Por Altamiro Borges
O instituto Vox Populi divulgou na manhã desta quarta-feira (10) o resultado de mais uma rodada de pesquisa sobre a sucessão presidencial. Ela confirma que a presidenta Dilma Rousseff voltou a crescer nas intenções de voto; que o “furacão” Marina Silva perdeu intensidade; e que Aécio Neves, coitado, virou pó! Segundo o levantamento, encomendado pela revista CartaCapital, a petista abriu uma vantagem de oito pontos sobre a candidata-carona do PSB no primeiro turno – 36% a 28%; já o cambaleante tucano obteve apenas 15%. A outra boa notícia para a atual ocupante do Palácio do Planalto é que a simulação do segundo turno apontou empate técnico com a ex-verde – 41% a 42%.
A pesquisa foi realizada após a “delação premiada e premeditada” de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Obrado pela revista Veja, o factoide eleitoreiro – que visava ressuscitar Aécio Neves – parece que não surtiu o efeito desejado. Pelo contrário: o índice de rejeição do tucano cresceu. Ele agora está na dianteira da negatividade, com 45% de rejeição – Dilma aparece com 42% e Marina, com 40%. Ainda nesta quarta-feira será publicado um novo levantamento do instituto Datafolha, também batizado de Datafalha. Ele terá dificuldade para se contrapor às pesquisas do Vox Populi, do Ibope e da CNT, divulgadas nos últimos dias, que confirmaram as reviravoltas na corrida presidencial. A conferir!
O que muda na disputa?
No caso do Ibope, que divulgou a sua pesquisa na quarta-feira passada, as intenções de voto na presidenta Dilma cresceram três pontos, de 34% para 37%; Marina Silva também subiu - de 29% para 33%; e Aécio Neves caiu quatro pontos (de 19% para 15%). A simulação do segundo turno, porém, ainda detectava cômoda vantagem da ex-verde, de 46% a 39%. O embate político mais duro dos últimos dias parece que encurtou esta diferença. A pesquisa da CNT, divulgada na terça-feira (2), já havia sinalizado este abalo nas placas tectônicas. Sua dianteira no segundo turno caiu e ambas apareceram empatadas tecnicamente – 45,5% para Marina e 42,7% para Dilma. Agora, o Ibope confirma a alteração.
Mas as pesquisas, como dizem, são fotografias de um momento. Servem apenas para aprumar as estratégias de campanhas. Elas não ganham as eleições. Mesmo de ressaca, Aécio Neves parece que não vai desistir da sua candidatura para atender o apelo dos tucanos do movimento “Volta para Minas”. Parte da mídia também não desistiu. Ela detesta Dilma, mas não confia em Marina. Nesta semana, os jornalões e as emissoras de tevê intensificaram os ataques à Petrobras para fustigar a presidenta e a sucessora de Eduardo Campos. O editorial do Estadão de terça-feira (9), intitulado “Um pré-sal de lama”, é um panfleto explícito de apoio ao tucano e aposta na “chance dele voltar a subir nas pesquisas”.
Ajustes impulsionaram Dilma
Já no caso de Marina Silva, o comando da sua campanha parece meio desnorteado. Ele não esperava que a expressão máxima da “nova política”, sempre acostumada a atirar pedras, virasse vidraça. Havia até a ilusão de que a candidata-carona do PSB pudesse ser eleita já no primeiro turno numa típica “providência divina”. Diante das críticas à sua postura volúvel – para não dizer oportunista – e às alianças com banqueiros e setores conservadores, a ex-verde tentou posar de vítima. Parece que não colou. A tendência agora é que ela radicalize seus ataques à presidenta Dilma, vista como sua rival no segundo turno. Ela já iniciou as suas pregações contra as “quadrilhas”, esquecendo-se que seu telhado é de vidro.
Quanto à campanha da presidenta Dilma, o pior erro seria o do maldito salto alto nesta altura do jogo. Ela só se recuperou nas pesquisas porque partiu para o confronto político. Sua agenda foi ajustada, garantindo a retomada das relações com os movimentos sociais – o debate desta terça-feira (9) com as lideranças da campanha “Banda Larga é um direito seu” evidenciou a importância desta interlocução. Apesar das resistências, o programa de rádio e televisão também sofreu mudanças positivas. Além de divulgar as inúmeras ações do atual governo, o que é correto diante da omissão midiática, ele partiu para a ofensiva, fazendo as polêmicas com os dois concorrentes neoliberais – Aécio Neves e Marina Silva.
Estes e outros ajustes políticos na campanha talvez expliquem os resultados positivos das últimas pesquisas. Mas o caminho é longo e árduo!
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O instituto Vox Populi divulgou na manhã desta quarta-feira (10) o resultado de mais uma rodada de pesquisa sobre a sucessão presidencial. Ela confirma que a presidenta Dilma Rousseff voltou a crescer nas intenções de voto; que o “furacão” Marina Silva perdeu intensidade; e que Aécio Neves, coitado, virou pó! Segundo o levantamento, encomendado pela revista CartaCapital, a petista abriu uma vantagem de oito pontos sobre a candidata-carona do PSB no primeiro turno – 36% a 28%; já o cambaleante tucano obteve apenas 15%. A outra boa notícia para a atual ocupante do Palácio do Planalto é que a simulação do segundo turno apontou empate técnico com a ex-verde – 41% a 42%.
A pesquisa foi realizada após a “delação premiada e premeditada” de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras. Obrado pela revista Veja, o factoide eleitoreiro – que visava ressuscitar Aécio Neves – parece que não surtiu o efeito desejado. Pelo contrário: o índice de rejeição do tucano cresceu. Ele agora está na dianteira da negatividade, com 45% de rejeição – Dilma aparece com 42% e Marina, com 40%. Ainda nesta quarta-feira será publicado um novo levantamento do instituto Datafolha, também batizado de Datafalha. Ele terá dificuldade para se contrapor às pesquisas do Vox Populi, do Ibope e da CNT, divulgadas nos últimos dias, que confirmaram as reviravoltas na corrida presidencial. A conferir!
O que muda na disputa?
No caso do Ibope, que divulgou a sua pesquisa na quarta-feira passada, as intenções de voto na presidenta Dilma cresceram três pontos, de 34% para 37%; Marina Silva também subiu - de 29% para 33%; e Aécio Neves caiu quatro pontos (de 19% para 15%). A simulação do segundo turno, porém, ainda detectava cômoda vantagem da ex-verde, de 46% a 39%. O embate político mais duro dos últimos dias parece que encurtou esta diferença. A pesquisa da CNT, divulgada na terça-feira (2), já havia sinalizado este abalo nas placas tectônicas. Sua dianteira no segundo turno caiu e ambas apareceram empatadas tecnicamente – 45,5% para Marina e 42,7% para Dilma. Agora, o Ibope confirma a alteração.
Mas as pesquisas, como dizem, são fotografias de um momento. Servem apenas para aprumar as estratégias de campanhas. Elas não ganham as eleições. Mesmo de ressaca, Aécio Neves parece que não vai desistir da sua candidatura para atender o apelo dos tucanos do movimento “Volta para Minas”. Parte da mídia também não desistiu. Ela detesta Dilma, mas não confia em Marina. Nesta semana, os jornalões e as emissoras de tevê intensificaram os ataques à Petrobras para fustigar a presidenta e a sucessora de Eduardo Campos. O editorial do Estadão de terça-feira (9), intitulado “Um pré-sal de lama”, é um panfleto explícito de apoio ao tucano e aposta na “chance dele voltar a subir nas pesquisas”.
Ajustes impulsionaram Dilma
Já no caso de Marina Silva, o comando da sua campanha parece meio desnorteado. Ele não esperava que a expressão máxima da “nova política”, sempre acostumada a atirar pedras, virasse vidraça. Havia até a ilusão de que a candidata-carona do PSB pudesse ser eleita já no primeiro turno numa típica “providência divina”. Diante das críticas à sua postura volúvel – para não dizer oportunista – e às alianças com banqueiros e setores conservadores, a ex-verde tentou posar de vítima. Parece que não colou. A tendência agora é que ela radicalize seus ataques à presidenta Dilma, vista como sua rival no segundo turno. Ela já iniciou as suas pregações contra as “quadrilhas”, esquecendo-se que seu telhado é de vidro.
Quanto à campanha da presidenta Dilma, o pior erro seria o do maldito salto alto nesta altura do jogo. Ela só se recuperou nas pesquisas porque partiu para o confronto político. Sua agenda foi ajustada, garantindo a retomada das relações com os movimentos sociais – o debate desta terça-feira (9) com as lideranças da campanha “Banda Larga é um direito seu” evidenciou a importância desta interlocução. Apesar das resistências, o programa de rádio e televisão também sofreu mudanças positivas. Além de divulgar as inúmeras ações do atual governo, o que é correto diante da omissão midiática, ele partiu para a ofensiva, fazendo as polêmicas com os dois concorrentes neoliberais – Aécio Neves e Marina Silva.
Estes e outros ajustes políticos na campanha talvez expliquem os resultados positivos das últimas pesquisas. Mas o caminho é longo e árduo!
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2 comentários:
A traíra está caindo. É fraca, sem opinião. Não serve para governar o nosso país.
A Dilma tem que vencer a traíra!
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