Por Altamiro Borges
Bem que o bravateiro general Augusto Heleno cantarolou na convenção do PSL que homologou a candidatura do “capetão” Bolsonaro em 2018: “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”. O agora ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) até anda meio sumido e quieto, mas a paródia do sambinha segue atual.
Neste sábado (25), a Folha noticiou que “a Procuradoria da República em Alagoas abriu investigação criminal contra o deputado federal Arthur Lira (PP), um dos líderes do centrão e novo aliado do presidente Bolsonaro (sem partido)”. Ele é acusado por sua ex-esposa, Jullyene Rocha, de ocultação de bens e lavagem de dinheiro.
Caso a investigação não seja engavetada – como já virou rotina em outros casos que envolvem o presidente, seus filhotes e seus velhos e novos aliados –, ele poderá complicar as articulações do governo e deixar ainda mais desnorteados os bolsominions menos fanáticos ou tapados.
Ocultação de patrimônio
Como registra a Folha, “um dos candidatos a comandar a Câmara Federal no ano que vem, Arthur Lira está à frente das negociações de adesão do centrão, bloco suprapartidário com cerca de 200 dos 513 deputados, ao governo Jair Bolsonaro em troca da ocupação de cargos na máquina pública”.
O jornal ainda lembra que “o deputado do PP é alvo de outras denúncias no Supremo Tribunal Federal, todas relacionadas à Lava-Jato. Jullyene Rocha afirma que o patrimônio do ex-marido supera R$ 11 milhões, mas ele omite a informação das autoridades. Em 2018, ele declarou à Justiça Eleitoral ter R$1,7 milhão em bens”.
A ex-esposa garante que Arthur Lira oculta o patrimônio da Justiça Eleitoral desde meados dos anos 2000, quando exerceu mandatos de deputado estadual. “Ela diz que Lira usa a mesma estratégia nos processos que tratam da partilha de bens decorrentes do divórcio. E afirma que ele tem bens em nome de terceiros”.
Jullyene Rocha anexou à denúncia uma lista manuscrita, atribuída por ela ao parlamentar, em que aparecem 18 itens, de apartamentos e fazendas a lanchas, totalizando R$ 11,6 milhões. “Ela também já acusou o parlamentar de agredi-la, mas Lira foi absolvido pelo STF em 2015 na ação penal relativa a esse caso”.
A denúncia do “quadrilhão do PP”
A Folha ainda rememora outro caso ruidoso envolvendo o neoaliado do “capetão”. “Lira é um dos nomes do PP incluídos pela PGR na denúncia do chamado ‘quadrilhão do PP’. Em junho de 2019, a denúncia foi aceita pela 2ª Turma do STF, mas em razão do vaivém burocrático a ação penal ainda não começou a tramitar”.
Segundo a denúncia, caciques do PP formaram uma organização criminosa com ascendência sobre a diretoria da Petrobras para desviar verbas. Além de Arthur Lira, foram denunciados nesse caso o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), e os deputados Eduardo da Fonte (PE) e Aguinaldo Ribeiro (PB), esse também pré-candidato à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara.
“O deputado alagoano figura em outras duas denúncias relacionadas à Lava-Jato, a última delas apresentada recentemente pela PGR. Nesta, a Procuradoria-Geral da República o acusa de receber R$ 1,6 milhão de propina da empreiteira Queiroz Galvão em troca de apoio do PP para a permanência de Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras”.
“Na outra, aceita pelo STF em 2019, o líder do PP é acusado de receber em 2012 propina do então presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), Francisco Colombo, indicado pelo partido para o cargo. Sobre essas denúncias, Lira e sua defesa têm dito que elas são baseadas em delações premiadas de criminosos que buscam implicá-lo em irregularidades com o objetivo de atenuar suas próprias penas”.
Bem que o bravateiro general Augusto Heleno cantarolou na convenção do PSL que homologou a candidatura do “capetão” Bolsonaro em 2018: “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”. O agora ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) até anda meio sumido e quieto, mas a paródia do sambinha segue atual.
Neste sábado (25), a Folha noticiou que “a Procuradoria da República em Alagoas abriu investigação criminal contra o deputado federal Arthur Lira (PP), um dos líderes do centrão e novo aliado do presidente Bolsonaro (sem partido)”. Ele é acusado por sua ex-esposa, Jullyene Rocha, de ocultação de bens e lavagem de dinheiro.
Caso a investigação não seja engavetada – como já virou rotina em outros casos que envolvem o presidente, seus filhotes e seus velhos e novos aliados –, ele poderá complicar as articulações do governo e deixar ainda mais desnorteados os bolsominions menos fanáticos ou tapados.
Ocultação de patrimônio
Como registra a Folha, “um dos candidatos a comandar a Câmara Federal no ano que vem, Arthur Lira está à frente das negociações de adesão do centrão, bloco suprapartidário com cerca de 200 dos 513 deputados, ao governo Jair Bolsonaro em troca da ocupação de cargos na máquina pública”.
O jornal ainda lembra que “o deputado do PP é alvo de outras denúncias no Supremo Tribunal Federal, todas relacionadas à Lava-Jato. Jullyene Rocha afirma que o patrimônio do ex-marido supera R$ 11 milhões, mas ele omite a informação das autoridades. Em 2018, ele declarou à Justiça Eleitoral ter R$1,7 milhão em bens”.
A ex-esposa garante que Arthur Lira oculta o patrimônio da Justiça Eleitoral desde meados dos anos 2000, quando exerceu mandatos de deputado estadual. “Ela diz que Lira usa a mesma estratégia nos processos que tratam da partilha de bens decorrentes do divórcio. E afirma que ele tem bens em nome de terceiros”.
Jullyene Rocha anexou à denúncia uma lista manuscrita, atribuída por ela ao parlamentar, em que aparecem 18 itens, de apartamentos e fazendas a lanchas, totalizando R$ 11,6 milhões. “Ela também já acusou o parlamentar de agredi-la, mas Lira foi absolvido pelo STF em 2015 na ação penal relativa a esse caso”.
A denúncia do “quadrilhão do PP”
A Folha ainda rememora outro caso ruidoso envolvendo o neoaliado do “capetão”. “Lira é um dos nomes do PP incluídos pela PGR na denúncia do chamado ‘quadrilhão do PP’. Em junho de 2019, a denúncia foi aceita pela 2ª Turma do STF, mas em razão do vaivém burocrático a ação penal ainda não começou a tramitar”.
Segundo a denúncia, caciques do PP formaram uma organização criminosa com ascendência sobre a diretoria da Petrobras para desviar verbas. Além de Arthur Lira, foram denunciados nesse caso o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), e os deputados Eduardo da Fonte (PE) e Aguinaldo Ribeiro (PB), esse também pré-candidato à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara.
“O deputado alagoano figura em outras duas denúncias relacionadas à Lava-Jato, a última delas apresentada recentemente pela PGR. Nesta, a Procuradoria-Geral da República o acusa de receber R$ 1,6 milhão de propina da empreiteira Queiroz Galvão em troca de apoio do PP para a permanência de Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras”.
“Na outra, aceita pelo STF em 2019, o líder do PP é acusado de receber em 2012 propina do então presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), Francisco Colombo, indicado pelo partido para o cargo. Sobre essas denúncias, Lira e sua defesa têm dito que elas são baseadas em delações premiadas de criminosos que buscam implicá-lo em irregularidades com o objetivo de atenuar suas próprias penas”.
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