Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
Rejeitado por 46% da cidade que pretende administrar, o sujeito se destempera. Do alto da rocha granítica da aversão aos seus modos, métodos e metas, ele esbraveja aos céus, bate o pé na terra e não aceita o veredito. Quer quebrar o espelho que o revela. Nisso sua competência é reconhecida: a infâmia, o desrespeito, a mentira, a sabotagem recheiam um embornal político emprestado da velha UDN golpista.
Num mesmo dia, nesta 4ª-feira, ele acionou todas as ferramentas de uma vez. Carlos Lacerda só lamentaria a indigência oratória, mas ele fez o melhor que pode: desrespeitou Dilma, atacou Haddad, demonizou Dirceu, atirou contra o PT e desmereceu Marta.
Não seria um tiro no pé? Não é exatamente esse abuso que o afunda no aterro dos banidos pela opinião pública? Por que Serra não mostra serviço? Por exemplo: o verão está aí. Oito anos de consórcio Serra/Kassab tornaram a cidade menos vulnerável às enchentes? Os eleitores podem confiar nesse legado que indicaria seu acerto em abandonar a prefeitura em 2006 e ainda por cima deixar a metrópole nas mãos de quem ficou?
Na propaganda eleitoral deste ano Serra justifica assim a decisão de largar a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado em 2006: 'o Alckmin não podia mais se reeleger, e o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT, jogando fora a recuperação que vinha desde os tempos do Covas".
Vamos nos limitar às medidas contra enchentes. E avaliar quem jogou fora o quê.
Vejamos. O que fez o governador Serra entre 2007 e 2010? Fatos: a) ele interrompeu os serviços de desassoreamento do rio Tietê, o grande dreno da cidade, por quatro anos seguidos; b) pior, ao não cuidar da manutenção, jogou no lixo R$ 1,7 bi gastos com a limpeza do rio durante o quadriênio anterior, na gestão do seu companheiro de sigla, Geraldo Alckmin.
Quando Alckmin voltou ao governo, do qual Serra saiu para ser derrotado por Dilma, em 2010, teve que recomeçar do zero. Quem diz é o próprio Alckmin. Entre seus compromissos, ele se propôs como meta recuperar a vazão do Tietê anterior à gestão Serra em que 3 milhões de m³ de detritos se acumularam no leito do rio, anulando a retirada anterior de 2,5 milhões de m³.
Esses, os fatos. Consequências: a irresponsabilidade agravou a frequência e a gravidade das inundações na capital, cuja prefeitura Serra disputa novamente. Mesmo fora da temporada, qualquer precipitação mais forte causa inundações. Assoreado até as tampas, o ralo da cidade verte em vez de drenar.
Agora, o objetivo de Alckmin é devolver ao rio uma vazão de 1.048 m³ por segundo. A mesma capacidade de sete anos atrás, quando Serra chegou e negligenciou a tarefa de pelo menos manter esse desempenho.
Mesmo ele seria insuficiente. Na avaliação técnica, o resgate perseguido por Alckmin já nasce obsoleto: a mancha urbana cresceu, os problemas se agravaram. Seria preciso dobrar a capacidade de vazão pretendida para obter os mesmos resultados perseguidos há sete anos.
Não seria tão complicado --e caro aos cofres públicos-- se Serra não tivesse jogado fora o que disse que iria 'defender' das mãos do PT.
Leia a seguir um texto de 26 de abril de 2012 do insuspeito Estadão. É uma radiografia da imprevidência do governo estadual no período em que Serra ocupou o cargo. O nome do tucano, naturalmente, é poupado. Mas os números liberados pela gestão Alckmin doem mais que as pancadas do embornal udenista.
*****
Novas obras contra enchentes
O Estado de S. Paulo - 26/04/2012
Obras de limpeza da calha do Tietê devem restabelecer, até o fim deste ano, a vazão que o rio tinha em 2005 e reduzir as chances de ocorrer transbordamentos na região metropolitana. A retirada de 900 mil m³ de sedimentos de três trechos do leito do rio, ao custo de R$ 317 milhões, é uma das frentes de combate às enchentes abertas pelo governo estadual.
A outra será a construção de 44 piscinões - 30 por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) -, num total de R$ 1,8 bilhão em investimentos em obras e outros R$ 3,1 bilhões em manutenção e limpeza dos reservatórios.
Os 14 restantes serão construídos pelo próprio governo. A esse esforço do Estado, as prefeituras da Grande São Paulo deveriam somar outras ações baratas e eficazes, para evitar o despejo de toneladas de detritos que causam o assoreamento do rio.
Ao fazer um balanço das obras de limpeza da calha do Tietê, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a sua capacidade de vazão chegará a 1.048 m³ por segundo, na altura do Cebolão, o que é comparável aos resultados de sete anos atrás, quando as obras de aprofundamento e desassoreamento do leito do rio foram concluídas. Entre 2002 e 2005, o fundo do rio baixou dois metros e meio, como resultado da retirada de 6,8 milhões de m³ de rochas, sedimentos e detritos de todo tipo, uma obra que custou R$ 1,7 bilhão.
O resultado de todo esse esforço, porém, se desfez em quatro anos, período em que 3 milhões de m³ de detritos se acumularam no leito do rio. Isto trouxe de volta à capital o transtorno das inundações. Em setembro de 2009, ainda longe da temporada de chuvas, uma tempestade deixou São Paulo sob as águas. De lá para cá, a cada verão, o rio transborda. Em 2011, no fim de fevereiro, o Tietê já tinha transbordado três vezes, o que levou o governo a tomar a decisão de voltar a investir em obras de desassoreamento.
Hoje, apesar do otimismo do governador Geraldo Alckmin e dos dados que mostram que o desassoreamento do Tietê produz resultado equivalente a 86% da capacidade de todos os piscinões, é preciso considerar que o fato de o rio alcançar novamente a mesma vazão que tinha há cinco anos não basta para assegurar que a cidade está livre das enchentes. A mancha urbana de hoje não é a mesma de sete anos atrás e suas características também mudaram muito. A ocupação das margens dos córregos e das áreas de preservação aumentou, mais detritos são lançados nos leitos de rios e córregos e a impermeabilização do solo aumentou.
O coordenador da área sanitária ambiental do Instituto de Engenharia, Júlio Cerqueira Cesar Neto, lembra que já em 1998 se considerava que a vazão do rio, anunciada hoje como a ideal, estava ultrapassada em 25%. A seu ver, a vazão hoje deveria ser de aproximadamente 2 mil m³ por segundo - o dobro do que será alcançado com o fim das obras de desassoreamento.
Por isso, está certo o governo ao acelerar ao mesmo tempo a construção de piscinões. Nos últimos 16 anos, a região metropolitana de São Paulo ganhou 29 reservatórios, tendo agora 51. Com a construção dos novos 44 piscinões, prometidos até 2018, a Grande São Paulo aumentará a capacidade de armazenamento dos atuais 10 milhões de m³ por segundo para 22 milhões de m³. Apesar desse esforço para quase dobrar o número de reservatórios, a vazão de água necessária para evitar enchentes na região metropolitana ainda fica aquém da prevista no Plano de Macrodrenagem do Estado. Ele prevê a construção de 134 piscinões, com capacidade de 35 milhões de m³.
A tarefa é árdua e para alcançar aquela meta é fundamental o apoio das prefeituras da Grande São Paulo, que deveriam complementar os grandes investimentos realizados pelo Estado nos últimos anos. Elas precisam, por exemplo, cuidar melhor da ocupação do solo e construir calhas alternativas para o escoamento da água dos córregos. E também montar pequenas cascatas no leito de rios e córregos, que ajudam a frear as águas, impedindo que cheguem com alta velocidade ao Tietê .
*****
NR: Para fazer justiça com Serra é forçoso admitir que Geraldo Alckmin também não está dando conta do recado. As obras antienchente do governo tucano não estarão prontas no verão que bate à porta. Verbas subdimensionadas entre outros 'deslizes' explicariam o fiasco repetido. Quem sabe nas chuvas de 2013; talvez nas de 2014. Essa é uma área em que, por sua gravidade e incontornável evidência anual, o modo tucano de governar não deixa margem a dissimulações e leguleios. Nas demais, cabe ao eleitor inferir. Leia a notícia abaixo, de insuspeita lavra:
*****
29/08/2012
Obras estaduais antienchente estão paradas ou atrasadas
Folha de S.Paulo
Obras de contenção de enchentes na Grande SP anunciadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em março de 2011 estão paradas ou atrasadas, a pouco mais de três meses do início da temporada de chuvas.
Há problemas com a construção de três piscinões, quatro diques perto de pontes do Tietê e o desassoreamento do rio e de córregos.
Parte das obras está com problemas porque o dinheiro previsto no Orçamento acabou --caso da limpeza do Tietê-- e outra parte por causa de falhas na execução.
No caso dos diques, a previsão era que ficassem prontos até dezembro de 2011, mas só um está sendo feito, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica.
Mesmo que todos os diques começassem a ser construídos hoje, a operação deles só seria possível em, no mínimo, um ano. Ou seja, para chuvas de 2013/ 2014.
Outro conjunto de obras tido como fundamental por especialistas é a construção de piscinões. Mas nada será inaugurado este ano.
O piscinão Olaria, em Campo Limpo (zona sul), deveria ter sido entregue em novembro de 2011, mas a fragilidade do solo na área atrasou a execução. Outros reservatórios anunciados, o Guamiranga e o Jaboticabal, que represariam as águas vindas do ABC, não saíram do papel.
As máquinas que limpam o leito do Tietê pararam ontem. Por falta de pagamento, a limpeza de grandes córregos que deságuam no Tietê também não está sendo realizada no ritmo adequado.
A questão não é a falta de dinheiro, mas o esgotamento da verba que havia sido colocada pelo Estado no Orçamento --para especialistas, ela foi subdimensionada.
Para moradores de áreas tradicionalmente alagadas, o atraso preocupa.
Resposta
O governo nega que o ritmo de desassoreamento do Tietê esteja lento e diz que a "intensificação dos trabalhos" no início do ano permite dizer que tudo está sob controle. Diz, ainda, que o volume de material retirado do rio superará o de 2011.
Afirma ainda que, embora o dinheiro previsto para este ano já tenha sido usada, o Orçamento será complementado.
Sobre as obras dos diques, o governo afirma que terminou as escavações de apenas um deles, na ponte da Vila Maria.
O governo admite atrasos nos piscinões Olaria, Guamiranga e Jaboticabal
Rejeitado por 46% da cidade que pretende administrar, o sujeito se destempera. Do alto da rocha granítica da aversão aos seus modos, métodos e metas, ele esbraveja aos céus, bate o pé na terra e não aceita o veredito. Quer quebrar o espelho que o revela. Nisso sua competência é reconhecida: a infâmia, o desrespeito, a mentira, a sabotagem recheiam um embornal político emprestado da velha UDN golpista.
Num mesmo dia, nesta 4ª-feira, ele acionou todas as ferramentas de uma vez. Carlos Lacerda só lamentaria a indigência oratória, mas ele fez o melhor que pode: desrespeitou Dilma, atacou Haddad, demonizou Dirceu, atirou contra o PT e desmereceu Marta.
Não seria um tiro no pé? Não é exatamente esse abuso que o afunda no aterro dos banidos pela opinião pública? Por que Serra não mostra serviço? Por exemplo: o verão está aí. Oito anos de consórcio Serra/Kassab tornaram a cidade menos vulnerável às enchentes? Os eleitores podem confiar nesse legado que indicaria seu acerto em abandonar a prefeitura em 2006 e ainda por cima deixar a metrópole nas mãos de quem ficou?
Na propaganda eleitoral deste ano Serra justifica assim a decisão de largar a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado em 2006: 'o Alckmin não podia mais se reeleger, e o Estado estava ameaçado de cair nas mãos do PT, jogando fora a recuperação que vinha desde os tempos do Covas".
Vamos nos limitar às medidas contra enchentes. E avaliar quem jogou fora o quê.
Vejamos. O que fez o governador Serra entre 2007 e 2010? Fatos: a) ele interrompeu os serviços de desassoreamento do rio Tietê, o grande dreno da cidade, por quatro anos seguidos; b) pior, ao não cuidar da manutenção, jogou no lixo R$ 1,7 bi gastos com a limpeza do rio durante o quadriênio anterior, na gestão do seu companheiro de sigla, Geraldo Alckmin.
Quando Alckmin voltou ao governo, do qual Serra saiu para ser derrotado por Dilma, em 2010, teve que recomeçar do zero. Quem diz é o próprio Alckmin. Entre seus compromissos, ele se propôs como meta recuperar a vazão do Tietê anterior à gestão Serra em que 3 milhões de m³ de detritos se acumularam no leito do rio, anulando a retirada anterior de 2,5 milhões de m³.
Esses, os fatos. Consequências: a irresponsabilidade agravou a frequência e a gravidade das inundações na capital, cuja prefeitura Serra disputa novamente. Mesmo fora da temporada, qualquer precipitação mais forte causa inundações. Assoreado até as tampas, o ralo da cidade verte em vez de drenar.
Agora, o objetivo de Alckmin é devolver ao rio uma vazão de 1.048 m³ por segundo. A mesma capacidade de sete anos atrás, quando Serra chegou e negligenciou a tarefa de pelo menos manter esse desempenho.
Mesmo ele seria insuficiente. Na avaliação técnica, o resgate perseguido por Alckmin já nasce obsoleto: a mancha urbana cresceu, os problemas se agravaram. Seria preciso dobrar a capacidade de vazão pretendida para obter os mesmos resultados perseguidos há sete anos.
Não seria tão complicado --e caro aos cofres públicos-- se Serra não tivesse jogado fora o que disse que iria 'defender' das mãos do PT.
Leia a seguir um texto de 26 de abril de 2012 do insuspeito Estadão. É uma radiografia da imprevidência do governo estadual no período em que Serra ocupou o cargo. O nome do tucano, naturalmente, é poupado. Mas os números liberados pela gestão Alckmin doem mais que as pancadas do embornal udenista.
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Novas obras contra enchentes
O Estado de S. Paulo - 26/04/2012
Obras de limpeza da calha do Tietê devem restabelecer, até o fim deste ano, a vazão que o rio tinha em 2005 e reduzir as chances de ocorrer transbordamentos na região metropolitana. A retirada de 900 mil m³ de sedimentos de três trechos do leito do rio, ao custo de R$ 317 milhões, é uma das frentes de combate às enchentes abertas pelo governo estadual.
A outra será a construção de 44 piscinões - 30 por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs) -, num total de R$ 1,8 bilhão em investimentos em obras e outros R$ 3,1 bilhões em manutenção e limpeza dos reservatórios.
Os 14 restantes serão construídos pelo próprio governo. A esse esforço do Estado, as prefeituras da Grande São Paulo deveriam somar outras ações baratas e eficazes, para evitar o despejo de toneladas de detritos que causam o assoreamento do rio.
Ao fazer um balanço das obras de limpeza da calha do Tietê, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a sua capacidade de vazão chegará a 1.048 m³ por segundo, na altura do Cebolão, o que é comparável aos resultados de sete anos atrás, quando as obras de aprofundamento e desassoreamento do leito do rio foram concluídas. Entre 2002 e 2005, o fundo do rio baixou dois metros e meio, como resultado da retirada de 6,8 milhões de m³ de rochas, sedimentos e detritos de todo tipo, uma obra que custou R$ 1,7 bilhão.
O resultado de todo esse esforço, porém, se desfez em quatro anos, período em que 3 milhões de m³ de detritos se acumularam no leito do rio. Isto trouxe de volta à capital o transtorno das inundações. Em setembro de 2009, ainda longe da temporada de chuvas, uma tempestade deixou São Paulo sob as águas. De lá para cá, a cada verão, o rio transborda. Em 2011, no fim de fevereiro, o Tietê já tinha transbordado três vezes, o que levou o governo a tomar a decisão de voltar a investir em obras de desassoreamento.
Hoje, apesar do otimismo do governador Geraldo Alckmin e dos dados que mostram que o desassoreamento do Tietê produz resultado equivalente a 86% da capacidade de todos os piscinões, é preciso considerar que o fato de o rio alcançar novamente a mesma vazão que tinha há cinco anos não basta para assegurar que a cidade está livre das enchentes. A mancha urbana de hoje não é a mesma de sete anos atrás e suas características também mudaram muito. A ocupação das margens dos córregos e das áreas de preservação aumentou, mais detritos são lançados nos leitos de rios e córregos e a impermeabilização do solo aumentou.
O coordenador da área sanitária ambiental do Instituto de Engenharia, Júlio Cerqueira Cesar Neto, lembra que já em 1998 se considerava que a vazão do rio, anunciada hoje como a ideal, estava ultrapassada em 25%. A seu ver, a vazão hoje deveria ser de aproximadamente 2 mil m³ por segundo - o dobro do que será alcançado com o fim das obras de desassoreamento.
Por isso, está certo o governo ao acelerar ao mesmo tempo a construção de piscinões. Nos últimos 16 anos, a região metropolitana de São Paulo ganhou 29 reservatórios, tendo agora 51. Com a construção dos novos 44 piscinões, prometidos até 2018, a Grande São Paulo aumentará a capacidade de armazenamento dos atuais 10 milhões de m³ por segundo para 22 milhões de m³. Apesar desse esforço para quase dobrar o número de reservatórios, a vazão de água necessária para evitar enchentes na região metropolitana ainda fica aquém da prevista no Plano de Macrodrenagem do Estado. Ele prevê a construção de 134 piscinões, com capacidade de 35 milhões de m³.
A tarefa é árdua e para alcançar aquela meta é fundamental o apoio das prefeituras da Grande São Paulo, que deveriam complementar os grandes investimentos realizados pelo Estado nos últimos anos. Elas precisam, por exemplo, cuidar melhor da ocupação do solo e construir calhas alternativas para o escoamento da água dos córregos. E também montar pequenas cascatas no leito de rios e córregos, que ajudam a frear as águas, impedindo que cheguem com alta velocidade ao Tietê .
*****
NR: Para fazer justiça com Serra é forçoso admitir que Geraldo Alckmin também não está dando conta do recado. As obras antienchente do governo tucano não estarão prontas no verão que bate à porta. Verbas subdimensionadas entre outros 'deslizes' explicariam o fiasco repetido. Quem sabe nas chuvas de 2013; talvez nas de 2014. Essa é uma área em que, por sua gravidade e incontornável evidência anual, o modo tucano de governar não deixa margem a dissimulações e leguleios. Nas demais, cabe ao eleitor inferir. Leia a notícia abaixo, de insuspeita lavra:
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29/08/2012
Obras estaduais antienchente estão paradas ou atrasadas
Folha de S.Paulo
Obras de contenção de enchentes na Grande SP anunciadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em março de 2011 estão paradas ou atrasadas, a pouco mais de três meses do início da temporada de chuvas.
Há problemas com a construção de três piscinões, quatro diques perto de pontes do Tietê e o desassoreamento do rio e de córregos.
Parte das obras está com problemas porque o dinheiro previsto no Orçamento acabou --caso da limpeza do Tietê-- e outra parte por causa de falhas na execução.
No caso dos diques, a previsão era que ficassem prontos até dezembro de 2011, mas só um está sendo feito, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica.
Mesmo que todos os diques começassem a ser construídos hoje, a operação deles só seria possível em, no mínimo, um ano. Ou seja, para chuvas de 2013/ 2014.
Outro conjunto de obras tido como fundamental por especialistas é a construção de piscinões. Mas nada será inaugurado este ano.
O piscinão Olaria, em Campo Limpo (zona sul), deveria ter sido entregue em novembro de 2011, mas a fragilidade do solo na área atrasou a execução. Outros reservatórios anunciados, o Guamiranga e o Jaboticabal, que represariam as águas vindas do ABC, não saíram do papel.
As máquinas que limpam o leito do Tietê pararam ontem. Por falta de pagamento, a limpeza de grandes córregos que deságuam no Tietê também não está sendo realizada no ritmo adequado.
A questão não é a falta de dinheiro, mas o esgotamento da verba que havia sido colocada pelo Estado no Orçamento --para especialistas, ela foi subdimensionada.
Para moradores de áreas tradicionalmente alagadas, o atraso preocupa.
Resposta
O governo nega que o ritmo de desassoreamento do Tietê esteja lento e diz que a "intensificação dos trabalhos" no início do ano permite dizer que tudo está sob controle. Diz, ainda, que o volume de material retirado do rio superará o de 2011.
Afirma ainda que, embora o dinheiro previsto para este ano já tenha sido usada, o Orçamento será complementado.
Sobre as obras dos diques, o governo afirma que terminou as escavações de apenas um deles, na ponte da Vila Maria.
O governo admite atrasos nos piscinões Olaria, Guamiranga e Jaboticabal
2 comentários:
Quero cumprimentar a patética comunidade lulista/malufista por dois índices extraordinários que conseguiram alcançar depois de quase 10 no poder! O primeiro, foi na área da gestão da coisa pública, i.é, a previsão do PIB para 2%! E o segundo na área política, i.é, a exposição das vísceras da corruptaria petista no julgamento do mensalão!
Eugênio José Alati
Depois que sairam do do governo federal, não tem mais patrimonio publico para vender, os amigos tucanos tem que financiar campanha de algum jeito.
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