Do blog de José Dirceu:
Sempre disposto a se candidatar a algum posto – este ano ainda não se sabe bem a qual, fala-se em candidatura à Câmara dos Deputados, depois que ele foi alijado pelo próprio tucanato da disputa presidencial –, o tucano José Serra subiu no palanque esta semana, o da página 2 do Estadão.
Com o discurso de sempre, destilou sua conhecida fixação e implicância contra o Mercosul. E aproveitou para achincalhar a política externa dos governos do PT e para fazer coro, claro, à campanha da imprensa, dia sim e no outro também, contra a Venezuela. O tucano começa seu artigo “Estados Unidos do atraso Sul-Americano” criticando a nota do Mercosul em defesa do governo democrático do presidente venezuelano Nicolas Maduro, sucessor do falecido presidente Hugo Chávez.
Destilando rancor
José Serra aproveita para ficar cada vez mais alinhado com o que a mídia gosta, destila todo seu rancor contra os governos Lula e Hugo Chávez, reforçando várias das deturpações que têm sido noticiadas sobre nosso vizinho ao Norte, e que podem ser confrontadas por material recente divulgado pela Brasil de Fato, sob o título “Mentiras e Verdades sobre a Venezuela”.
Além da catilinária contra a Venezuela, Serra mira no Mercosul, que ele sempre fez questão de limar abertamente. Aí, ele chega a afirmar que a política externa brasileira está em colapso. Nenhuma linha, obviamente, sobre o papel do bloco econômico do Sul, sua importância na integração países do continente e para o fortalecimento da região, aspectos sempre defendidos aqui pelo ex-ministro José Dirceu.
Nada, também, sobre a política externa levada a cabo pelos tucanos durante a década de 90. Daí a nossa contribuição, por meio da análise do ex-ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência, governos Lula), em entrevista concedida a este blog, em junho do ano passado (confiram a íntegra aqui).
Política externa dos tucanos era subserviente
Dulci lembra que durante a década de 90, a política externa brasileira foi muito recuada e tímida. “O país se proibiu de exercer qualquer papel criativo fora do nosso subcontinente”, prevalecendo a “visão de que só devem opinar sobre as questões globais as grandes potências” e de “que um país periférico como o Brasil deveria ser no máximo um coadjuvante privilegiado e exercer algum tipo de liderança apenas na nossa região, no máximo na América do Sul”.
Em sua análise, na entrevista ao blog, Dulci lembra que naquela época, tucanato de FHC do qual Serra fez parte ativamente, foi ministro durante os oito anos daqueles governos (Planejamento e Saúde), “havia a ideia de que, se o Brasil tentasse transcender esses limites, os prejuízos seriam enormes, as consequências seriam muito negativas para o país e que poderíamos nos isolar do mundo. No fundo, era a defesa de uma integração subalterna”.
A partir do governo Lula, porém, prossegue Dulci, adotou-se no país uma “uma nova política externa, de fato independente, multilateral, de diversificação de nossos parceiros econômicos e políticos, que teve, inclusive, consequências muito significativas para o comércio exterior brasileiro”.
“Nossa política externa foi de defender os interesses do país, (os interesses) nacionais, da região, do continente, mas também de lutar ativamente por uma nova ordem econômica e política internacional, coisa que na década de 90 não era feito. No máximo havia declarações retóricas”, assinala Dulci, na comparação sobre a política externa seguida pelos governos tucanos e petistas.
Sempre disposto a se candidatar a algum posto – este ano ainda não se sabe bem a qual, fala-se em candidatura à Câmara dos Deputados, depois que ele foi alijado pelo próprio tucanato da disputa presidencial –, o tucano José Serra subiu no palanque esta semana, o da página 2 do Estadão.
Com o discurso de sempre, destilou sua conhecida fixação e implicância contra o Mercosul. E aproveitou para achincalhar a política externa dos governos do PT e para fazer coro, claro, à campanha da imprensa, dia sim e no outro também, contra a Venezuela. O tucano começa seu artigo “Estados Unidos do atraso Sul-Americano” criticando a nota do Mercosul em defesa do governo democrático do presidente venezuelano Nicolas Maduro, sucessor do falecido presidente Hugo Chávez.
Destilando rancor
José Serra aproveita para ficar cada vez mais alinhado com o que a mídia gosta, destila todo seu rancor contra os governos Lula e Hugo Chávez, reforçando várias das deturpações que têm sido noticiadas sobre nosso vizinho ao Norte, e que podem ser confrontadas por material recente divulgado pela Brasil de Fato, sob o título “Mentiras e Verdades sobre a Venezuela”.
Além da catilinária contra a Venezuela, Serra mira no Mercosul, que ele sempre fez questão de limar abertamente. Aí, ele chega a afirmar que a política externa brasileira está em colapso. Nenhuma linha, obviamente, sobre o papel do bloco econômico do Sul, sua importância na integração países do continente e para o fortalecimento da região, aspectos sempre defendidos aqui pelo ex-ministro José Dirceu.
Nada, também, sobre a política externa levada a cabo pelos tucanos durante a década de 90. Daí a nossa contribuição, por meio da análise do ex-ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência, governos Lula), em entrevista concedida a este blog, em junho do ano passado (confiram a íntegra aqui).
Política externa dos tucanos era subserviente
Dulci lembra que durante a década de 90, a política externa brasileira foi muito recuada e tímida. “O país se proibiu de exercer qualquer papel criativo fora do nosso subcontinente”, prevalecendo a “visão de que só devem opinar sobre as questões globais as grandes potências” e de “que um país periférico como o Brasil deveria ser no máximo um coadjuvante privilegiado e exercer algum tipo de liderança apenas na nossa região, no máximo na América do Sul”.
Em sua análise, na entrevista ao blog, Dulci lembra que naquela época, tucanato de FHC do qual Serra fez parte ativamente, foi ministro durante os oito anos daqueles governos (Planejamento e Saúde), “havia a ideia de que, se o Brasil tentasse transcender esses limites, os prejuízos seriam enormes, as consequências seriam muito negativas para o país e que poderíamos nos isolar do mundo. No fundo, era a defesa de uma integração subalterna”.
A partir do governo Lula, porém, prossegue Dulci, adotou-se no país uma “uma nova política externa, de fato independente, multilateral, de diversificação de nossos parceiros econômicos e políticos, que teve, inclusive, consequências muito significativas para o comércio exterior brasileiro”.
“Nossa política externa foi de defender os interesses do país, (os interesses) nacionais, da região, do continente, mas também de lutar ativamente por uma nova ordem econômica e política internacional, coisa que na década de 90 não era feito. No máximo havia declarações retóricas”, assinala Dulci, na comparação sobre a política externa seguida pelos governos tucanos e petistas.
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