terça-feira, 20 de julho de 2010
Bancários debatem “mídia e poder”
Reproduzo matéria publicada no sítio do Sindicato dos Bancários de São Paulo:
O Auditório Amarelo do sindicato lotou. Estudantes, jornalistas, dirigentes sindicais participaram do debate “Mídia e Poder” com dois convidados ilustres: o sociólogo Venício A. de Lima, autor do livro “Liberdade de expressão x Liberdade de imprensa”, e o jornalista Altamiro Borges, que escreveu “A ditadura da mídia”. O evento foi mediado pela presidenta do sindicato, Juvandia Moreira, e pelo presidente da Fetec-CUT-SP, Luiz César de Freitas, o Alemão.
Há poucos meses das eleições que definirão a Presidência da República, governadores de estado e os parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados, o público concentrou suas perguntas na intervenção da grande mídia em relação à postura de incriminar os movimentos sociais.
Os convidados debateram também o monopólio da mídia brasileira e criticaram jornais, portais, rádios e TVs nas mãos de mesmos grupos, mesmas famílias. “A mídia é poder, e um poder que hoje é avesso à liberdade de expressão”, afirmou o jornalista Altamiro Borges. “A mídia tradicional passa também por uma crise moral e perde a credibilidade (...) mas essa mídia ainda tem muito poder”, acrescentou. Venício comentou sobre as propriedades cruzadas e o monopólio da imprensa: “O papel do Estado é propor esta regulamentação. É uma exigência constitucional”.
Sindicato cidadão
Como prática de cidadania, esse foi mais um debate da série que o sindicato está promovendo desde o início deste ano eleitoral. A presidenta do sindicato, Juvandia Moreira, ressaltou a importância da informação como contraponto da mídia tradicional. “O Sindicato dos Bancários é uma das entidades que vê a comunicação como investimento. Este é um debate importante para os trabalhadores terem seus pontos de vista colocados. Comunicação é poder, sim, e a classe trabalhadora deve ser contemplada”.
Alternativa à grande mídia
Os convidados apresentaram ao público o Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé. Criado com o objetivo de democratizar a informação e contrapor uma cobertura política que não reflete a realidade. O nome do centro é uma homenagem a Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, o homem das lutas de idéias, falecido em 1971.
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