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O Ministério Público Federal (MPF) pediu na quinta-feira (3) a abertura de um inquérito policial contra Nelson Piquet, que insinuou o assassinato do presidente eleito num ato golpista em Brasília. "Vamos botar esse Lula filho da puta para fora. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. E o Lula lá no cemitério”, afirmou o ex-piloto, famoso por suas posições fascistas e seus trambiques e rolos judiciais.
Em nota branda, o MPF alega que houve “possível incitação pública ao crime” e “à animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constituídos”. O órgão informa que o procedimento foi aberto após receber vídeo com declarações do tricampeão e solicita que ele seja ouvido pela Polícia Federal.
“Para o MPF, as declarações de Nelson Piquet aparentam não se limitar a meras expressões de opinião a respeito do governo eleito, mas como formas concretas de incitação dirigida à população em geral. Foram ditas em gravação realizada em público e durante atos com milhares de pessoas, evidenciando-se a ciência de que viriam a ser difundidas ou divulgadas”, afirma a nota.
Chofer do fascista e trambiqueiro
Nelson Piquet sempre foi um sujeito asqueroso, detestado inclusive por seus pares da Fórmula 1. Por convicções políticas e puro oportunismo, ele se aproximou de Jair Bolsonaro nos últimos anos. Numa entrevista à RedeTV!, explicou: “Fiquei fã dele. Eu o conheci, ele me convidou para almoçar e a gente se deu bem. Nunca me envolvi em política na vida, hoje sou Bolsonaro até a morte”.
A puxa-saquismo foi tão grande que o piloto virou até “chofer” do fascista por um dia – na encenação golpista do 7 de Setembro de 2021. Ele dirigiu o Rolls-Royce presidencial e foi motivo de memes hilários nas redes sociais. Na eleição, Nelson Piquet também participou de comícios e doou R$ 501 mil diretamente à campanha de Jair Bolsonaro e outros R$ 200 mil ao PL, o partido do “capetão”.
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