Por Mauro Santayana, em seu blog:
O escritor Hans Christian Andersen, que entendia do assunto, dizia que “os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam, e os adultos despertem.”
Em uma das fábulas que envolvem canídeos e galináceos, ambas da tradição lusitana, aprende-se porque não se deve deixar a segurança do galinheiro a cargo desses predadores.
A lembrança vem à tona com a notícia, publicada pelo Valor Econômico, de que a Boeing, norte-americana, está trazendo, para o Brasil, sua divisão de Defesa, Espaço e Segurança, para tentar prestar serviços de segurança cibernética a órgãos como o Ministério da Defesa, o da Ciência e Tecnologia, grandes estatais, bancos e companhias do setor privado.
Justamente algumas das áreas que foram mais visadas, e que, com certeza, continuam a ser espionadas, por agências norte-americanas de informação, como a NSA, no âmbito do vasto “galinheiro cibernético” da rede mundial de computadores.
Embora no site oficial da BDSS – o braço de defesa da Boeing – o link relativo à “defesa nacional” não leve mais a parte alguma, na seção Government Operations fica clara, como não poderia deixar de ser, a estreita ligação da empresa com o seu país de origem, onde tem fábricas e instalações em mais de 50 estados, e conta com 58 mil funcionários, e um faturamento de 33 bilhões de dólares.
No Brasil – mesmo que contem com fortes concorrentes de outras regiões do mundo - basta que empresas sejam norte-americanas, e tenham certa reputação estabelecida, ao longo dos anos, por meio de ações de marketing, para que as portas se abram como em um passe de mágica, muitas vezes, sem que sequer seja obedecida a legislação, do ponto de vista de licitação e contratação de serviços.
Esse está sendo agora o caso da joint- venture assinada pela CEF com a IBM, em 2012, para prestar serviços no montante de mais de 1 bilhão de reais, que está sendo contestada e avaliada pelo TCU – o Tribunal de Contas da União.
Na administração pública, é preciso tomar cuidado com quem se coloca dentro de casa, e se assinam certos convênios, como foi o caso da contratação da Academi, ex-Blackwater -uma empresa privada de mercenários, acusada de crimes em várias regiões do globo - para o treinamento de policiais brasileiros responsáveis pela segurança da Copa do Mundo.
No lugar de contratar empresas estrangeiras, o Governo Federal – e os estaduais – por meio do SERPRO, da TELEBRÁS, de nossas universidades e institutos de pesquisa, precisa investir em software nacional e livre, servidores próprios, e criptografia. E estabelecer parâmetros que proíbam ou desestimulem a compra de soluções externas – principalmente de países que já nos espionaram – nas quais, eventualmente, como a raposa dentro do galinheiro, possam vir “portas” ocultas para dar acesso a empresas e governos de outros países a nossas informações nacionais estratégicas.
O escritor Hans Christian Andersen, que entendia do assunto, dizia que “os contos de fadas são escritos para que as crianças durmam, e os adultos despertem.”
Em uma das fábulas que envolvem canídeos e galináceos, ambas da tradição lusitana, aprende-se porque não se deve deixar a segurança do galinheiro a cargo desses predadores.
A lembrança vem à tona com a notícia, publicada pelo Valor Econômico, de que a Boeing, norte-americana, está trazendo, para o Brasil, sua divisão de Defesa, Espaço e Segurança, para tentar prestar serviços de segurança cibernética a órgãos como o Ministério da Defesa, o da Ciência e Tecnologia, grandes estatais, bancos e companhias do setor privado.
Justamente algumas das áreas que foram mais visadas, e que, com certeza, continuam a ser espionadas, por agências norte-americanas de informação, como a NSA, no âmbito do vasto “galinheiro cibernético” da rede mundial de computadores.
Embora no site oficial da BDSS – o braço de defesa da Boeing – o link relativo à “defesa nacional” não leve mais a parte alguma, na seção Government Operations fica clara, como não poderia deixar de ser, a estreita ligação da empresa com o seu país de origem, onde tem fábricas e instalações em mais de 50 estados, e conta com 58 mil funcionários, e um faturamento de 33 bilhões de dólares.
No Brasil – mesmo que contem com fortes concorrentes de outras regiões do mundo - basta que empresas sejam norte-americanas, e tenham certa reputação estabelecida, ao longo dos anos, por meio de ações de marketing, para que as portas se abram como em um passe de mágica, muitas vezes, sem que sequer seja obedecida a legislação, do ponto de vista de licitação e contratação de serviços.
Esse está sendo agora o caso da joint- venture assinada pela CEF com a IBM, em 2012, para prestar serviços no montante de mais de 1 bilhão de reais, que está sendo contestada e avaliada pelo TCU – o Tribunal de Contas da União.
Na administração pública, é preciso tomar cuidado com quem se coloca dentro de casa, e se assinam certos convênios, como foi o caso da contratação da Academi, ex-Blackwater -uma empresa privada de mercenários, acusada de crimes em várias regiões do globo - para o treinamento de policiais brasileiros responsáveis pela segurança da Copa do Mundo.
No lugar de contratar empresas estrangeiras, o Governo Federal – e os estaduais – por meio do SERPRO, da TELEBRÁS, de nossas universidades e institutos de pesquisa, precisa investir em software nacional e livre, servidores próprios, e criptografia. E estabelecer parâmetros que proíbam ou desestimulem a compra de soluções externas – principalmente de países que já nos espionaram – nas quais, eventualmente, como a raposa dentro do galinheiro, possam vir “portas” ocultas para dar acesso a empresas e governos de outros países a nossas informações nacionais estratégicas.
1 comentários:
Exmo.
Ocorre que pelo visto e sentido por alguns amigos meus, a espionagem aontece em comandos internacionais ocultos nas instituições brasileiras.
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