Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Devo confessar que não gosto de futebol – o que, no Brasil, chega a ser uma heresia. Ainda assim, apesar de ser exceção, não tenho um time de preferência, não torço por nenhum, não entendo as tabelas, as regras etc., pois nunca me interessei por entender.
O tempo, o dinheiro e a energia que este povo gasta com o futebol deveriam ser melhor empregados. Mas um fato é inquestionável: os brasileiros, sobretudo os mais humildes, encontram nesse esporte um alento para a dura vida que levam.
Devo confessar que não gosto de futebol – o que, no Brasil, chega a ser uma heresia. Ainda assim, apesar de ser exceção, não tenho um time de preferência, não torço por nenhum, não entendo as tabelas, as regras etc., pois nunca me interessei por entender.
O tempo, o dinheiro e a energia que este povo gasta com o futebol deveriam ser melhor empregados. Mas um fato é inquestionável: os brasileiros, sobretudo os mais humildes, encontram nesse esporte um alento para a dura vida que levam.
Sediar eventos internacionais da importância de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos, porém, é outra coisa. Tais eventos podem projetar um país ao poderem mostrar sua capacidade de organização e de execução de projetos.
Todavia, tais eventos também podem desmoralizar internacionalmente um país se este, ao organizá-los, vier a colher um fracasso organizacional.
O prejuízo de imagem a um país que fracassa na organização de um evento internacional da importância de uma Copa do Mundo, ao contrário do que muitos possam pensar não fica para o governo responsável por tal organização, mas para esse país.
Governos passam, países ficam. Se o movimento “Não vai ter Copa” triunfar, no futuro quem ficará conhecido mundialmente pelo fracasso do evento não serão Lula, Dilma Rousseff ou o PT, mas o Brasil.
Este país, nesse caso, ficaria marcado para sempre pela incapacidade de organizar eventos internacionais. Será considerado um país selvagem, impróprio para o turismo, incapaz de levar à frente um projeto que tantas nações já conseguiram fazer vingar.
O que o Brasil vai ganhar sabotando sua própria imagem diante do mundo? Nada.
Os investimentos na Copa já foram feitos e não serão desfeitos por nenhuma gritaria. Só o que deixará de ocorrer, se esse movimento aloprado vingar, será a recompensa nacional pelos investimentos feitos – recompensas de imagem e financeira.
Quem ganha com a sabotagem do evento? O povo é que não vai ganhar nada.
Além da dor que a massacrante maioria de brasileiros que ama o futebol sentirá diante de uma derrota da Seleção forjada no previsível estado psicológico de abatimento da equipe diante dos protestos, haverá o prejuízo econômico e imagético do país.
Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
Você, cidadão comum, ficaria com a desmoralização internacional de seu país, com a provável piora de sua vida que um baque na economia causado por essa desmoralização iria gerar – o que colocaria em risco até seu emprego, seus negócios etc.
Ao longo da última década, você passou a ganhar salário mais alto, seus filhos conseguiram ingressar mais facilmente no mercado de trabalho, a pobreza no país despencou. Com tais eventos internacionais, o Brasil mostrará ao mundo que chegou a sua hora.
Mas você pode arriscar tudo isso para que políticos espertalhões – e sem votos – cheguem ao poder graças a uma farsa, a de que o país investiu na Copa dinheiro que seria destinado a saúde, educação etc.
Sim, uma farsa. O dinheiro público investido na Copa é uma fração do total dos investimentos. A quase totalidade desses recursos é privada. E tais investimentos, públicos ou privados, serão pagos pelo lucro com turismo e com maior atividade econômica decorrentes do evento.
A pergunta que fica, portanto, é simples: o que, de fato, o Brasil ganhará com a sabotagem da Copa do mundo, agora encampada por 9 entre 10 colunistas e editorialistas dessa grande mídia de oposição ao governo federal?
Se você não se fez essa pergunta, está na hora de fazer. Se não conseguir respondê-la e se não encontrar uma resposta clara, sua obrigação, como cidadão brasileiro, será combater esse movimento aloprado, sem pé, cabeça ou juízo.
Todavia, tais eventos também podem desmoralizar internacionalmente um país se este, ao organizá-los, vier a colher um fracasso organizacional.
O prejuízo de imagem a um país que fracassa na organização de um evento internacional da importância de uma Copa do Mundo, ao contrário do que muitos possam pensar não fica para o governo responsável por tal organização, mas para esse país.
Governos passam, países ficam. Se o movimento “Não vai ter Copa” triunfar, no futuro quem ficará conhecido mundialmente pelo fracasso do evento não serão Lula, Dilma Rousseff ou o PT, mas o Brasil.
Este país, nesse caso, ficaria marcado para sempre pela incapacidade de organizar eventos internacionais. Será considerado um país selvagem, impróprio para o turismo, incapaz de levar à frente um projeto que tantas nações já conseguiram fazer vingar.
O que o Brasil vai ganhar sabotando sua própria imagem diante do mundo? Nada.
Os investimentos na Copa já foram feitos e não serão desfeitos por nenhuma gritaria. Só o que deixará de ocorrer, se esse movimento aloprado vingar, será a recompensa nacional pelos investimentos feitos – recompensas de imagem e financeira.
Quem ganha com a sabotagem do evento? O povo é que não vai ganhar nada.
Além da dor que a massacrante maioria de brasileiros que ama o futebol sentirá diante de uma derrota da Seleção forjada no previsível estado psicológico de abatimento da equipe diante dos protestos, haverá o prejuízo econômico e imagético do país.
Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.
Você, cidadão comum, ficaria com a desmoralização internacional de seu país, com a provável piora de sua vida que um baque na economia causado por essa desmoralização iria gerar – o que colocaria em risco até seu emprego, seus negócios etc.
Ao longo da última década, você passou a ganhar salário mais alto, seus filhos conseguiram ingressar mais facilmente no mercado de trabalho, a pobreza no país despencou. Com tais eventos internacionais, o Brasil mostrará ao mundo que chegou a sua hora.
Mas você pode arriscar tudo isso para que políticos espertalhões – e sem votos – cheguem ao poder graças a uma farsa, a de que o país investiu na Copa dinheiro que seria destinado a saúde, educação etc.
Sim, uma farsa. O dinheiro público investido na Copa é uma fração do total dos investimentos. A quase totalidade desses recursos é privada. E tais investimentos, públicos ou privados, serão pagos pelo lucro com turismo e com maior atividade econômica decorrentes do evento.
A pergunta que fica, portanto, é simples: o que, de fato, o Brasil ganhará com a sabotagem da Copa do mundo, agora encampada por 9 entre 10 colunistas e editorialistas dessa grande mídia de oposição ao governo federal?
Se você não se fez essa pergunta, está na hora de fazer. Se não conseguir respondê-la e se não encontrar uma resposta clara, sua obrigação, como cidadão brasileiro, será combater esse movimento aloprado, sem pé, cabeça ou juízo.
8 comentários:
"Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição."
No final de contas, tudo vira uma disputa por votos.
Esse texto partiu pro terrorismo psicológico, ao enunciar que se não tiver copa a vida vai piorar dos brasileiros. Esquece algo, pra nós (a ralé) nada muda. Não veremos jogos, iremos trabalhar de uma forma ou de outra. Quem vai se dar mal com a não realização da Copa (algo improvável) são pessoas de estratos altos, que gastam muito dinheiro; quem perderá serão enormes empresas, desde as de comunicação até as de ramos alimentícios e financeiros.
Resumir todas as pessoas que não querem a Copa à isso, é mal caratismo e descompromisso com a realidade do país, que não vive só dos governantes, seja de qual espectro ideológico for.
E o outro lado não interessa? Cadê os cérebros analíticos de uma parte da esquerda? A situação de uma população de uma país impedir que aconteça um evento tão significativo (lembramos, da FIFA uma empresa corrupta) é no mínimo histórico e inédito. Copas já foram interrompidas por guerras, nunca por contestação da população do país sede. Isso, se acontecesse, mostraria que a população brasileira não é capacha, e poderia dar exemplos para outras nações, que não adianta o governo botar goela a baixo suas determinações sem ser discutidos com várias camadas da população, e no caso da Copa, a única que não foi ouvida, foi a mais pobre. Aquela que sofre(u) despejos, que não vai ver jogo nenhum, enfim, que não vai ter sua vida alterada.
Me senti ofendido com um texto desses. Assim, como muita gente deve ter sentido. Aliás, sinto a decadência de setores da esquerda que enxergam no governo atual um Deus intocável.
Francamente. Ridículo.
Dionysius Mattos
Que vergonha, quem te viu quem te vê!
Miro,
Acho que cabe ao atual governo dar respostas concretas a essa gritaria, o quer infelizmente não temos visto. O que vemos são promessas de que tudo estará pronto (os estádios certamente estarão - ou pelo menos a grande maioria deles), mas não vemos nada de pratico referente as demais obras que não os estádios; de pratico somente um decreto autorizando (que na pratica é recomendando) que seja decretado feriado nas cidades sedes nos dias dos jogos para facilitar o deslocamento das pessoas e isso certamente reduzirá a produtividade dos Município, Estado, País ...
Sem falar na segurança .... o que foi feito até agora nesse sentido, não estamos vendo nada ser feito; agora se um turista estrangeiro for assaltado (ou pior ainda morto) aqui .... a mídia internacional certamente noticiará isso e aí a "estrategia do Turismo" certamente irá pro beleléu ...
A nós "Povo Brasileiro" só nos resta torcer para que tudo saia a contento, assim nossos governantes estarão dando um "Tapa de Luva de Pelica" em todos que gritaram contra. Agora .... se não for desse jeito, cabe a nós "Povo Brasileiro" mostra ao Mundo de que a responsabilidade não é nossa e sim dos governantes, tirando do poder, e por que não da vida publica, os responsáveis pelo fracasso. Assim estaremos dando uma demonstração de que o "Povo Brasileiro" é maior que seus governantes ... sejam eles de que partido forem.
"Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição."
No final de contas, tudo vira uma disputa por votos.
Esse texto partiu para o terrorismo psicológico e não para uma análise do porque exste uma contestação a Copa, ao enunciar que se não ocorrer o evento a vida vai piorar para brasileiros (tem como depois de tanta situação que já ocorreram?). Esquece algo, pra nós (a ralé) nada muda. Não veremos jogos, iremos trabalhar de uma forma ou de outra. Quem vai se dar mal com a não realização da Copa (algo improvável) são pessoas de estratos altos, que gastam muito dinheiro; quem perderá serão enormes empresas, desde as de comunicação até as de ramos alimentícios e financeiros.
Resumir todas as pessoas que não querem a Copa a isso, é mal caratismo e descompromisso com a realidade do país, que não vive só dos governantes, seja de qual espectro ideológico for.
E o outro lado não interessa? Cadê os cérebros analíticos de uma parte da esquerda? A situação de uma população de uma país impedir que aconteça um evento tão significativo (lembramos, da FIFA uma empresa corrupta) é no mínimo histórico e inédito. Copas já foram interrompidas por guerras, nunca por contestação da população do país sede. Isso, se acontecesse, mostraria que a população brasileira não é capacha, e poderia dar exemplos para outras nações, que não adianta o governo botar goela a baixo suas determinações sem ser discutidas com várias camadas da população, e no caso da Copa, a única que não foi ouvida, foi a mais pobre. Aquela que sofre(u) despejos, que não vai ver jogo nenhum, enfim, que não vai ter sua vida alterada.
Se Eduardo Guimarães enxerga as percas financeiras; Vejo ganhos de direitos políticos e cidadania.
Me senti ofendido com um texto desses. Assim, como muita gente deve ter sentido. Aliás, sinto a decadência de setores da esquerda que enxergam no governo atual um Deus intocável.
Francamente, ridículo.
Dizer que a população pobre deste Pais ganha com a Copa foi de um desonestidade intelectual jamais vista no seu blog.
Só para ficar em um exemplo, o VLT de Cuiabá só ficará pronto do aeroporto para o centro. Onde o pobre lucra?
Em 2015 onde o pobre de Cuiaba, Manaus, Natal, Brasilia, cidades onde nem times tem, vão levar seus doentes? Para os colossos inuteis?
Me aponte um pobre que estará nos estadios com recursos proprios?
Mas os pobres vão poder vender seus produtos, voce dirá! Onde? Se nem as baianas de acarajé perto do estadio a FIFA quer permitir.
Esta Copa vai derrotar o PT sem a ajuda da oposição.
Este é o fato.
"Mostrar sua capacidade de organização e de executar projetos?" Quanto á capacidade de organização e execução de projetos, no caso do Brasil já ficou comprovado que é desastrosa, da mais alta incompetência, já que o total das obras ainda não está concluído e o evento está previsto para este ano. E, ainda que aos trancos e barrancos, o país tem sobrevivido sem a Copa, o que comprova que ela não nos faz falta alguma. O que nos faz falta são hospitais, escolas e universidades melhor estruturadas O que faz falta ao país é a educação em alto nível, povo com melhor tratamento de saúde, valorização da cultura, isto sim, são coisas que elevam a verdadeira potencialidade de um pais. Quanto a dinheiro arrecadado através do turismo, etc. e tal (discurso que você usou aqui e que eu já tenho lido e ouvido repetidas vezes desde quando eu era criança), altas comas são arrecadadas todos os anos através de mega eventos como Carnaval, Rock In Rio, e outros mais, e o que precisa melhorar no país nunca melhorou por causa disso.
Isto sem falar que, com as chuvas que se abateram sobre o Espírito Santo, causando enchentes 47 municípios deixando alguns quase totalmente destruídos (segundo a Nasa, foi o maior volume de chuvas já ocorrido no mundo num período de uma semana, o governo federal promete uma ajuda de R$ 600 milhões, o que mal dá para ajudar pessoas em dois municípios. Veja agora a falta que está fazendo a verba que já foi gasta para a realização da Copa.
Quanto ao Destroyer, deixe-me dizer o seguinte:
Ele não serve só para ataques, serve também para defesa. E uma Copa do Mundo nos defenderia de quê?
Por mais que eu tente me convencer do contrário, cada vez mais percebo que a esquerda brasileira está perdida, não conseguindo produzir nada mais do que essa retórica frágil e hipócrita.
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