sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Rachadinha é eufemismo de roubalheira

Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Eu sei que ela tinha uma vida que ela comprava tudo o que ela queria” – testemunhou Marcelo Luiz Nogueira dos Santos a respeito de Ana Cristina Valle.

Ana Cristina, como se sabe, foi casada com Jair Bolsonaro e é mãe do empresário-celebridade Jair Renan Bolsonaro – o integrante do clã que, com seu cabelo fashion e sua fisionomia ariana, mais se assemelha a Adolf, o Hitler.

Marcelo dos Santos privou da intimidade do clã pelo menos nos últimos 14 anos. Tão íntimo que Jair Renan o considera seu “pai de criação”. Em síntese: o cara conhece as entranhas das criaturas.

Aliás, ele conhece e sabe sobre o clã a tal ponto que é aconselhável que seja urgentemente incluído no programa de proteção de testemunhas. A vida dele corre o sério perigo de acabar como acabou a vida do miliciano Adriano da Nóbrega. Isso, claro, na hipótese de “apenas” mais uma coincidência.

O esgoto do clã miliciano está exposto a céu aberto. Quando se pensa que foram descobertas todas imundícies de Bolsonaro, seus pimpolhos & adjacências, surgem novas e ainda mais escabrosas revelações de crimes e ilicitudes.

O Brasil nunca tinha sido rebaixado a tal nível; nunca tinha afundado tanto.

Isso se deve à escória oligárquica. É responsabilidade direta desta lúmpen-burguesia escravocrata e colonizada que fica inerte à barbárie fascista durante o tempo que continua se locupletando com o saqueio e pilhagem do país – é a dimensão ética dessa gente.

É preciso ser realista – nem pessimista, nem otimista. Apenas realista.

Esta oligarquia dominante – que detém absoluto poder político, econômico, midiático, judicial, policial, financeiro e parlamentar – não canaliza, entretanto, tamanho poder para interromper a continuidade do terror fascista-militar que Bolsonaro representa.

“Rachadinha” é um atenuante penal, porque é um eufemismo para roubalheira. E o vocábulo Bolsonaro é sinônimo de roubo. Simples assim.

Apesar desta imagem apavorante do Bolsonaro e de tudo o que ele significa, a lúmpen-burguesia escravocrata e colonizada continua apoiando-o, até mesmo no momento em que ele assobia para sua matilha fascista atentar contra as instituições e a democracia no 7 de setembro.

A canalha oligárquica não tem um projeto de nação; menos ainda um projeto a favor do Brasil. Antes de qualquer dúvida, ela é caninamente contra Lula e o PT.

Cazuza tem razão: a burguesia fede! Enquanto houver burguesia, não vai haver poesia!

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