Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
O jantar de aniversário do Barão de Itararé, ontem, em São Paulo, foi um sucesso de público. A certa altura, o pessoal do restaurante teve de arrastar mesas para atender aos que chegavam. Uma cena que seria chocante, não fossemos gente “diferenciada”.
Repetiu-se o que tem marcado os encontros de blogueiros sujos em todo o Brasil, que antecedem o II Encontro Nacional, marcado para Brasília: debates de qualidade e presença de público acima da expectativa dos organizadores.
Não pude comparecer aos encontros de São Paulo e do Rio de Janeiro, por motivos pessoais e profissionais. Mas na próxima quarta-feira em Salvador, num evento com jornalistas, e no encontro regional do Rio Grande do Sul pretendo debater com os presentes o novo desafio que está diante da mídia convencional e da blogosfera: o Facebook.
Ontem tive a possibilidade de conversar a respeito com a Conceição Oliveira, que é muito ativa nas redes sociais.
Temos opiniões divergentes a respeito de ativismo digital, mas concordamos em alguns pontos.
Concordamos, por exemplo, que o Facebook foi essencial para levantar o debate sobre transporte público a partir da polêmica envolvendo a estação Higienópolis do metrô.
O que começou como gozação acabou pautando a mídia tradicional, mas a opinião de blogueiros como o Eduardo Guimarães, neste caso específico, não foi menos lida que a dos grandes colunistas.
Por que?
Basicamente, porque as colunas impressas não saem andando por aí, a não ser que um internauta se dê ao trabalho de replicá-las na rede. Mas posts da blogosfera caem na rede imediatamente, numa velocidade impressionante, graças ao twitter e aos “shares” do Facebook.
Como os blogueiros se expressam em tom pessoal, testemunhal, o que nem sempre cabe num jornal — onde os textos passam por um processo industrial e hierarquizado de “produção” –, o que escrevem acaba repercutindo com mais força.
O colunista de jornal muita vezes soa impessoal e, portanto, distante do público das redes sociais. Os integrantes das redes estão acostumados a trocar fotos, opiniões, participam de grupos de interesses comuns e tem uma relação quase “pessoal” uns com os outros.
Os que acompanham os blogs do Eduardo Guimarães, da Maria Frô, do Rodrigo Vianna, do Marco Aurélio Mello, do Rovai e de muitos outros desenvolvem uma relação muito mais íntima com os autores do que permite uma coluna impressa. É uma característica muito específica da blogosfera. A quantas mensagens uma coluna impressa, fria, de jornal, responde? É uma impossibilidade física. No entanto, um crítico de um texto do Eduardo Guimarães pode interagir com ele imediatamente, seja no blog, seja no Facebook, seja via twitter. É uma relação quente, quase pessoal.
E é justamente por isso que, quando o Rodrigo ou o Eduardo ou a Maria Frô escrevem algo, é natural que as pessoas repercutam nas redes sociais, às vezes concordando, às vezes criticando, especialmente porque é um caminho de duas vias: os blogueiros muitas vezes transformam textos de leitores em posts. Quantas cartas de leitores de jornal ganham destaque para além das seções específicas?
No caso do Metrô de Higienópolis, talvez este tenha sido o resultado mais positivo: demonstrar para algumas dezenas de milhares de pessoas que elas podem e devem influenciar as políticas públicas, sempre. Justamente uma das ideias motrizes do ajuntamento de blogueiros que começou em 2010.
O jantar de aniversário do Barão de Itararé, ontem, em São Paulo, foi um sucesso de público. A certa altura, o pessoal do restaurante teve de arrastar mesas para atender aos que chegavam. Uma cena que seria chocante, não fossemos gente “diferenciada”.
Repetiu-se o que tem marcado os encontros de blogueiros sujos em todo o Brasil, que antecedem o II Encontro Nacional, marcado para Brasília: debates de qualidade e presença de público acima da expectativa dos organizadores.
Não pude comparecer aos encontros de São Paulo e do Rio de Janeiro, por motivos pessoais e profissionais. Mas na próxima quarta-feira em Salvador, num evento com jornalistas, e no encontro regional do Rio Grande do Sul pretendo debater com os presentes o novo desafio que está diante da mídia convencional e da blogosfera: o Facebook.
Ontem tive a possibilidade de conversar a respeito com a Conceição Oliveira, que é muito ativa nas redes sociais.
Temos opiniões divergentes a respeito de ativismo digital, mas concordamos em alguns pontos.
Concordamos, por exemplo, que o Facebook foi essencial para levantar o debate sobre transporte público a partir da polêmica envolvendo a estação Higienópolis do metrô.
O que começou como gozação acabou pautando a mídia tradicional, mas a opinião de blogueiros como o Eduardo Guimarães, neste caso específico, não foi menos lida que a dos grandes colunistas.
Por que?
Basicamente, porque as colunas impressas não saem andando por aí, a não ser que um internauta se dê ao trabalho de replicá-las na rede. Mas posts da blogosfera caem na rede imediatamente, numa velocidade impressionante, graças ao twitter e aos “shares” do Facebook.
Como os blogueiros se expressam em tom pessoal, testemunhal, o que nem sempre cabe num jornal — onde os textos passam por um processo industrial e hierarquizado de “produção” –, o que escrevem acaba repercutindo com mais força.
O colunista de jornal muita vezes soa impessoal e, portanto, distante do público das redes sociais. Os integrantes das redes estão acostumados a trocar fotos, opiniões, participam de grupos de interesses comuns e tem uma relação quase “pessoal” uns com os outros.
Os que acompanham os blogs do Eduardo Guimarães, da Maria Frô, do Rodrigo Vianna, do Marco Aurélio Mello, do Rovai e de muitos outros desenvolvem uma relação muito mais íntima com os autores do que permite uma coluna impressa. É uma característica muito específica da blogosfera. A quantas mensagens uma coluna impressa, fria, de jornal, responde? É uma impossibilidade física. No entanto, um crítico de um texto do Eduardo Guimarães pode interagir com ele imediatamente, seja no blog, seja no Facebook, seja via twitter. É uma relação quente, quase pessoal.
E é justamente por isso que, quando o Rodrigo ou o Eduardo ou a Maria Frô escrevem algo, é natural que as pessoas repercutam nas redes sociais, às vezes concordando, às vezes criticando, especialmente porque é um caminho de duas vias: os blogueiros muitas vezes transformam textos de leitores em posts. Quantas cartas de leitores de jornal ganham destaque para além das seções específicas?
No caso do Metrô de Higienópolis, talvez este tenha sido o resultado mais positivo: demonstrar para algumas dezenas de milhares de pessoas que elas podem e devem influenciar as políticas públicas, sempre. Justamente uma das ideias motrizes do ajuntamento de blogueiros que começou em 2010.
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