Por Bepe Damasco, em seu blog:
Para o saudoso poeta Cazuza, a burguesia fede. E como fede. Não é à toa que o grande Darcy Ribeiro classificou a nossa elite com a mais tacanha e mesquinha do planeta. Mas um odor fétido também exala das convicções escravocratas e xenófobas de boa parte da classe média brasileira. Pois não é que médicos cearenses desse estrato social foram capazes de cobrir o país de vergonha hostilizando médicos cubanos que chegaram ao Brasil para trabalhar exatamente nos locais em que esta geração shopping center se nega a fazê-lo ? Com a alma contaminada pelo veneno inoculado pelos colunistas do PIG, atacaram gente que desembarcou no país para cuidar dos pobres do Brasil profundo.
Se tivessem um pingo de vergonha na cara, esses doutores coxinhas corariam diante da elegância e da contundência humanista contidas nas declarações dos médicos cubanos: "Dinheiro não é prioridade para nós, mas sim a oportunidade de cuidar dos que mais precisam"; "Viemos dar muito amor e gostaríamos de receber amor também"; Não entendo porque nos vaiam, já que nós vamos trabalhar justamente onde eles não querem."
Mas que nada. Preferem radicalizar nas ofensas e esbanjar falta de educação e egoísmo. Só porque se formaram em medicina (a maioria ou às custas de dinheiro público ou com papai e mamãe pagando) se sentem hóspedes de luxo da Casa Grande. E pau na senzala.
Outra coisa que não pode passar em branco nessa história é o papel destes conselhos de medicina, o federal e os estaduais. Não é admissível que corporações médicas de um país com os graves problemas sociais que ainda temos, com milhões de brasileiros e brasileiras carentes dos mais comezinhos tratamentos de saúde, tenham se transformado em bastiões em defesa de privilégios de casta. Vivem, com o apoio decidido dos barões da mídia, a proferir bravatas, distorcer fatos e mentir sobre a situação da saúde no Brasil.
Quem foi que disse que a vinda de médicos estrangeiros é a panacéia para os graves problemas enfrentados pela saúde no Brasil ? Há um longo caminho a ser percorrido para que o direito a um atendimento digno seja estendido a todos.Falta mais investimento em infraestrutura nos hospitais e postos de saúde. Em muitas unidades faltam equipamentos e até insumos básicos. Dez entre dez estudiosos do assunto apontam o subfinanciamento da área de saúde como seu principal gargalo.
Contudo, os médicos cubanos, mexicanos e espanhóis vêm cuidar de atenção básica em saúde, saber se a pessoa tem verminose, monitorar a pressão, fiscalizar a caderneta de vacinas das crianças, ensinar como se faz e ministra um soro pediátrico, socializar hábitos de higiene como fator decisivo para impedir o aparecimento de doenças e encaminhar para os hospitais quando for o caso. E isso não tem preço para os mais necessitados.
A corporação de jaleco que vaia os cubanos jamais entenderá que médicos de verdade devem cuidar, acolher, aconselhar, ouvir e acariciar. É triste ver o Ministério Público tomando partido a favor dos doutores reacionários brasileiros, em detimento dos interesses do povo. Em vez de enquadrar por preconceito e racismo a tal jornalista do Rio Grande do Norte que disse que as médicas cubanas parecem empregadas domésticas, prefere abrir investigação para apurar a legalidade do Programa Mais Médicos. Vale tudo pelos holofotes. Ainda mais agora depois que a MP 37 foi tratorada pelas manifestações de junho. Por falar em manifestações de junho, aproveito para levantar um cartaz com os seguintes dizeres : " O Ministério Público não me representa". Não mesmo.
Para o saudoso poeta Cazuza, a burguesia fede. E como fede. Não é à toa que o grande Darcy Ribeiro classificou a nossa elite com a mais tacanha e mesquinha do planeta. Mas um odor fétido também exala das convicções escravocratas e xenófobas de boa parte da classe média brasileira. Pois não é que médicos cearenses desse estrato social foram capazes de cobrir o país de vergonha hostilizando médicos cubanos que chegaram ao Brasil para trabalhar exatamente nos locais em que esta geração shopping center se nega a fazê-lo ? Com a alma contaminada pelo veneno inoculado pelos colunistas do PIG, atacaram gente que desembarcou no país para cuidar dos pobres do Brasil profundo.
Se tivessem um pingo de vergonha na cara, esses doutores coxinhas corariam diante da elegância e da contundência humanista contidas nas declarações dos médicos cubanos: "Dinheiro não é prioridade para nós, mas sim a oportunidade de cuidar dos que mais precisam"; "Viemos dar muito amor e gostaríamos de receber amor também"; Não entendo porque nos vaiam, já que nós vamos trabalhar justamente onde eles não querem."
Mas que nada. Preferem radicalizar nas ofensas e esbanjar falta de educação e egoísmo. Só porque se formaram em medicina (a maioria ou às custas de dinheiro público ou com papai e mamãe pagando) se sentem hóspedes de luxo da Casa Grande. E pau na senzala.
Outra coisa que não pode passar em branco nessa história é o papel destes conselhos de medicina, o federal e os estaduais. Não é admissível que corporações médicas de um país com os graves problemas sociais que ainda temos, com milhões de brasileiros e brasileiras carentes dos mais comezinhos tratamentos de saúde, tenham se transformado em bastiões em defesa de privilégios de casta. Vivem, com o apoio decidido dos barões da mídia, a proferir bravatas, distorcer fatos e mentir sobre a situação da saúde no Brasil.
Quem foi que disse que a vinda de médicos estrangeiros é a panacéia para os graves problemas enfrentados pela saúde no Brasil ? Há um longo caminho a ser percorrido para que o direito a um atendimento digno seja estendido a todos.Falta mais investimento em infraestrutura nos hospitais e postos de saúde. Em muitas unidades faltam equipamentos e até insumos básicos. Dez entre dez estudiosos do assunto apontam o subfinanciamento da área de saúde como seu principal gargalo.
Contudo, os médicos cubanos, mexicanos e espanhóis vêm cuidar de atenção básica em saúde, saber se a pessoa tem verminose, monitorar a pressão, fiscalizar a caderneta de vacinas das crianças, ensinar como se faz e ministra um soro pediátrico, socializar hábitos de higiene como fator decisivo para impedir o aparecimento de doenças e encaminhar para os hospitais quando for o caso. E isso não tem preço para os mais necessitados.
A corporação de jaleco que vaia os cubanos jamais entenderá que médicos de verdade devem cuidar, acolher, aconselhar, ouvir e acariciar. É triste ver o Ministério Público tomando partido a favor dos doutores reacionários brasileiros, em detimento dos interesses do povo. Em vez de enquadrar por preconceito e racismo a tal jornalista do Rio Grande do Norte que disse que as médicas cubanas parecem empregadas domésticas, prefere abrir investigação para apurar a legalidade do Programa Mais Médicos. Vale tudo pelos holofotes. Ainda mais agora depois que a MP 37 foi tratorada pelas manifestações de junho. Por falar em manifestações de junho, aproveito para levantar um cartaz com os seguintes dizeres : " O Ministério Público não me representa". Não mesmo.
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