Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Reveladora a matéria publicada ontem a noite pelo O Globo.
Além de dizer o óbvio – que Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva “estão conversando e traçando estratégias conjuntas, de ajuda mútua, para concretizar as candidaturas” – revela que a coisa vai além. Roberto Freire diz que ”seus partidários atuam na linha de frente para permitir a criação do partido de Marina Silva”. E diz ao jornal que “lideranças políticas do ex-PPS estão abrindo postos de coleta de assinaturas para o Rede em vários estados”.
Quer dizer, então, que os freiro-serristas estão indo ao eleitor se passando como partidários de Marina Silva para coletar assinaturas para a tal “Rede”? Porque não é crível que digam que eles são de um partido e pedem assinaturas para a criação de outro, que não irão integrar.
Isso é iludir a boa-fé das pessoas que assinam, lamento dizer.
Marina tem o direito e os méritos para ser candidata a Presidente, como foi em 2010. Se não se adaptou ao PSOL, como não se adaptou ao PT, tem também o direito de formar um novo partido. É discutível - Freire e o Congresso estão discutindo – se isso dá ao novo partido o direito de participação no tempo de TV e nos recursos do Fundo Partidário que os eleitores deram a outro partido, nas eleições.
Esta discussão, aliás, dividiu o STF no caso do PSD de Gilberto Kassab e levou a uma decisão esdrúxula que reacendeu o mercado de troca-troca de legenda pelos parlamentares.
Mas o que Roberto Freire revela vai além da fidelidade partidária, resvala para o estelionato partidário.
Certamente há muitos partidários sinceros de Marina montando banquinhas nas praças para coletar assinaturas para a “Rede” sem saber que, algumas quadras adiante, o pessoal de Roberto Freire, travestido de marinista, faz o mesmo. Da mesma forma, há pessoas assinando por Marina acreditando que freiristas, aliados de Serra, são os simpáticos marinistas que supõem.
Muito menos sabendo que a aliança eventual com o candidato da direita mais bem sucedido é algo que “mais ou menos entendido com o Aécio”, nas palavras de Freire.
Se Marina Silva não sabe do que Freire contou na entrevista, agora sabe. Depois, não adianta escrever na Folha que está sendo atacada na internet pelo que chama de “mensalet”. Quem publicou este modelo de comportamento ético foi O Globo, transcrevendo palavras de seu aliado do PPS e, agora se sabe, ajudante de fundador da Rede.
Reveladora a matéria publicada ontem a noite pelo O Globo.
Além de dizer o óbvio – que Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva “estão conversando e traçando estratégias conjuntas, de ajuda mútua, para concretizar as candidaturas” – revela que a coisa vai além. Roberto Freire diz que ”seus partidários atuam na linha de frente para permitir a criação do partido de Marina Silva”. E diz ao jornal que “lideranças políticas do ex-PPS estão abrindo postos de coleta de assinaturas para o Rede em vários estados”.
Quer dizer, então, que os freiro-serristas estão indo ao eleitor se passando como partidários de Marina Silva para coletar assinaturas para a tal “Rede”? Porque não é crível que digam que eles são de um partido e pedem assinaturas para a criação de outro, que não irão integrar.
Isso é iludir a boa-fé das pessoas que assinam, lamento dizer.
Marina tem o direito e os méritos para ser candidata a Presidente, como foi em 2010. Se não se adaptou ao PSOL, como não se adaptou ao PT, tem também o direito de formar um novo partido. É discutível - Freire e o Congresso estão discutindo – se isso dá ao novo partido o direito de participação no tempo de TV e nos recursos do Fundo Partidário que os eleitores deram a outro partido, nas eleições.
Esta discussão, aliás, dividiu o STF no caso do PSD de Gilberto Kassab e levou a uma decisão esdrúxula que reacendeu o mercado de troca-troca de legenda pelos parlamentares.
Mas o que Roberto Freire revela vai além da fidelidade partidária, resvala para o estelionato partidário.
Certamente há muitos partidários sinceros de Marina montando banquinhas nas praças para coletar assinaturas para a “Rede” sem saber que, algumas quadras adiante, o pessoal de Roberto Freire, travestido de marinista, faz o mesmo. Da mesma forma, há pessoas assinando por Marina acreditando que freiristas, aliados de Serra, são os simpáticos marinistas que supõem.
Muito menos sabendo que a aliança eventual com o candidato da direita mais bem sucedido é algo que “mais ou menos entendido com o Aécio”, nas palavras de Freire.
Se Marina Silva não sabe do que Freire contou na entrevista, agora sabe. Depois, não adianta escrever na Folha que está sendo atacada na internet pelo que chama de “mensalet”. Quem publicou este modelo de comportamento ético foi O Globo, transcrevendo palavras de seu aliado do PPS e, agora se sabe, ajudante de fundador da Rede.
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