Do blog de Zé Dirceu:
“Jamais permitirei que se retire água que abastece o povo do Estado do Rio de Janeiro. O governador Alckmin, com quem tenho excelente relação, me ligou para expor essa ideia. Disse a ele que formalizasse a proposta, e que eu a enviaria aos órgãos técnicos. Mas já adianto: nada que prejudique o abastecimento das residências e das empresas do Estado do RJ será autorizado.”
Mais claro impossível. O recado é do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ao colega de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin (PSDB). Nem é bem um recado, porque ninguém terá de transmiti-lo, o texto-aviso do governador fluminense está escrito em uma rede social. É resposta a intenção do governador paulista, que pediu à presidenta Dilma Rousseff autorização para transpor águas do rio Paraíba do Sul (sob jurisdição federal) para o reservatório Cantareira, que abastece a capital, Grande São Paulo e municípios do entorno e se encontra no nível de água mais baixo de sua história.
Termina sendo, também, uma resposta contundente ao verdadeiro jogo, à atitude de biruta de aeroporto que tem sido seguida pelo governo Alckmin nessa questão da água para abastecer São Paulo. A cada hora o governador toma ou anuncia uma decisão a respeito – muitas delas conflitantes, algumas pelo que se vê em seguida completamente inviáveis.
Represa em que Alckmin aposta para abastecer a capital está quase vazia
Primeiro ante o risco de ter de decretar racionamento de água na capital e região metropolitana, o governo tucano do Estado colocou a culpa pelo baixo nível de água no reservatório Cantareira na falta de chuvas na região. A desculpa durou só algumas horas. Técnicos e especialistas rapidamente mostraram que não era isso e que desde 2009 o governo estadual dispõe de uma série de sugestões, alinhadas em documento que lhe foi entregue pela USP, que uma vez adotadas teriam evitado a situação e a dimensão que o problema adquiriu agora. Mas o governo do Estado não acatou e nem tomou as medidas sugeridas pelo documento.
Em seguida o governador foi até Brasília, pedir à presidenta Dilma Rousseff que fizesse gestões junto a Agência Nacional de Águas (ANA) para que esta autorizasse a transposição de águas da bacia do Paraíba do Sul para o sistema Cantareira, através da construção de um canal de 15 km que traga água da represa de Jaguari-Igaratá até a Grande São Paulo. O Rio, abastecido pelas águas do Paraíba, a partir de seu governador, Cabral, e dos municípios do interior fluminense, se levantaram contra.
Tudo indica que o governador Alckmin agiu sempre sem um pé na realidade, porque hoje o Estadão mostra com chamada em sua 1ª página que o reservatório de Jaguari-Igaratá não tem a menor possibilidade de contribuir para o abastecimento da capital e Grande São Paulo. Simplesmente porque está quase vazio – no momento conta com apenas 38% de sua capacidade, suficiente para abastecer apenas a região em que se localiza. Jeito tucano de governar. Mas que é esquisito – e descuidado – isto é.
“Jamais permitirei que se retire água que abastece o povo do Estado do Rio de Janeiro. O governador Alckmin, com quem tenho excelente relação, me ligou para expor essa ideia. Disse a ele que formalizasse a proposta, e que eu a enviaria aos órgãos técnicos. Mas já adianto: nada que prejudique o abastecimento das residências e das empresas do Estado do RJ será autorizado.”
Mais claro impossível. O recado é do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ao colega de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin (PSDB). Nem é bem um recado, porque ninguém terá de transmiti-lo, o texto-aviso do governador fluminense está escrito em uma rede social. É resposta a intenção do governador paulista, que pediu à presidenta Dilma Rousseff autorização para transpor águas do rio Paraíba do Sul (sob jurisdição federal) para o reservatório Cantareira, que abastece a capital, Grande São Paulo e municípios do entorno e se encontra no nível de água mais baixo de sua história.
Termina sendo, também, uma resposta contundente ao verdadeiro jogo, à atitude de biruta de aeroporto que tem sido seguida pelo governo Alckmin nessa questão da água para abastecer São Paulo. A cada hora o governador toma ou anuncia uma decisão a respeito – muitas delas conflitantes, algumas pelo que se vê em seguida completamente inviáveis.
Represa em que Alckmin aposta para abastecer a capital está quase vazia
Primeiro ante o risco de ter de decretar racionamento de água na capital e região metropolitana, o governo tucano do Estado colocou a culpa pelo baixo nível de água no reservatório Cantareira na falta de chuvas na região. A desculpa durou só algumas horas. Técnicos e especialistas rapidamente mostraram que não era isso e que desde 2009 o governo estadual dispõe de uma série de sugestões, alinhadas em documento que lhe foi entregue pela USP, que uma vez adotadas teriam evitado a situação e a dimensão que o problema adquiriu agora. Mas o governo do Estado não acatou e nem tomou as medidas sugeridas pelo documento.
Em seguida o governador foi até Brasília, pedir à presidenta Dilma Rousseff que fizesse gestões junto a Agência Nacional de Águas (ANA) para que esta autorizasse a transposição de águas da bacia do Paraíba do Sul para o sistema Cantareira, através da construção de um canal de 15 km que traga água da represa de Jaguari-Igaratá até a Grande São Paulo. O Rio, abastecido pelas águas do Paraíba, a partir de seu governador, Cabral, e dos municípios do interior fluminense, se levantaram contra.
Tudo indica que o governador Alckmin agiu sempre sem um pé na realidade, porque hoje o Estadão mostra com chamada em sua 1ª página que o reservatório de Jaguari-Igaratá não tem a menor possibilidade de contribuir para o abastecimento da capital e Grande São Paulo. Simplesmente porque está quase vazio – no momento conta com apenas 38% de sua capacidade, suficiente para abastecer apenas a região em que se localiza. Jeito tucano de governar. Mas que é esquisito – e descuidado – isto é.
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