Por Vassil Oliveira, no sítio Diário de Goiás:
Jogada de mestre?
O governador Marconi Perillo (PSDB) vai nomear um delegado da Polícia Federal para o comando da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
Vai sair um dos principais secretários do governador, João Furtado, fonte de desgaste constante nos últimos meses e nome citado no caso Cachoeira.
A tacada de mestre seria colocar na SSP-GO alguém insuspeito, o que mostraria compromisso com a arrumação da casa. Não foi a PF que prendeu Carlinhos Cachoeira e deflagrou todo o imbróglio que envolveu Marconi e cia? Então.
O caso lembra outro. No mesmo instante em que Cachoeira era preso e caía por terra o castelo de moralidade do promotor e então senador Demóstenes Torres, tomava posse na Secretaria de Meio Ambiente o promotor Umberto Machado.
Nas semanas, meses, seguintes, o que se viu foi o Ministério Público de Goiás cada dia mais envolvido em suspeitas de ligações de integrantes seus com o Caso Cachoeira. Inclusive o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, irmão de Demóstenes.
Viu-se outra coisa: uma reação interna no MP para forçar a saída de Umberto, que carimbava o MP como ligado umbilicalmente a Marconi. Foi uma guerra de bastidores.
Promotores independentes agiram por acreditaram que estava em jogo a credibilidade do MP. Não queriam ver todos colocados na mesma rede de Cachoeira e Marconi.
Tanto fizeram que Umberto teve de sair do governo Marconi. E Demóstenes corre o risco até de ser expulso.
Agora, é a PF que, depois de investigar o governo, vai para dentro dele avalizá-lo. Uma jogada de mestre, sim, para Marconi. Principalmente, uma jogada de marketing com aval da PF.
Aval apenas do PF?
Aval do governo do PT de Dilma (ou seria possível de outra forma?).
O governo goiano corre para dar ares de institucionalidade ao ato. É o governo Dilma acima de picuinhas visando o bem de Goiás.
Do ponto de vista político, a mensagem é outra: mais uma vez, um governo do PT dá uma forcinha ao inimigo tucano. Um inimigo que nunca contemporiza com os petistas de Goiás: age com mão de ferro, como fez na disputa em Goiânia.
Que o diga o ex-governador Alcides Rodrigues, aliado que ficou com o prejuízo de não resolver o caso Celg, bônus delegado pelos companheiros de Lula ao tucano goiano, que não pensa duas vezes para acusá-lo de todos os seus males, especialmente os que caem sobre sua cabeça a partir da CPMI do Cachoeira.
Que o diga Paulo Garcia, candidato à reeleição do partido que sofreu duros ataques da máquina de comunicação marconista durante todo o processo eleitoral.
Nos bastidores, a avaliação é de que a presença de um delegado da PF na SSP-GO é uma tacada, sim, mas para evitar uma intervenção federal no Estado.
Marconi, assim, está se antecipando, ou agindo antes de ter de reagir.
Se o governo federal apoiou, quer dizer que está, sim, dando uma força a Marconi, evitando mais um desgaste: subliminarmente, assume a Segurança.
Se não é isso, significa, verdadeiramente, que o governo Dilma está deixando o tucano fazer seu jogo de cena calado.
No que se refere à Polícia Federal, fica a questão: e aí, o que esperar da instituição que apontou o governo Marconi como extensão de Cachoeira, agora que vai defender este mesmo governo?
Tem mais uma coisa: o que pensam as Polícias Civil e Militar goianas de ficarem subordinadas a um delegado da PF?
Jogada de mestre?
O governador Marconi Perillo (PSDB) vai nomear um delegado da Polícia Federal para o comando da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
Vai sair um dos principais secretários do governador, João Furtado, fonte de desgaste constante nos últimos meses e nome citado no caso Cachoeira.
A tacada de mestre seria colocar na SSP-GO alguém insuspeito, o que mostraria compromisso com a arrumação da casa. Não foi a PF que prendeu Carlinhos Cachoeira e deflagrou todo o imbróglio que envolveu Marconi e cia? Então.
O caso lembra outro. No mesmo instante em que Cachoeira era preso e caía por terra o castelo de moralidade do promotor e então senador Demóstenes Torres, tomava posse na Secretaria de Meio Ambiente o promotor Umberto Machado.
Nas semanas, meses, seguintes, o que se viu foi o Ministério Público de Goiás cada dia mais envolvido em suspeitas de ligações de integrantes seus com o Caso Cachoeira. Inclusive o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, irmão de Demóstenes.
Viu-se outra coisa: uma reação interna no MP para forçar a saída de Umberto, que carimbava o MP como ligado umbilicalmente a Marconi. Foi uma guerra de bastidores.
Promotores independentes agiram por acreditaram que estava em jogo a credibilidade do MP. Não queriam ver todos colocados na mesma rede de Cachoeira e Marconi.
Tanto fizeram que Umberto teve de sair do governo Marconi. E Demóstenes corre o risco até de ser expulso.
Agora, é a PF que, depois de investigar o governo, vai para dentro dele avalizá-lo. Uma jogada de mestre, sim, para Marconi. Principalmente, uma jogada de marketing com aval da PF.
Aval apenas do PF?
Aval do governo do PT de Dilma (ou seria possível de outra forma?).
O governo goiano corre para dar ares de institucionalidade ao ato. É o governo Dilma acima de picuinhas visando o bem de Goiás.
Do ponto de vista político, a mensagem é outra: mais uma vez, um governo do PT dá uma forcinha ao inimigo tucano. Um inimigo que nunca contemporiza com os petistas de Goiás: age com mão de ferro, como fez na disputa em Goiânia.
Que o diga o ex-governador Alcides Rodrigues, aliado que ficou com o prejuízo de não resolver o caso Celg, bônus delegado pelos companheiros de Lula ao tucano goiano, que não pensa duas vezes para acusá-lo de todos os seus males, especialmente os que caem sobre sua cabeça a partir da CPMI do Cachoeira.
Que o diga Paulo Garcia, candidato à reeleição do partido que sofreu duros ataques da máquina de comunicação marconista durante todo o processo eleitoral.
Nos bastidores, a avaliação é de que a presença de um delegado da PF na SSP-GO é uma tacada, sim, mas para evitar uma intervenção federal no Estado.
Marconi, assim, está se antecipando, ou agindo antes de ter de reagir.
Se o governo federal apoiou, quer dizer que está, sim, dando uma força a Marconi, evitando mais um desgaste: subliminarmente, assume a Segurança.
Se não é isso, significa, verdadeiramente, que o governo Dilma está deixando o tucano fazer seu jogo de cena calado.
No que se refere à Polícia Federal, fica a questão: e aí, o que esperar da instituição que apontou o governo Marconi como extensão de Cachoeira, agora que vai defender este mesmo governo?
Tem mais uma coisa: o que pensam as Polícias Civil e Militar goianas de ficarem subordinadas a um delegado da PF?
2 comentários:
Se o delegado aceitar, está passando atestado de cunplicidade.
Acredito que a Dilma esteja dando um tempo para não pensarem que é uma vingança do PT. Mas acho que deveríamos endereçar uma pergunta ao Ministro favorito do PHA, o Zé Eduardo Cardozo
Postar um comentário