Passada a crônica fúria midiática contra qualquer manifestação popular, começam a surgir dados gritantes sobre a brutalidade da PM tucana nos protestos dos últimos dias. A jornalista Fabiana Maranhão, do UOL, revela hoje que as bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia nesta quinta-feira (13) estavam com a validade vencida. "A fotografia de um dos artefatos divulgada nas redes sociais mostra que o prazo para uso do material terminou em dezembro de 2010. Na embalagem do produto, uma mensagem alerta: 'Atenção: oferece perigo se utilizado após o prazo de validade'".
Segundo a repórter, a denúncia foi feita por manifestantes e moradores do centro da capital. "O ator Rafael Queiroga, 30, foi um dos que encontrou os artefatos na rua onde mora, no bairro dos Jardins, depois que policiais militares dispararam bombas contra os manifestantes. Ele conta que não estava participando do protesto, mas desceu para ver o que estava acontecendo. 'Havia várias dessas na rua. Peguei uma. Quando cheguei em casa, fui alertado por uma pessoa sobre a validade da bomba', lembra. A constatação causou revolta no ator. 'Isso é negligência. Estão colocando em risco a vida das pessoas'", desabafa".
O comando da PM ainda não se pronunciou sobre a grave denúncia. Na prática, o governo Alckmin tenta sabotar qualquer tipo de informação e inibir a investigação dos jornalistas. No início da tarde de hoje, a polícia divulgou um "balanço oficial" dos confrontos de ontem. Ele registra que 12 pessoas ficaram feridas na ação - todas, porém, soldados da própria PM. O documento não contabiliza as centenas de ativistas e de simples transeuntes que foram feridos com balas de borracha e cassetetes - alguns com gravidade.
O balanço também informa que 222 pessoas foram detidas. Na noite passada, porém, a delegada Victória Lobo, titular da 78º DP (Jardins), relatou que 241 pessoas foram presas e encaminhadas para a sua delegacia, para o 1º DP (Liberdade) e para o 4º DP (Consolação). Destas, cinco foram indiciadas por "formação de quadrilha" e danos ao patrimônio - considerados crimes inafiançáveis.
1 comentários:
a policia militar nunca foi uma instituição popular, muito menos democrática, deveria ser substituída, nas cidades onde o PT governa, pela força nacional; e a polícia civil, ser totalmente reformulada pra atender aos interesses dos cidadãos. A Polícia Militar, assim como o poder judiciário monárquico e vitalício que não foi eleito por ninguém mas exige obediência, só servem aos interesses do capital e das elites genocidas. Não Presta!
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