Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
No aeroporto de Brasília encontro uma alta fonte do setor energético. Está entusiasmado com as mudanças ocorridas no país. Pela primeira vez o crescimento do consumo no nordeste superou todas as demais regiões, em valores absolutos.
No ano passado, o nordeste enfrentou uma das piores secas da história. Este ano, é o sudeste. Faz parte do jogo. De seca em seca, o assunto ruma para os boatos no ano passado, do suposto apagão de energia.
Ele estava em sua casa quando recebeu telefonema da Globonews informando-o sobre o furo da colunista da Folha - e da Globonews. Não conseguiu entender
- Ela descobriu que a presidente convocou uma especial do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), apenas para discutir o racionamento, explicou-se o produtor.
Ele, membro do CNPE, disse não saber de nada. O CNPE reúne-se periodicamente, de acordo com agenda previamente definida. E não houve reunião especial alguma.
No estúdio da Globonews, enquanto se preparava para entrar, conversava com o produtor.
- De fato, admitiu o produtor, foi uma barriga. Mas pelo menos teve a vantagem de chamar a atenção para o tema!, explicou para o entrevistado, que mal podia acreditar no que ouvia.
No debate, houve a oportunidade de esclarecer o tema. Mas nos cinco dias restantes, nenhuma reportagem da velha mídia admitiu a "barriga". Nem mesmo depois que o próprio Ministro das Minas e Energia (MME) procurou a colunista e lhe passou todas as informações - que não foram publicadas. A versão verdadeira só foi divulgada pela blogosfera.
Por esse e outros episódios, percebe-se a importância do contraponto das redes sociais e dos blogs, mesmo com todos seus exageros, mesmo quando se transformam na outra face da mesma moeda, de dar divulgação a qualquer factoide jornalístico, diluindo as denúncias graves em pegadinhas - como a foto de Joaquim Barbosa com o Mahfuz, uma bobagem colocada no mesmo nível das enormes impropriedades cometidas por Joaquim à frente do STF.
Faltam espaços de mediação na internet e, principalmente, espaços de jornalismo. Tudo está muito radicalizado, como se o estilo Veja-Cachoeira tivesse conquistado os dois lados. Importa dar apenas o que o leitor quer, como se o produto notícia tivesse ganhado alforria geral em relação aos fatos.
Ainda assim, vale a máxima de Capilé
- Eu tenho a minha parcialidade, você tem a sua. Da soma das parcialidades, sai um país mais democrático.
No aeroporto de Brasília encontro uma alta fonte do setor energético. Está entusiasmado com as mudanças ocorridas no país. Pela primeira vez o crescimento do consumo no nordeste superou todas as demais regiões, em valores absolutos.
No ano passado, o nordeste enfrentou uma das piores secas da história. Este ano, é o sudeste. Faz parte do jogo. De seca em seca, o assunto ruma para os boatos no ano passado, do suposto apagão de energia.
Ele estava em sua casa quando recebeu telefonema da Globonews informando-o sobre o furo da colunista da Folha - e da Globonews. Não conseguiu entender
- Ela descobriu que a presidente convocou uma especial do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), apenas para discutir o racionamento, explicou-se o produtor.
Ele, membro do CNPE, disse não saber de nada. O CNPE reúne-se periodicamente, de acordo com agenda previamente definida. E não houve reunião especial alguma.
No estúdio da Globonews, enquanto se preparava para entrar, conversava com o produtor.
- De fato, admitiu o produtor, foi uma barriga. Mas pelo menos teve a vantagem de chamar a atenção para o tema!, explicou para o entrevistado, que mal podia acreditar no que ouvia.
No debate, houve a oportunidade de esclarecer o tema. Mas nos cinco dias restantes, nenhuma reportagem da velha mídia admitiu a "barriga". Nem mesmo depois que o próprio Ministro das Minas e Energia (MME) procurou a colunista e lhe passou todas as informações - que não foram publicadas. A versão verdadeira só foi divulgada pela blogosfera.
Por esse e outros episódios, percebe-se a importância do contraponto das redes sociais e dos blogs, mesmo com todos seus exageros, mesmo quando se transformam na outra face da mesma moeda, de dar divulgação a qualquer factoide jornalístico, diluindo as denúncias graves em pegadinhas - como a foto de Joaquim Barbosa com o Mahfuz, uma bobagem colocada no mesmo nível das enormes impropriedades cometidas por Joaquim à frente do STF.
Faltam espaços de mediação na internet e, principalmente, espaços de jornalismo. Tudo está muito radicalizado, como se o estilo Veja-Cachoeira tivesse conquistado os dois lados. Importa dar apenas o que o leitor quer, como se o produto notícia tivesse ganhado alforria geral em relação aos fatos.
Ainda assim, vale a máxima de Capilé
- Eu tenho a minha parcialidade, você tem a sua. Da soma das parcialidades, sai um país mais democrático.
2 comentários:
O exercício da imparcialidade é privilégio para poucos...Feliz de quem pode e sabe fazer uso dela...Abaixo a lobotomia!
A balança comercial brasileira encerrou janeiro com o maior déficit da história, de US$ 4,057 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
. As exportações somaram US$ 16,027 bilhões e as importações atingiram US$ 20,084 bilhões.
. A série histórica do ministério tem início em 1994.
Postar um comentário