Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A coluna de Miriam Leitão hoje, em O Globo, não é, certamente, nada que deva entrar no cardápio da ceia de Ano Novo. Porque é fel puro, algo tão evidentemente odioso que entra nas raias da irracionalidade e do ridículo.
Ela desdenha da situação de solidez das contas públicas brasileiras – Brasil, vocês sabem, é aquele país que há nove anos pedia seguidos perdões (waivers) ao FMI e onde o presidente submetia os candidatos à eleição presidencial a concordarem publicamente com uma nova estendida de pires financeiro – como se vivêssemos no paraíso e, de lá para cá, governantes irresponsáveis nos tenham atirado na caótica situação de sermos a sexta economia do mundo.
Diz, por exemplo, que o superávit primário – aquele mesmo, que ela cantou em prosa e verso por anos a fio – não é nada, o problema é o déficit nominal, que é o resultado depois do pagamento de juros. De fato, os juros altíssimos pagos pelo nosso país – embora sejam a metade do que eram sob o genial (para ela) governo Fernando Henrique – são nosso maior problema macroeconômico, mas não foi ela própria quem vociferou contra a “precipitação” do Banco Central em começar a cortar estes juros, em agosto?
A não ser para quem aposta na “roda-presa”, quando o mundo desenvolvido ostenta dívidas públicas próximo aos 100% dos PIBs nacionais achar que o Brasil, que não tem a metade deste endividamento, deva se submeter a arrochos mais severos, cortar gastos sociais e sacrificar mais seu povo. Aliás, é no mínimo desmemoriado quem critica um déficit nominal de 2,36% do PIB enquanto não se recorda que este já chegou a inacreditáveis 14% do PIB, em 1999, quando a tucanagem imperava.
E “esquece” de citar que estes juros são pagos por uma dívida que, desde FHC, o Iluminado, caiu de mais de 56% para 37% do PIB. Ou seja, a família devia mais da metade de sua renda, agora deve pouco mais de um terço. E está pior?
Fala também da carga tributária, que era de 29% em 1995 e hoje anda pelos 35% do PIB. Esquece que este crescimento se deu justamente sob Fernando Henrique, que disse, aliás, que “essa coisa” de reclamar da carga tributária era “choradeira”:
- Como vai ter um Estado moderno, em um país pobre, sem tributo? – disse ele em 2007.
A musa do Milênium diz ainda que são absurdos os financiamentos do BNDES, que custam ao Tesouro mais do que rendem, mas não foi capaz de uma palavra quando estes financiamentos foram turbinados para financiar a compra – quase doada – do patrimônio público.
Textos como o de hoje é que explicam aquela frase de José Serra na campanha eleitoral. Pode não ter sido gentil, mas foi precisa:
- Mas que bobagem, Miriam…
A coluna de Miriam Leitão hoje, em O Globo, não é, certamente, nada que deva entrar no cardápio da ceia de Ano Novo. Porque é fel puro, algo tão evidentemente odioso que entra nas raias da irracionalidade e do ridículo.
Ela desdenha da situação de solidez das contas públicas brasileiras – Brasil, vocês sabem, é aquele país que há nove anos pedia seguidos perdões (waivers) ao FMI e onde o presidente submetia os candidatos à eleição presidencial a concordarem publicamente com uma nova estendida de pires financeiro – como se vivêssemos no paraíso e, de lá para cá, governantes irresponsáveis nos tenham atirado na caótica situação de sermos a sexta economia do mundo.
Diz, por exemplo, que o superávit primário – aquele mesmo, que ela cantou em prosa e verso por anos a fio – não é nada, o problema é o déficit nominal, que é o resultado depois do pagamento de juros. De fato, os juros altíssimos pagos pelo nosso país – embora sejam a metade do que eram sob o genial (para ela) governo Fernando Henrique – são nosso maior problema macroeconômico, mas não foi ela própria quem vociferou contra a “precipitação” do Banco Central em começar a cortar estes juros, em agosto?
A não ser para quem aposta na “roda-presa”, quando o mundo desenvolvido ostenta dívidas públicas próximo aos 100% dos PIBs nacionais achar que o Brasil, que não tem a metade deste endividamento, deva se submeter a arrochos mais severos, cortar gastos sociais e sacrificar mais seu povo. Aliás, é no mínimo desmemoriado quem critica um déficit nominal de 2,36% do PIB enquanto não se recorda que este já chegou a inacreditáveis 14% do PIB, em 1999, quando a tucanagem imperava.
E “esquece” de citar que estes juros são pagos por uma dívida que, desde FHC, o Iluminado, caiu de mais de 56% para 37% do PIB. Ou seja, a família devia mais da metade de sua renda, agora deve pouco mais de um terço. E está pior?
Fala também da carga tributária, que era de 29% em 1995 e hoje anda pelos 35% do PIB. Esquece que este crescimento se deu justamente sob Fernando Henrique, que disse, aliás, que “essa coisa” de reclamar da carga tributária era “choradeira”:
- Como vai ter um Estado moderno, em um país pobre, sem tributo? – disse ele em 2007.
A musa do Milênium diz ainda que são absurdos os financiamentos do BNDES, que custam ao Tesouro mais do que rendem, mas não foi capaz de uma palavra quando estes financiamentos foram turbinados para financiar a compra – quase doada – do patrimônio público.
Textos como o de hoje é que explicam aquela frase de José Serra na campanha eleitoral. Pode não ter sido gentil, mas foi precisa:
- Mas que bobagem, Miriam…
12 comentários:
Abra o novo livro de sua vida.
Suas páginas estão em branco.
O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo."
Que você possa ter Paz, alegria, amor ,
para colocar nas novas páginas que o Senhor está nos dando !
Que a paz e a luz chegue a todos os corações do Mundo.
Que todos os governantes antes de ver suas mesas fartas
olhem para a miseria que esta no Mundo.
Deus abençoe seu Ano Novo.
Paz ,saude ,fé ,amor e sernidade para suportar tudo
aquilo que não poderemos mudar.
Um Feliz 2012.
Beijos no coração .
Conto com sua amizade e carinho
conto contigo para seguir minha viagem.
Eu espero estar sempre contigo.
FELIZ ANO NOVO.
Beijos carinhos ..Evanir
Nao sei como a Globomente e seus conglomerados nao quebraram ainda,com certeza nao escutam sua empregada Miriam leitão, nao entendo como ela ainda esta no ar, se erra e errou tudo que previu ate agora em materia de economia para o brasil. ainda bem que o resto do pais nao deu ouvidos a Miriam leitoa.Mas espero que a globomente pig, de ouvidos e pratique o que ela prega, assim desaparecerão mais rapidamente.Chora Pig,chora,heheheheheheheheh!!!!!!!!!
É o PIG-Partido da Imprensa Golpista -atacando de tudo quanto é lado.Acabei de ler uma materia no Blog do Noblat, outro integrante da PIG, que malha Lula por dizer palavrões e falar da crise como "marolinha"__êles estão dando tiros no escuro e sinto que os dias desta "velha imprensa" e da "Plim Plim" estão contados__a Internet veio para isso;que diga a Primavera Árabe_
Altamiro um big Ano Novo pra vc e tua familia e para seu blog_
Miro vc ainda leva a miriam a sério,eu tenho apenas o nivel medio mas sei que esta mulher só fala asneiras .Acompanho seu blog a tempo.Abração e feliz 2012.
E pensar que tem imbecil que paga para ouvir tantas besteiras, em palestras, propagadas pela Miriam Porcão!!!
Prezado Altamiro , favor veja se está correta esta sua informação? não seria o contrario ?
"Fala também da carga tributária, que era de 29% em 1995 e hoje anda pelos 35% do PIB." Acredito que hoje a carga é de 29% , favor corrija seu texo .
Prezado Altamiro , favor veja se está correta esta sua informação? não seria o contrario ?
"Fala também da carga tributária, que era de 29% em 1995 e hoje anda pelos 35% do PIB." Acredito que hoje a carga é de 29% , favor corrija seu texo .
Prezado Altamiro , favor veja se está correta esta sua informação? não seria o contrario ?
"Fala também da carga tributária, que era de 29% em 1995 e hoje anda pelos 35% do PIB." Acredito que hoje a carga é de 29% , favor corrija seu texo .
Sou daquele que no carro só ouço a CBN e a BAND. Gosto de ouvir as babaquices despejadas diariamente. A noite leio diversos blogs e vejo que tudo era mentira. Todos os dias a mesma coisa.
Caro Miro!
Quero apenas te dizer que reencontra-lo neste ano de 2011 foi para mim motivo de muita alegria e satisfação.Mesmo longe do PC do B eu sempre dizia a amigos ligado ao partido que o único que eu ainda lia era você.Você é uma daquelas pessoas que a gente gosta e respeita mesmo sem compartilhar as vezes do mesmo ideal. Que em 2012 a gente esteja mais perto lutando por um Brasil e Mundo mais justo. Abraçãção. (Irineu. Viva o Verdão).
Pelo menos dona Miriam não é uma dissimulada como seus colegas neoliberais. Ouvi a própria dizer que não confia no Governo. Que confia em nós, se referindo à população brasileira como um todo.
"onde o presidente submetia os candidatos à eleição presidencial a concordarem publicamente com uma nova estendida de pires financeiro"
Inclusive o senhor Lula, que assinou aquela malfadada Carta aos Brasileiros, junto com José Serra, Ciro Gomes e Anthony Garotinho. A mando da picaretagem financeira internacional.
Postar um comentário