Por Altamiro Borges
Na convulsão popular que contagia o Egito, um fato chamou a atenção. O ditador Hosny Mubarak, apavorado com a alardeada capacidade de mobilização das redes sociais, conseguiu tirar do ar a internet por longas horas. O golpe contra a liberdade de expressão não surtiu os efeitos desejados, mas levantou suspeita sobre a real liberdade na rede.
Vários estudos confirmam que a internet é, de fato, vulnerável. Em momentos de maior tensão na luta de classes, ela pode ficar à mercê das grandes corporações empresariais do setor e também dos governos. Artigo recente do sítio Cuarta Generación evidencia que os EUA estão investindo pesado para não serem mais surpreendidos pela rede.
Os “bombardeios lógicos” do império
Segundo a reportagem, o Pentágono já desenvolveu os chamados “bombardeios lógicos”, que podem “desconectar a internet de países adversários” e até interromper a comunicação online. Além de tirar do ar a rede, os EUA também podem interferir nas próprias transmissões de mensagens e textos.
“Através da aeronave central de transmissões dos EUA, denominada “Comando Único”, o Pentágono é capaz de fazer transmissões de guerra psicológica em rádios AM, FM e UHF e TVs UHF e VHF: sobrevoando uma área sem conexão à internet, o “Comando Único” pode transmitir em uma grande zona de acesso Wi-Fi desprotegido”.
Guerra acirrada no mundo virtual
“Temos como realizar essas operações, usando equipamentos via satélite, sem satélite e por meio de embarcações. Você pode até ter uma cyber-versão de uma rádio pirata”, explica o professor da Naval Postgraduate Scholl, John Arquilla. O governo dos EUA também já desenvolveu mecanismos de interferência na telefonia celular.
Através da tecnologia desenvolvida pela empresa estadunidense Textron, chamada de Fastcom (Forward Airborne Secure Transmissions and Comunication), já é possível utilizar drones (aeronaves não-tripuladas), balões ou via terrestre para acessar celulares e dados 3G. “Os militares usuários dessa rede podem receber dados de inteligência e reconhecimento, ter fontes de dados estratégicos e usar voz e dados por meio de satélites Viasat”.
Em síntese, a guerra no chamado mundo virtual é cada vez mais encarniçada. Quem dominar esta tecnologia terá papel estratégico no futuro das comunicações. Quem patinar será presa fácil nas mãos das potências capitalistas e das corporações gigantes do setor.
Na convulsão popular que contagia o Egito, um fato chamou a atenção. O ditador Hosny Mubarak, apavorado com a alardeada capacidade de mobilização das redes sociais, conseguiu tirar do ar a internet por longas horas. O golpe contra a liberdade de expressão não surtiu os efeitos desejados, mas levantou suspeita sobre a real liberdade na rede.
Vários estudos confirmam que a internet é, de fato, vulnerável. Em momentos de maior tensão na luta de classes, ela pode ficar à mercê das grandes corporações empresariais do setor e também dos governos. Artigo recente do sítio Cuarta Generación evidencia que os EUA estão investindo pesado para não serem mais surpreendidos pela rede.
Os “bombardeios lógicos” do império
Segundo a reportagem, o Pentágono já desenvolveu os chamados “bombardeios lógicos”, que podem “desconectar a internet de países adversários” e até interromper a comunicação online. Além de tirar do ar a rede, os EUA também podem interferir nas próprias transmissões de mensagens e textos.
“Através da aeronave central de transmissões dos EUA, denominada “Comando Único”, o Pentágono é capaz de fazer transmissões de guerra psicológica em rádios AM, FM e UHF e TVs UHF e VHF: sobrevoando uma área sem conexão à internet, o “Comando Único” pode transmitir em uma grande zona de acesso Wi-Fi desprotegido”.
Guerra acirrada no mundo virtual
“Temos como realizar essas operações, usando equipamentos via satélite, sem satélite e por meio de embarcações. Você pode até ter uma cyber-versão de uma rádio pirata”, explica o professor da Naval Postgraduate Scholl, John Arquilla. O governo dos EUA também já desenvolveu mecanismos de interferência na telefonia celular.
Através da tecnologia desenvolvida pela empresa estadunidense Textron, chamada de Fastcom (Forward Airborne Secure Transmissions and Comunication), já é possível utilizar drones (aeronaves não-tripuladas), balões ou via terrestre para acessar celulares e dados 3G. “Os militares usuários dessa rede podem receber dados de inteligência e reconhecimento, ter fontes de dados estratégicos e usar voz e dados por meio de satélites Viasat”.
Em síntese, a guerra no chamado mundo virtual é cada vez mais encarniçada. Quem dominar esta tecnologia terá papel estratégico no futuro das comunicações. Quem patinar será presa fácil nas mãos das potências capitalistas e das corporações gigantes do setor.
4 comentários:
Além disso, dessas corporações que já dominam essas tecnologias e as regras de seu uso, já não estamos todos “chipados” através do número de telefone celular? Cada pessoa nesse mundo já não pode ser localizada/rastreada através de seu número? Uma bomba já não poderia estourar nossas cabeças? Quantas pessoas às ruas não são mais vistas sem um fone de ouvido, ligadas a qualquer coisa que seja?
Nas redes sociais o que por um lado é diversão, descolado, bacaninha para quem participa, por outro lado os donos das mídias/tecnologias já não sabem o que cada um pensa/escreve/curte/partilha, e quem são nossos seguidores/fãs/ídolos, e qual espaço as pessoas frequentam, ainda que virtualmente?
No mundo do papel e das palavras-chave não é fácil localizar um tema/assunto qualquer? Que se dirá das hastags e de outras palavras mais escritas pelas pessoas? Alguém muito poderoso sabe o que cada um de nós escreve/pensa/faz?
Cada novo modelo de tablet/celular/televisão/laptop já não registra absolutamente tudo o que cada pessoa lê/assiste/tecla/digita/navega?
Os donos de companhias telefônicas, provedores/servidores/satélites/meios de comunicação etc. não se enriquecem absurdamente à custa das pessoas inteiramente plugadas?
É possível participar/usufruir/consumir/protestar/filmar/registrar quase tudo pelos aparelhos ao alcance das mãos. Mas já não estamos todos nas mãos de quem controla tudo, até de quem aperta os botõezinhos que fornece acesso à energia elétrica, informação, palavras, imagens, ou seja, tudo que se digitalizou?
Tudo já não é vigiado, atentamente por quem criou e tem o poder de controlar tudo isso?
As pessoas e a sociedade não estão participando de um jogo em que quase todo mundo sabe quase tudo sobre o outro? O que é velado, decidido nos gabinetes sombrios, e o que é sabido e vazado nos wikileaks da vida? Quem é que sabe o quê? Pra quê? Por quê?
Todos já não se afligem, se inquietam, se escandalizam, (re)escrevem, vão lendo e olhando o que se passa ao redor do silêncio em que cada um se meteu, encalacrado com o seu aparelhinho?
Cada acesso/login/clique nessa rede custa algo, e cada um de nós paga a alguém por cada gesto. Uns podem mais, outros podem menos, e muitos ainda nem sabem o que é isso... E todos vão vivendo...
Já não dá quase para acreditar que existe mesmo um governo oculto que rege todos os peõezinhos de um tabuleiro mundial, desde há muito?
Mudou-se a tecnologia e os modos de (não)participar de tudo isso, mas parece que não há nada muito novo debaixo do sol...
Um xeque-mate, mas dado pelos peões, ainda está longe de mudar o que vem sempre acontecendo.
As tecnologias revolucionaram alguma coisa?
Creio que precisamos muito mais de evoluir, em consciência, cidadã e humana, em dimensões planetárias, e em suma, evoluir em sabedoria, para verdadeiramente transformar pela base, para verdadeiramente “derrubar” alguma coisa, aquilo que nos oprime há tempos.
É isso aí Altamiro.
Há um abismo nem tão silencioso, mas pacientemente já cavado entre dois universos antagonizados para perpetuação do sistema escravagista que nos oprime, serviliza e agora quer nos reduzir ao mínimo necessário.
Uma sabotagem legalizada em todas as instâncias. As novas gerações, desde o berço dementadas até à alma, de todas as maneiras inimagináveis aos crédulos na lisura dos que conduzem nossas vidas, estão sendo cientificamente modeladas no desafeto e inumanidade...
É a invisível 3ª guerra mundial contra a humanidade e já em curso acelerado...
Realmente seria muita inocência achar que esse pessoal que comanda já não pensou e pensa diariamente nas formas de evitar até que as pessoas pensem direito, que dirá se comunicar fora do que eles querem...
Lais /São Paulo
A situação é mais grave ainda, Miro!
A administração central da Internet é nos EUA, ou seja, fica à mercê do governo americano. Eles não precisam bombardear a internet dos outros países, eles podem simplesmente desligar o botão e desconecta-los!
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