segunda-feira, 21 de abril de 2025

Ação terrorista contra o fim da escala 6x1

Charge: Bira Dantas/Stimmmerg

Por Umberto Martins, no site Vida e Trabalho:

Já dizia Karl Marx, em sua época, que a redução da jornada de trabalho é o resultado de uma luta multissecular entre capital e trabalho. Muita água rolou sobre a ponte da história desde então, mas esta observação ainda se ajusta aos fatos que presenciamos hoje em meio ao movimento social que se levanta pelo fim da exaustiva e desumana escala 6x1 e redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

Enquanto a classe trabalhadora, sobretudo a juventude, anseia por mais tempo livre e tende a despertar para a luta que os movimentos sociais estão organizando pelo fim da escala 6x1, os donos do capital promovem uma campanha terrorista, com grande repercussão midiática, alardeando os supostos - e "aterrorizantes" - efeitos negativos da redução da jornada.

“Vamos retomar o nosso quintal”

Charge: Latuff
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Sempre digo que o Brasil não cabe no quintal de ninguém. Cheguei a publicar um livro com este título. Nem todo mundo concorda, porém.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Peter Hegseth, declarou recentemente, referindo-se à América Central e à América do Sul, que a influência da China cresceu demais nessas regiões e que Trump “está retomando o nosso quintal” (“we are taking our back yard back”).

Um insulto. Hegseth, um ex-apresentador de televisão (!), é dos muitos trogloditas arrogantes e ignorantes que integram o governo Trump, feitos todos eles à imagem e semelhança do chefe. Nunca vi um governo tão confuso e incompetente nos Estados Unidos.

O chanceler da China, Wang Yi, respondeu bem, dizendo: “O que os povos latino-americanos querem é construir o seu próprio lar, não ser quintal de ninguém. O que buscam é independência, não doutrinas de dominação.”

Malafaia exige que PL expulse deputado

A disputa pelas mentes está em jogo

China não perde sono com tarifaço de Trump?

O que leva os jovens para a extrema direita?

domingo, 20 de abril de 2025

Malafaia exige que PL expulse deputado

Charge: Enio
Por Altamiro Borges


O “pastor” Silas Malafaia parece que decidiu virar o leão de chácara do bordel da extrema direita nativa. Toda semana ele fuzila alguma ovelha que “traiu” o rebanho neofascista. Nesta quarta-feira (16), o líder religioso bolsonarista amaldiçoou o deputado Antonio Carlos Rodrigues, o único parlamentar do PL que não assinou o pedido de urgência para a votação do projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Endemoniado, o “pastor” exigiu da sigla sua imediata expulsão.

Grana das emendas vai para paraíso fiscal

Imagem da internet
Por Altamiro Borges


A farra das emendas parlamentares segue produzindo graves distorções com os recursos públicos. Nessa sexta-feira (18), o jornal Estadão noticiou que “empresários criaram offshores em paraíso fiscal para lavar dinheiro desviado de emendas”. A denúncia tem como base uma investigação da Polícia Federal. Segundo o órgão, “os irmãos Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, empresários do ramo de construção civil investigados na Operação Overclean, montaram um ‘sofisticado e estruturado esquema de lavagem de capitais e ocultação patrimonial’”.

Mídia abafa melhora de renda dos mais pobres

O agente da Abin e as joias do Qatar

Jojo Todynho critica o SUS e passa vergonha

Dia de luta dos povos indígenas do Brasil

Milhões nas ruas dos EUA contra Trump

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Mídia abafa melhora de renda dos mais pobres

Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


Não foi manchete nos jornalões e nem destaque no Jornal Nacional da TV Globo. A Fundação Getúlio Vargas/Social divulgou nessa semana um estudo que comprova que a renda do trabalho dos 10% mais pobres do Brasil cresceu 10,7% no ano passado – ritmo 50% maior do que o verificado entre a ínfima parcela dos ricaços, que subiu 6,7%. Essa melhora marca a maior queda da desigualdade social dos últimos anos no país. No geral, a renda média do trabalho avançou 7,1% em 2024.

Para o economista Marcelo Neri, responsável pelo estudo, o avanço foi impulsionado pela geração de empregos formais e pela ampliação do Bolsa Família. Reativado em 2023 com um aumento de 44% no valor médio por beneficiário, o programa criou um “colchão de segurança” para famílias de baixa renda, garantindo que o crescimento econômico chegasse à base da pirâmide. “Tivemos uma redução muito forte da desigualdade social em 2024”, enfatiza o pesquisador.

Mídia abre espaços generosos para golpistas

Charge: Aroeira/247
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Não consigo deixar de me indignar com um certo tipo de cobertura jornalística sobre o projeto de anistia, que a escória da política quer aprovar sobre pau e pedra na Câmara dos Deputados, como se fosse a coisa mais natural do mundo, ou seja, uma iniciativa parlamentar legítima como outra qualquer.

Quer dizer, então, que merece ser encarada de forma séria e republicana uma proposta que poupa de punição os protagonistas da tentativa de sabotar a democracia e ferir de morte a soberania popular?

Repare o latifúndio de espaço oferecido pelos telejornais, sites jornalísticos e veículos impressos da imprensa comercial às escaramuças, pressões e tratativas para assegurar a impunidade dos participantes da intentona de 8 de janeiro, principalmente dos mentores, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.

Se tivéssemos uma mídia realmente comprometida com premissas democráticas e republicanas, o projeto de anistia seria relegado ao rodapé das publicações. A idiotice da vez agora é culpar a vítima, no caso o governo, pelo avanço da tese da anistia no Legislativo mais reacionário de todos os tempos.

Zero Hora se livrou de JR Guzzo?

Por Moisés Mendes, em seu blog:

Fui conferir uma informação que recebi e descobri é isso mesmo: é de 28 de março a última coluna de JR Guzzo publicada em Zero Hora.

O maior jornal do sul do país pode ter deixado de publicar a coluna do comentarista político preferido do fascismo, distribuída pelo Estadão. Há outros nesse nicho, mas não no mesmo nível.

Já me provocaram com uma dúvida: mas o jornal não teve figuras semelhantes em outras épocas? Semelhantes, talvez. Iguais a JR Guzzo, nunca.

Durante 27 anos, convivi em Zero Hora com todo tipo de gente, que existe em qualquer lugar, em lojas, indústrias, padarias, escritórios, açougues, relojoarias, shoppings e inclusive jornais.

A vitória de Glauber Braga