Por José Dirceu, em seu blog:
Foi concluída a investigação policial sobre a tentativa de invasão da suíte que ocupo no Nahoum Hotel, em Brasília, ao final de agosto, pelo repórter Gustavo Ribeiro, da revista Veja. E os fatos falam por si. Na apuração realizada na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, fica claro que o jornalista de fato tentou violar o meu apartamento.
O jornalista admitiu que tentou entrar em um ambiente privado. A investigação – que colheu vários depoimentos e também se apoiou em imagens do circuito interno do hotel -- será encaminhada para o Juizado Especial Criminal de Brasília.
Acessou o andar privativo por meio da escada
O depoimento do jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro foi dado no dia 6 de setembro. Diante de fotografias suas tiradas do circuito interno do hotel, o repórter de Veja reconheceu as imagens com sendo suas. Admitiu que esteve no hotel com a finalidade de apurar informações a meu respeito. Mais ainda: confessou que acessou o andar privativo onde se situa meu quarto, via escada, pois por meio do elevador, apenas pessoas que possuem um cartão de acesso ali chegam. Por fim, confessou que pediu a uma camareira do hotel que lhe abrisse a porta do meu quarto.
Gustavo alegou que “sabia que a camareira não iria abrir a porta solicitada”. “Mas que a informação por ela prestada seria válida para seu intento de confirmação” da minha presença no hotel.
Hospedou-se num quarto em frente ao meu
O intuito de invasão da minha privacidade ficou comprovado, ainda, por outros fatos tão graves quanto os anteriores. Confrontado pelas evidências de registros do hotel, o jornalista de Veja admitiu ter, no dia 24 de agosto, se hospedado no quarto em frente ao meu – acompanhado de um fotógrafo.
Na versão do repórter, o fotógrafo registrou imagens do corredor de acesso aos apartamentos na mesma tomada fotográfica captada pelo circuito interno de filmagem do hotel. Por fim, Gustavo lançou mão do seu suposto direito de preservar a fonte pela qual conseguiu as imagens usadas na reportagem de Veja da edição de 31 de agosto – as quais expõem várias pessoas que estiveram no hotel. Mas, alegou que não mandou instalar qualquer tipo de dispositivo eletrônico no corredor do Nahoum.
Outra versão, bem mais contundente
Já o depoimento da camareira do hotel revelou um pouco mais das cores do que realmente se passou nos corredores do Nahoum. Ela contou que Gustavo Ribeiro lhe pediu que abrisse os dois quartos conjugados, por mim ocupados. Segundo a funcionária, o repórter “reiterou o pedido, insistindo para que abrisse o apartamento”. A camareira ressaltou que foram necessárias sucessivas negativas para que ele desistisse de seu intento.
Mas não é só. A investigação também apurou que as imagens do circuito interno do hotel apresentam divergências com as retratadas e estampadas na matéria de Veja. Os horários supostamente apurados pela revista simplesmente não batem com os registrados pelo hotel. Elas apresentariam uma qualidade inferior tanto no que se refere à nitidez, quanto à resolução.
Segunda tentativa de invasão
O mesmo repórter tentou uma segunda vez entrar no meu quarto, passando-se por um assessor da prefeitura de Varginha (MG). A esse respeito, Gustavo também admitiu ter telefonado para o meu quarto, quando foi atendido por um assessor. Tampouco conseguiu o seu intento nesta segunda tentativa.
Com essas e com outras, algumas coisas ficaram claras diante da conclusão da investigação policial. Gustavo Nogueira Ribeiro é réu confesso da tentativa de invasão da minha privacidade. Sabedor da grave situação em que se encontra, diante do crime cometido e admitido, apresentou-se acompanhado – não de um - mas de três advogados. A atitude comprova seu temor com a gravidade da situação em que se encontra.
Grave, no entanto, é outro fato que se esclarece com a investigação policial: o velho e bom jornalismo investigativo foi afrontado. Como comprovado agora, o repórter e a revista para a qual trabalha, Veja, extrapolaram todos os limites éticos para publicar uma matéria de capa acusando-me de, junto com deputados, senadores, governadores e ministros, conspirar contra a presidenta Dilma Rousseff. Seria apenas mais uma matéria sem amparo na realidade, não fossem as práticas ilícitas utilizadas pela revista.
Espionagem violou princípio constitucional
A espionagem que Veja acobertou é flagrante violação ao princípio constitucional do direito à intimidade e à privacidade - minha, das pessoas com quem me reuni e dos demais hóspedes - e infringe o Código Penal. Não difere das práticas do finado jornal britânico News of The World.
A matéria publicada por Veja em 31 de agosto, a partir de suas “investigações”, assim como a que se seguiu logo depois - sem mencionar as inúmeras citações à minha pessoa por parte de seus colunistas - tem o intuito de pressionar a Justiça e pré-condenar-me. O que a revista conseguiu, no entanto, foi macular sua própria imagem.
Foi concluída a investigação policial sobre a tentativa de invasão da suíte que ocupo no Nahoum Hotel, em Brasília, ao final de agosto, pelo repórter Gustavo Ribeiro, da revista Veja. E os fatos falam por si. Na apuração realizada na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, fica claro que o jornalista de fato tentou violar o meu apartamento.
O jornalista admitiu que tentou entrar em um ambiente privado. A investigação – que colheu vários depoimentos e também se apoiou em imagens do circuito interno do hotel -- será encaminhada para o Juizado Especial Criminal de Brasília.
Acessou o andar privativo por meio da escada
O depoimento do jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro foi dado no dia 6 de setembro. Diante de fotografias suas tiradas do circuito interno do hotel, o repórter de Veja reconheceu as imagens com sendo suas. Admitiu que esteve no hotel com a finalidade de apurar informações a meu respeito. Mais ainda: confessou que acessou o andar privativo onde se situa meu quarto, via escada, pois por meio do elevador, apenas pessoas que possuem um cartão de acesso ali chegam. Por fim, confessou que pediu a uma camareira do hotel que lhe abrisse a porta do meu quarto.
Gustavo alegou que “sabia que a camareira não iria abrir a porta solicitada”. “Mas que a informação por ela prestada seria válida para seu intento de confirmação” da minha presença no hotel.
Hospedou-se num quarto em frente ao meu
O intuito de invasão da minha privacidade ficou comprovado, ainda, por outros fatos tão graves quanto os anteriores. Confrontado pelas evidências de registros do hotel, o jornalista de Veja admitiu ter, no dia 24 de agosto, se hospedado no quarto em frente ao meu – acompanhado de um fotógrafo.
Na versão do repórter, o fotógrafo registrou imagens do corredor de acesso aos apartamentos na mesma tomada fotográfica captada pelo circuito interno de filmagem do hotel. Por fim, Gustavo lançou mão do seu suposto direito de preservar a fonte pela qual conseguiu as imagens usadas na reportagem de Veja da edição de 31 de agosto – as quais expõem várias pessoas que estiveram no hotel. Mas, alegou que não mandou instalar qualquer tipo de dispositivo eletrônico no corredor do Nahoum.
Outra versão, bem mais contundente
Já o depoimento da camareira do hotel revelou um pouco mais das cores do que realmente se passou nos corredores do Nahoum. Ela contou que Gustavo Ribeiro lhe pediu que abrisse os dois quartos conjugados, por mim ocupados. Segundo a funcionária, o repórter “reiterou o pedido, insistindo para que abrisse o apartamento”. A camareira ressaltou que foram necessárias sucessivas negativas para que ele desistisse de seu intento.
Mas não é só. A investigação também apurou que as imagens do circuito interno do hotel apresentam divergências com as retratadas e estampadas na matéria de Veja. Os horários supostamente apurados pela revista simplesmente não batem com os registrados pelo hotel. Elas apresentariam uma qualidade inferior tanto no que se refere à nitidez, quanto à resolução.
Segunda tentativa de invasão
O mesmo repórter tentou uma segunda vez entrar no meu quarto, passando-se por um assessor da prefeitura de Varginha (MG). A esse respeito, Gustavo também admitiu ter telefonado para o meu quarto, quando foi atendido por um assessor. Tampouco conseguiu o seu intento nesta segunda tentativa.
Com essas e com outras, algumas coisas ficaram claras diante da conclusão da investigação policial. Gustavo Nogueira Ribeiro é réu confesso da tentativa de invasão da minha privacidade. Sabedor da grave situação em que se encontra, diante do crime cometido e admitido, apresentou-se acompanhado – não de um - mas de três advogados. A atitude comprova seu temor com a gravidade da situação em que se encontra.
Grave, no entanto, é outro fato que se esclarece com a investigação policial: o velho e bom jornalismo investigativo foi afrontado. Como comprovado agora, o repórter e a revista para a qual trabalha, Veja, extrapolaram todos os limites éticos para publicar uma matéria de capa acusando-me de, junto com deputados, senadores, governadores e ministros, conspirar contra a presidenta Dilma Rousseff. Seria apenas mais uma matéria sem amparo na realidade, não fossem as práticas ilícitas utilizadas pela revista.
Espionagem violou princípio constitucional
A espionagem que Veja acobertou é flagrante violação ao princípio constitucional do direito à intimidade e à privacidade - minha, das pessoas com quem me reuni e dos demais hóspedes - e infringe o Código Penal. Não difere das práticas do finado jornal britânico News of The World.
A matéria publicada por Veja em 31 de agosto, a partir de suas “investigações”, assim como a que se seguiu logo depois - sem mencionar as inúmeras citações à minha pessoa por parte de seus colunistas - tem o intuito de pressionar a Justiça e pré-condenar-me. O que a revista conseguiu, no entanto, foi macular sua própria imagem.
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