Do sítio Vermelho:
Ativistas egípcios convocaram manifestações de massa depois de mais conflitos durante a madrugada entre forças de segurança e manifestantes na Praça Tahrir, do Cairo. A expectativa é fazer uma mobilização para aumentar o apoio popular a uma "segunda revolução". Os manifestantes pretendem reunir mais de um milhão de pessoas no país, para incrementar a oposição ao governo da junta militar.
Pelo menos 33 pessoas morreram e 1,8 mil ficaram feridas em decorrência da brutalidade da polícia contra os manifestantes, que exigem a saída do Conselho Supremo das Forças Armadas. Os protestos se concentram na célebre Praça Tahrir – que virou símbolo de revoltas que causaram a renúncia de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro. No local estão programados vários atos para esta tarde.
Ao longo dos últimos quatro dias, as forças de segurança usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e golpes de cacetetes contra os manifestantes. Há relatos do uso de munição letal.
Pelo menos três manifestantes morreram nesta segunda-feira (21) à noite em Ismailia, no leste do Egito, em choques contra as forças de segurança do país, enquanto enfrentamentos continuam nesta terça-feira nas imediações do Ministério do Interior, no Cairo.
Em decorrência do ocorrido, o governo interino ofereceu a sua renúncia, mas a junta militar ainda não decidiu se aceita ou não. A Irmandade Muçulmana do Egito, a mais organizada força política do país, anunciou que não vai participar da manifestação hoje na Praça Tahrir. O Partido da Liberdade e da Justiça, da Irmandade Muçulmana, informou em comunicado que a decisão foi tomada para evitar “novos confrontos sangrentos” na região.
O marechal Hussein Tantaoui, fiel aliado de Mubarak e, na prática, com as rédeas do país atualmente, afirmou que as eleições gerais no Egito, marcadas para 28 de novembro, continuam de pé. Em fevereiro, Tantaoui reconheceu a "soberania popular" e disse que permaneceria por somente seis meses no poder.
Após a convocação da manifestação nesta terça-feira, reforços policiais se dirigiram às imediações do Ministério do Interior, cujos acessos estão interditados por barreiras da tropa de choque. A "marcha dos milhões", como está sendo chamada, pretende se espalhar pelo país.
Nesta manhã, os policiais continuavam disparando gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que respondem atirando pedras na rua Muhamad Mahmoud, onde fica a Universidade Americana. Na noite passada, os manifestantes cantavam palavras de ordem como "Liberdade, liberdade", "Egito, Egito" e "O povo quer a queda do marechal", em referência ao chefe da junta militar
Mais do mesmo
A Anistia Internacional acusou os militares de não terem cumprido as promessas de melhorar a situação dos direitos humanos no país e de serem responsáveis por abusos que, em alguns casos, superam os da era Mubarak. Em comunicado divulgado em Londres, a organização critica o que classifica como "lamentável desempenho" do Conselho Supremo das Forças Armadas.
O diretor interino da AI para o Oriente Médio e Norte da África, Philip Luther, assinala que o conselho se usou de repressão ao utilizar tribunais militares para julgar milhares de civis, algo que contraria o que os cidadãos egípcios tanto lutaram durante as manifestações populares de janeiro.
"Os que desafiaram ou criticaram o conselho militar, como manifestantes, jornalistas, blogueiros e trabalhadores em greve, foram reprimidos de maneira impiedosa com a tentativa de silenciar suas opiniões", afirmou Luther. "A resposta brutal e de mão de ferro diante dos protestos dos últimos dias leva toda a marca da era Mubarak."
Ativistas egípcios convocaram manifestações de massa depois de mais conflitos durante a madrugada entre forças de segurança e manifestantes na Praça Tahrir, do Cairo. A expectativa é fazer uma mobilização para aumentar o apoio popular a uma "segunda revolução". Os manifestantes pretendem reunir mais de um milhão de pessoas no país, para incrementar a oposição ao governo da junta militar.
Pelo menos 33 pessoas morreram e 1,8 mil ficaram feridas em decorrência da brutalidade da polícia contra os manifestantes, que exigem a saída do Conselho Supremo das Forças Armadas. Os protestos se concentram na célebre Praça Tahrir – que virou símbolo de revoltas que causaram a renúncia de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro. No local estão programados vários atos para esta tarde.
Ao longo dos últimos quatro dias, as forças de segurança usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e golpes de cacetetes contra os manifestantes. Há relatos do uso de munição letal.
Pelo menos três manifestantes morreram nesta segunda-feira (21) à noite em Ismailia, no leste do Egito, em choques contra as forças de segurança do país, enquanto enfrentamentos continuam nesta terça-feira nas imediações do Ministério do Interior, no Cairo.
Em decorrência do ocorrido, o governo interino ofereceu a sua renúncia, mas a junta militar ainda não decidiu se aceita ou não. A Irmandade Muçulmana do Egito, a mais organizada força política do país, anunciou que não vai participar da manifestação hoje na Praça Tahrir. O Partido da Liberdade e da Justiça, da Irmandade Muçulmana, informou em comunicado que a decisão foi tomada para evitar “novos confrontos sangrentos” na região.
O marechal Hussein Tantaoui, fiel aliado de Mubarak e, na prática, com as rédeas do país atualmente, afirmou que as eleições gerais no Egito, marcadas para 28 de novembro, continuam de pé. Em fevereiro, Tantaoui reconheceu a "soberania popular" e disse que permaneceria por somente seis meses no poder.
Após a convocação da manifestação nesta terça-feira, reforços policiais se dirigiram às imediações do Ministério do Interior, cujos acessos estão interditados por barreiras da tropa de choque. A "marcha dos milhões", como está sendo chamada, pretende se espalhar pelo país.
Nesta manhã, os policiais continuavam disparando gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que respondem atirando pedras na rua Muhamad Mahmoud, onde fica a Universidade Americana. Na noite passada, os manifestantes cantavam palavras de ordem como "Liberdade, liberdade", "Egito, Egito" e "O povo quer a queda do marechal", em referência ao chefe da junta militar
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A Anistia Internacional acusou os militares de não terem cumprido as promessas de melhorar a situação dos direitos humanos no país e de serem responsáveis por abusos que, em alguns casos, superam os da era Mubarak. Em comunicado divulgado em Londres, a organização critica o que classifica como "lamentável desempenho" do Conselho Supremo das Forças Armadas.
O diretor interino da AI para o Oriente Médio e Norte da África, Philip Luther, assinala que o conselho se usou de repressão ao utilizar tribunais militares para julgar milhares de civis, algo que contraria o que os cidadãos egípcios tanto lutaram durante as manifestações populares de janeiro.
"Os que desafiaram ou criticaram o conselho militar, como manifestantes, jornalistas, blogueiros e trabalhadores em greve, foram reprimidos de maneira impiedosa com a tentativa de silenciar suas opiniões", afirmou Luther. "A resposta brutal e de mão de ferro diante dos protestos dos últimos dias leva toda a marca da era Mubarak."
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