Por Altamiro Borges
Em Davos, nas aprazíveis montanhas dos Alpes suíços, alguns ricaços voltaram a manifestar a sua “profunda” indignação contra as injustiças sociais no planeta durante o Fórum Econômico Mundial. Na plateia, possivelmente, alguns executivos das trilionárias empresas de armamentos. Puro cinismo! Nesta semana, organismos internacionais voltaram a alertar que cresce o número de crianças recrutadas para as guerras no sofrido e descartado continente africano. A indústria de armas movimenta bilhões de dólares em lutas fratricidas por motivações econômicas e políticas. Somente na República Centro Africana, a Unicef calcula que mais de 6 mil crianças empunham fuzis e metralhadoras.
Segundo reportagem de Juan Carlos Bow, do jornal espanhol El País, as crianças-soldados são um dos maiores dramas dos conflitos na África. “Não importa a origem do conflito armado, seja religioso, econômico ou político, em quase todos - segundo a ONU - se comete o mesmo crime: o recrutamento de crianças. O recrudescimento das guerras na República Centro-Africana e no Sudão do Sul revelou que tanto os grupos rebeldes como as milícias pró-governo usam meninos como combatentes e meninas como escravas sexuais”.
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Anistia Internacional, atualmente cerca de 20 países recrutam sistematicamente crianças para empunhar armas. “No total, o número de menores de idade participando de guerras é estimado em 300 mil... A forma de recrutar as crianças é similar à de quase todos os conflitos: elas são sequestradas em suas escolas ou aldeias. Entretanto, há casos de menores que se voluntariam, ou acreditando que podem sair da extrema pobreza ou vingar a morte de algum parente”.
Em artigo recente na Revista do Brasil, o jornalista Renato Brandão demonstrou que a indústria de armamento é um dos negócios mais lucrativos do capitalismo na atualidade. Apenas o comércio internacional de armas convencionais movimenta cerca de US$ 80 bilhões por ano. Somada à prestação de serviços militares, o volume de recursos embolsados pela indústria da morte é ainda mais assustador. Samuel Perlo-Freeman, do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), afirma que “os valores das vendas totais de equipamentos e serviços das empresas são muito mais elevados do que quaisquer estimativas para o comércio mundial de armas”.
De acordo com o ranqueamento do Sipri, a soma das vendas e serviços militares das 100 maiores empresas de armamento e equipamento bélico foi de US$ 465,7 bilhões em 2011 – só as vendas das dez maiores corporações globais chegaram a cerca de US$ 220 bilhões. O Sipri estima que as despesas militares no mundo ultrapassaram US$ 1,7 trilhão, em média, nos últimos três anos – cerca de US$ 260 dólares para cada habitante do planeta. Ainda segundo o instituto sueco, sete das dez maiores corporações do setor de defesa ficam nos Estados Unidos. Em Davos, entre as mordomias oferecidas no Fórum Econômico Mundial, alguns dos representantes destas multinacionais devem ter lamentado profundamente o aumento das injustiças no mundo!
Em Davos, nas aprazíveis montanhas dos Alpes suíços, alguns ricaços voltaram a manifestar a sua “profunda” indignação contra as injustiças sociais no planeta durante o Fórum Econômico Mundial. Na plateia, possivelmente, alguns executivos das trilionárias empresas de armamentos. Puro cinismo! Nesta semana, organismos internacionais voltaram a alertar que cresce o número de crianças recrutadas para as guerras no sofrido e descartado continente africano. A indústria de armas movimenta bilhões de dólares em lutas fratricidas por motivações econômicas e políticas. Somente na República Centro Africana, a Unicef calcula que mais de 6 mil crianças empunham fuzis e metralhadoras.
Segundo reportagem de Juan Carlos Bow, do jornal espanhol El País, as crianças-soldados são um dos maiores dramas dos conflitos na África. “Não importa a origem do conflito armado, seja religioso, econômico ou político, em quase todos - segundo a ONU - se comete o mesmo crime: o recrutamento de crianças. O recrudescimento das guerras na República Centro-Africana e no Sudão do Sul revelou que tanto os grupos rebeldes como as milícias pró-governo usam meninos como combatentes e meninas como escravas sexuais”.
Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Anistia Internacional, atualmente cerca de 20 países recrutam sistematicamente crianças para empunhar armas. “No total, o número de menores de idade participando de guerras é estimado em 300 mil... A forma de recrutar as crianças é similar à de quase todos os conflitos: elas são sequestradas em suas escolas ou aldeias. Entretanto, há casos de menores que se voluntariam, ou acreditando que podem sair da extrema pobreza ou vingar a morte de algum parente”.
Em artigo recente na Revista do Brasil, o jornalista Renato Brandão demonstrou que a indústria de armamento é um dos negócios mais lucrativos do capitalismo na atualidade. Apenas o comércio internacional de armas convencionais movimenta cerca de US$ 80 bilhões por ano. Somada à prestação de serviços militares, o volume de recursos embolsados pela indústria da morte é ainda mais assustador. Samuel Perlo-Freeman, do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), afirma que “os valores das vendas totais de equipamentos e serviços das empresas são muito mais elevados do que quaisquer estimativas para o comércio mundial de armas”.
De acordo com o ranqueamento do Sipri, a soma das vendas e serviços militares das 100 maiores empresas de armamento e equipamento bélico foi de US$ 465,7 bilhões em 2011 – só as vendas das dez maiores corporações globais chegaram a cerca de US$ 220 bilhões. O Sipri estima que as despesas militares no mundo ultrapassaram US$ 1,7 trilhão, em média, nos últimos três anos – cerca de US$ 260 dólares para cada habitante do planeta. Ainda segundo o instituto sueco, sete das dez maiores corporações do setor de defesa ficam nos Estados Unidos. Em Davos, entre as mordomias oferecidas no Fórum Econômico Mundial, alguns dos representantes destas multinacionais devem ter lamentado profundamente o aumento das injustiças no mundo!
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