Todo aparato midiático não vinculado ao lulismo buscou dar pouco destaque a uma viagem com evidente caráter de peça de campanha eleitoral antecipada. Lula viajou à Europa para polarizar com Bolsonaro que, nesse período, também esteve supostamente presente em eventos externos internacionais. A grande mídia não pode ser criticada por se recusar a participar da encenação eleitoreira do PT, da mesma forma que os militantes e simpatizantes de partidos de centro (como o PSDB e o antigo DEM), que fazem oposição a Bolsonaro, não podem ser condenados por se recusarem a participar em manifestações de rua que o PT e o PCO tentaram transformar em manifestações exclusivistas em defesa da candidatura de Lula. O PT, ou melhor, os lulistas (confesso que perdi a noção de quem são os integrantes desse culto da personalidade) apostaram todas as suas fichas na polarização de Lula contra Bolsonaro. Por isso, fingiram, fingem e fingirão que são "amplos", defensores do "Fora,Bolsonaro", quando, na verdade, trabalham para sangrar Bolsonaro até o dia das eleições, tentando resumir toda e qualquer manifestação contra o bolsonarismo em ato de campanha de Lula. Dessa vez, não me sinto à vontade para criticar a mídia, pois ocorre uma coincidência entre as opções políticas espúrias e condenáveis que levam a grande mídia à sistematica manipulação de seus noticiários, visando satisfazer os interesses da plutocracia que representa, priviligiando a narrativa neoliberal e conservadora e isolando as idéias e os fatos políticos, econômicos, sociais, filosóficos e culturais produzidos por indivíduos, lideranças sociais, políticos, intelectuais, movimentos sociais e partidos da esquerda (integrada por muitos partidos e correntes políticas, e não apenas pelos membros do PT) de seus noticiários, e a não veiculação, até certo ponto, justificável, de imagens, de um ato de campanha eleitoral de Lula. Reconheço que, se fosse, por exemplo, uma viagem de FHC ao exterior, com idêntico propósito eleitoreiro, a mídia conservadora provavelmente daria ampla divulgação. Mas não se resolve essa contradição revelando a seletividade política da grande mídia entre Lula e FHC, suposta pelo meu exemplo, mas mostrando que, se a mídia der destaque a um ato de campanha de um dos candidatos, seja ele, Lula,do PT, ou Moro, do Podemos, ou Mandeta, do União Brasil, então terá que conceder o mesmo tempo em seu noticiário a atos de campanha de outros candidatos como Ciro Gomes, do PDT, ou Joaquim Barbosa, se este vier a ser candidato lançado pelo PSB como li recentemente. Também nós que somos membros da esquerda (lembro que planejaram me assassinar há 3 anos por ter defendido Lula em praça pública e feito campanha para Haddad em uma cidade do interior controlada por bolsonaristas e milicianos) não gostamos de ser envolvidos em atos premeditados da campanha eleitoreira antecipada do PT. Preferimos dar destaque aos atos de luta contra o fascismo realizados por uma Frente Ampla e Democrática. Lula não está na Europa como representante dessa Frente Ampla Democrática, mas como candidato de seu partido, sistematicamente exclusivista (para não dizer arrogante), que preferiu, na prática, em 2018, arriscar a derrota para Bolsonaro a apoiar uma opção fora do PT que poderia ter derrotado o miliciano. CONTINUA
Todos têm o direito de cultuar e venerar a quem quiserem, eu, quando se trata de acender velas para homenagear meus ídolos, prefiro, por razões de identidade ideológica profunda, escolher nomes menos badalados que Lula , como João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, Rogério Lustosa, Osvaldão e, por razões afetivas particulares, Lincoln Bicalho Roque. Lula, um homem com a marca da ideologia da aristocracia operária de que proveio, para mim, sempre foi uma escolha eleitoral de momento, um "companheiro de viagem", escolha fruto da análise da correlação de forças e da relação que existe entre a frente de luta institucional que, para mim, é secundária, e a frente de luta de massas, que, para mim, é prioritária. Se a gestão petista não me surpreendeu a confirmação das limitações da luta eleitoral para transformar o Brasil, confesso que me decepcionou o programa social liberal que o lulismo fez substituto do programa original do PT, tendo embutida sua capacidade destrutiva da consciência de classe dos trabalhadores e do povo que deveria ter, ao contrário, protegido e desenvolvido. Por hora, pessoalmente, posso prometer apenas que votarei em Lula em um eventual 2° turno contra Bolsonaro. No momento, não tenho tempo para participar da algazarra dos lulistas. Tenho mais o que fazer, me preparando para participar amanhã das manifestações, que espero que sejam amplas e unitárias, contra Bolsonaro e sua política de genocídio praticada contra o povo.
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Todo aparato midiático não vinculado ao lulismo buscou dar pouco destaque a uma viagem com evidente caráter de peça de campanha eleitoral antecipada. Lula viajou à Europa para polarizar com Bolsonaro que, nesse período, também esteve supostamente presente em eventos externos internacionais. A grande mídia não pode ser criticada por se recusar a participar da encenação eleitoreira do PT, da mesma forma que os militantes e simpatizantes de partidos de centro (como o PSDB e o antigo DEM), que fazem oposição a Bolsonaro, não podem ser condenados por se recusarem a participar em manifestações de rua que o PT e o PCO tentaram transformar em manifestações exclusivistas em defesa da candidatura de Lula. O PT, ou melhor, os lulistas (confesso que perdi a noção de quem são os integrantes desse culto da personalidade) apostaram todas as suas fichas na polarização de Lula contra Bolsonaro. Por isso, fingiram, fingem e fingirão que são "amplos", defensores do "Fora,Bolsonaro", quando, na verdade, trabalham para sangrar Bolsonaro até o dia das eleições, tentando resumir toda e qualquer manifestação contra o bolsonarismo em ato de campanha de Lula. Dessa vez, não me sinto à vontade para criticar a mídia, pois ocorre uma coincidência entre as opções políticas espúrias e condenáveis que levam a grande mídia à sistematica manipulação de seus noticiários, visando satisfazer os interesses da plutocracia que representa, priviligiando a narrativa neoliberal e conservadora e isolando as idéias e os fatos políticos, econômicos, sociais, filosóficos e culturais produzidos por indivíduos, lideranças sociais, políticos, intelectuais, movimentos sociais e partidos da esquerda (integrada por muitos partidos e correntes políticas, e não apenas pelos membros do PT) de seus noticiários, e a não veiculação, até certo ponto, justificável, de imagens, de um ato de campanha eleitoral de Lula. Reconheço que, se fosse, por exemplo, uma viagem de FHC ao exterior, com idêntico propósito eleitoreiro, a mídia conservadora provavelmente daria ampla divulgação. Mas não se resolve essa contradição revelando a seletividade política da grande mídia entre Lula e FHC, suposta pelo meu exemplo, mas mostrando que, se a mídia der destaque a um ato de campanha de um dos candidatos, seja ele, Lula,do PT, ou Moro, do Podemos, ou Mandeta, do União Brasil, então terá que conceder o mesmo tempo em seu noticiário a atos de campanha de outros candidatos como Ciro Gomes, do PDT, ou Joaquim Barbosa, se este vier a ser candidato lançado pelo PSB como li recentemente. Também nós que somos membros da esquerda (lembro que planejaram me assassinar há 3 anos por ter defendido Lula em praça pública e feito campanha para Haddad em uma cidade do interior controlada por bolsonaristas e milicianos) não gostamos de ser envolvidos em atos premeditados da campanha eleitoreira antecipada do PT. Preferimos dar destaque aos atos de luta contra o fascismo realizados por uma Frente Ampla e Democrática. Lula não está na Europa como representante dessa Frente Ampla Democrática, mas como candidato de seu partido, sistematicamente exclusivista (para não dizer arrogante), que preferiu, na prática, em 2018, arriscar a derrota para Bolsonaro a apoiar uma opção fora do PT que poderia ter derrotado o miliciano. CONTINUA
CONTINUAÇÃO
Todos têm o direito de cultuar e venerar a quem quiserem, eu, quando se trata de acender velas para homenagear meus ídolos, prefiro, por razões de identidade ideológica profunda, escolher nomes menos badalados que Lula , como João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, Rogério Lustosa, Osvaldão e, por razões afetivas particulares, Lincoln Bicalho Roque. Lula, um homem com a marca da ideologia da aristocracia operária de que proveio, para mim, sempre foi uma escolha eleitoral de momento, um "companheiro de viagem", escolha fruto da análise da correlação de forças e da relação que existe entre a frente de luta institucional que, para mim, é secundária, e a frente de luta de massas, que, para mim, é prioritária. Se a gestão petista não me surpreendeu a confirmação das limitações da luta eleitoral para transformar o Brasil, confesso que me decepcionou o programa social liberal que o lulismo fez substituto do programa original do PT, tendo embutida sua capacidade destrutiva da consciência de classe dos trabalhadores e do povo que deveria ter, ao contrário, protegido e desenvolvido. Por hora, pessoalmente, posso prometer apenas que votarei em Lula em um eventual 2° turno contra Bolsonaro. No momento, não tenho tempo para participar da algazarra dos lulistas. Tenho mais o que fazer, me preparando para participar amanhã das manifestações, que espero que sejam amplas e unitárias, contra Bolsonaro e sua política de genocídio praticada contra o povo.
Adeus!
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