Por Altamiro Borges
A entrevista do ministro Celso de Mello à Folha magoou a própria Folha. Publicada na quinta-feira (26), ela teve forte repercussão. Nela, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF) fez duras críticas à postura da mídia por ocasião do voto de desempate sobre os embargos infringentes no julgamento do chamado mensalão. “Em 45 anos de atuação na área jurídica (…), nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”, desabafou.
A resposta da Folha veio no dia seguinte, num editorial também duro, intitulado “Falácias do decano”. O jornal da famiglia Frias lembra que apoiou o voto do ministro no artigo “Não é pizza”, de 19 de setembro, e nega na maior caradura que tenha feito qualquer pressão sobre o STF durante o midiático julgamento. Na sequência, a Folha desqualifica o “desabafo de um juiz que se viu objeto das atenções – e das críticas – de boa parte da opinião pública”. Para o jornal, “há dois aspectos preocupantes na assertiva” do decano sobre a brutal pressão da mídia.
“Primeiro, a generalização apressada – um tipo bastante comum de falácia, mas incômodo quando contamina o argumento de um ministro do Supremo. Ainda que houvesse a tal tentativa de subjugação, seria impróprio tratar todos os veículos de comunicação como um corpo monolítico... Segundo – e mais importante –, a confusão entre a legítima manifestação de opinião na esfera pública e a perniciosa tentativa de intimidar magistrados”.
Como sempre, os arrogantes barões da mídia acham que a opinião publicada equivale a “legítima manifestação da opinião na esfera pública”. O editorial da Folha apenas corrobora as duras críticas do ministro Celso de Mello aos meios de comunicação monopolizados que buscam “pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”. O mais correto até seria afirmar que a ditadura da mídia tenta subjugar a consciência do conjunto da sociedade, colocando-se acima das leis e do Estado de Direito.
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A entrevista do ministro Celso de Mello à Folha magoou a própria Folha. Publicada na quinta-feira (26), ela teve forte repercussão. Nela, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF) fez duras críticas à postura da mídia por ocasião do voto de desempate sobre os embargos infringentes no julgamento do chamado mensalão. “Em 45 anos de atuação na área jurídica (…), nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”, desabafou.
A resposta da Folha veio no dia seguinte, num editorial também duro, intitulado “Falácias do decano”. O jornal da famiglia Frias lembra que apoiou o voto do ministro no artigo “Não é pizza”, de 19 de setembro, e nega na maior caradura que tenha feito qualquer pressão sobre o STF durante o midiático julgamento. Na sequência, a Folha desqualifica o “desabafo de um juiz que se viu objeto das atenções – e das críticas – de boa parte da opinião pública”. Para o jornal, “há dois aspectos preocupantes na assertiva” do decano sobre a brutal pressão da mídia.
“Primeiro, a generalização apressada – um tipo bastante comum de falácia, mas incômodo quando contamina o argumento de um ministro do Supremo. Ainda que houvesse a tal tentativa de subjugação, seria impróprio tratar todos os veículos de comunicação como um corpo monolítico... Segundo – e mais importante –, a confusão entre a legítima manifestação de opinião na esfera pública e a perniciosa tentativa de intimidar magistrados”.
Como sempre, os arrogantes barões da mídia acham que a opinião publicada equivale a “legítima manifestação da opinião na esfera pública”. O editorial da Folha apenas corrobora as duras críticas do ministro Celso de Mello aos meios de comunicação monopolizados que buscam “pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz”. O mais correto até seria afirmar que a ditadura da mídia tenta subjugar a consciência do conjunto da sociedade, colocando-se acima das leis e do Estado de Direito.
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2 comentários:
Tomara que o Juiz, o Decano, tenha aprendido quem é a imprensa golpista, a imprensa bandida.
A enganação só existe porque existe quem se deixa enganar.
Quem diz conhecer a opinião publica e tem um instituto para saber qual é a opinião pública, é propício a duas mentiras.
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