso assusta as pessoas normais, o tempo de propaganda dele na televisão tem só oito segundos e o candidato continua fora de combate, recolhido a um leito de hospital? Contando, ninguém acredita.
Nas ruas de São Paulo e do Rio, por onde passei este fim de semana, não vi nenhum sinal de campanha do ex-capitão, nem mesmo adesivos nos carros, a apenas 20 dias da eleição.
Bastou, porém, abrir o computador na segunda-feira para encontrar explicações para este fenômeno que se alastra nas redes sociais.
Ex-jornalistas em atividade, agora como marqueteiros camuflados, ocupam cada vez mais espaço, dando voz à direita boçalnariana que saiu do armário em 2013, e não voltou mais para casa, depois das manifestações pelo impeachment, com seus patos amarelos, marchadeiros lavajatenses uniformizados de CBF, frotas e paneleiras.
Reproduzo abaixo nota publicada no blog de Lauro Jardim, no portal de O Globo, que ajuda a entender o que está acontecendo.
“Nem só fãs do capitão inflaram as hashtags que fizeram sucesso no Twitter na semana passada, #Mulheres com Bolsonaro e #Estou com Bolsonaro.
Contas com uma padronagem típica de robôs - algoritmos programados para fingirem ser um usuário - também contribuíram.
O nome da conta geralmente é uma palavra não necessariamente ligada ao nome do falso internauta, seguida de uma sequência aleatória de números, como “@Paulo0023048”, e contém uma foto genérica encontrada no Google.
Alguns contém “Ustra” ou “Bolso” no nome e quase todos se cadastraram no primeiro semestre de 2018.
Além das curtidas e retuitadas, os perfis têm como padrão difundir mensagens de ódio que incitam a divisão do país e declaram apoio a Bolsonaro. A campanha do capitão nega qualquer iniciativa com o uso de robôs”.
Por acaso, os robôs são autônomos, trabalham de graça e por conta própria, não são programados por ninguém daqui de dentro ou de fora?
A cereja do bolo no domingo foi o vídeo choroso de Bolsonaro denunciando fraude nas urnas eletrônicas, já preparando o espírito dos seus fanáticos seguidores para melar o jogo, ou seja, o golpe dentro do golpe que nem conseguem camuflar. O que ele quis dizer, em poucas palavras: a eleição só tem legitimidade, como quer o general Villas Bôas, se o capitão ganhar e o PT perder.
A tudo a Justiça Eleitoral apenas assiste em obsequioso silêncio, apesar das advertências feitas no Jornal Nacional por Luiz Fux, o ex-presidente isento do TSE, e pelos atuais ministros, que só se preocupam com a campanha dos petistas.
Por falar nisso, antes do dia acabar, uma torcedora foi presa no Itaquerão, durante o jogo Corinthians e Sport, porque carregava material de campanha e uma bandeira do PT.
Em tempo: apesar de tudo isso, nova pesquisa CNT/MDA divulgada agora há pouco mostra que Fernando Haddad continua crescendo nas intenções de voto e já chegou a 17,6%, bem distante de Ciro Gomes, que ficou com 10,8%. Marina e Alckmin sumiram na poeira da estrada.
Em apenas uma semana de campanha como substituto de Lula, Haddad já vai garantindo uma vaga no segundo turno contra Bolsonaro, que subiu para 28,2% e continua isolado na liderança, com seu exército de robôs, ex-jornalistas em atividade e a velha direita raivosa, agora sem nenhuma vergonha de dizer seu nome.
Vida que segue.
Nas ruas de São Paulo e do Rio, por onde passei este fim de semana, não vi nenhum sinal de campanha do ex-capitão, nem mesmo adesivos nos carros, a apenas 20 dias da eleição.
Bastou, porém, abrir o computador na segunda-feira para encontrar explicações para este fenômeno que se alastra nas redes sociais.
Ex-jornalistas em atividade, agora como marqueteiros camuflados, ocupam cada vez mais espaço, dando voz à direita boçalnariana que saiu do armário em 2013, e não voltou mais para casa, depois das manifestações pelo impeachment, com seus patos amarelos, marchadeiros lavajatenses uniformizados de CBF, frotas e paneleiras.
Reproduzo abaixo nota publicada no blog de Lauro Jardim, no portal de O Globo, que ajuda a entender o que está acontecendo.
“Nem só fãs do capitão inflaram as hashtags que fizeram sucesso no Twitter na semana passada, #Mulheres com Bolsonaro e #Estou com Bolsonaro.
Contas com uma padronagem típica de robôs - algoritmos programados para fingirem ser um usuário - também contribuíram.
O nome da conta geralmente é uma palavra não necessariamente ligada ao nome do falso internauta, seguida de uma sequência aleatória de números, como “@Paulo0023048”, e contém uma foto genérica encontrada no Google.
Alguns contém “Ustra” ou “Bolso” no nome e quase todos se cadastraram no primeiro semestre de 2018.
Além das curtidas e retuitadas, os perfis têm como padrão difundir mensagens de ódio que incitam a divisão do país e declaram apoio a Bolsonaro. A campanha do capitão nega qualquer iniciativa com o uso de robôs”.
Por acaso, os robôs são autônomos, trabalham de graça e por conta própria, não são programados por ninguém daqui de dentro ou de fora?
A cereja do bolo no domingo foi o vídeo choroso de Bolsonaro denunciando fraude nas urnas eletrônicas, já preparando o espírito dos seus fanáticos seguidores para melar o jogo, ou seja, o golpe dentro do golpe que nem conseguem camuflar. O que ele quis dizer, em poucas palavras: a eleição só tem legitimidade, como quer o general Villas Bôas, se o capitão ganhar e o PT perder.
A tudo a Justiça Eleitoral apenas assiste em obsequioso silêncio, apesar das advertências feitas no Jornal Nacional por Luiz Fux, o ex-presidente isento do TSE, e pelos atuais ministros, que só se preocupam com a campanha dos petistas.
Por falar nisso, antes do dia acabar, uma torcedora foi presa no Itaquerão, durante o jogo Corinthians e Sport, porque carregava material de campanha e uma bandeira do PT.
Em tempo: apesar de tudo isso, nova pesquisa CNT/MDA divulgada agora há pouco mostra que Fernando Haddad continua crescendo nas intenções de voto e já chegou a 17,6%, bem distante de Ciro Gomes, que ficou com 10,8%. Marina e Alckmin sumiram na poeira da estrada.
Em apenas uma semana de campanha como substituto de Lula, Haddad já vai garantindo uma vaga no segundo turno contra Bolsonaro, que subiu para 28,2% e continua isolado na liderança, com seu exército de robôs, ex-jornalistas em atividade e a velha direita raivosa, agora sem nenhuma vergonha de dizer seu nome.
Vida que segue.
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