terça-feira, 25 de julho de 2023

Carluxo Bolsonaro perde o porte de arma

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


Na semana passada, os psicopatas armamentistas e os partidários da necropolítica tiveram péssimas notícias. Carluxo Bolsonaro, o filhote 02 do ex-presidente fujão, teve seu porte de arma revogado pela Polícia Federal. E o governo Lula baixou um decreto sobre o controle “responsável” de armamentos no país. Aos poucos, o Brasil vai voltando à civilidade, superando as trevas bolsonarianas que só geraram ódio e mais violência.

A notícia sobre a frustração do hidrófobo vereador (Republicanos-RJ) foi dada pelo jornalista César Tralli, na TV Globo. “O filho do ex-presidente – que tem registrada uma pistola Glock 9 mm – entrou com requerimento no dia 4 de julho na PF do Rio. Ele pediu a ‘renovação da concessão de porte de arma de fogo’, com abrangência nacional e validade de cinco anos, em substituição a outro porte anterior que havia vencido. Carlos Bolsonaro argumentou que continua preenchendo o requisito da ‘efetiva necessidade’ por ser vereador, atividade que considera de risco, e por sentir que sua integridade física está ameaçada, por possuir ‘sua cabeça a prêmio’”.

A direção da Polícia Federal no Rio de Janeiro, porém, rejeitou o chororô do fascista. “Respondeu que, quanto à atividade exercida, não foram comprovadas ameaças ou riscos individualizados, superiores e distintos em relação aos perigos habituais suportados por quem exerce a mesma atividade profissional, para justificar a concessão excepcional do porte. Na avaliação da PF, a documentação juntada não é suficiente para comprovar a efetiva necessidade por ameaças e riscos individualizados, que ponham em risco sua integridade física”.

O decreto do controle de armas

Na mesma sexta-feira (21) em que Carluxo Pitbull ganhou sua focinheira, o presidente Lula assinou um decreto mais abrangente sobre o controle de armas. Ele faz parte do Programa de Ação na Segurança (PAS), um pacote que visa diminuir a violência no país. Em seu discurso, no Palácio do Planalto, Lula destacou que não se pode mais permitir “arsenais nas mãos das pessoas”. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, enfatizou que o decreto objetiva encerrar “um capítulo trágico e de trevas”, aumentando a segurança pública e salvando vidas.

“Hoje, o senhor [Lula] está assinando um decreto que põe fim definitivamente ao armamentismo irresponsável que o extremismo político semeou nos lares brasileiros. Armas nas mãos certas e não armas nas mãos das pessoas que perpetram o feminicídio”, afirmou o ministro. Sem citar nomes, Flávio Dino ainda alfinetou o ex-presidente fujão, afirmando que a distribuição irresponsável de armas se volta contra a própria polícia e serve ao crime organizado. “Quem quer entregar arma para cada cidadão é inimigo da polícia! Queremos que a polícia tenha a capacidade de atuar adequadamente na sociedade... O armamentismo irresponsável fortaleceu as facções criminosas no Brasil, porque essas armas foram parar exatamente em parte de quadrilhas”.

Entre outras medidas, o decreto reduz a quantidade de armas e munições que podem ser acessadas por civis para defesa pessoal; diminui os arsenais mantidos pelos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores); proíbe os CACs de transitarem com armas municiadas; restringe o funcionamento de clubes de tiro; retoma regras de distinção entre armas de uso de órgãos de segurança e armas para cidadãos comuns; diminui a validade dos registros de armas de fogo; e prevê a migração do controle de armas do Exército para a Polícia Federal.

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