Por Bepe Damasco, em seu blog:
Por que a TV Globo deve ter a primazia de encerrar campanhas eleitorais com a realização do último debate? Por que ao símbolo maior da ação deletéria do monopólio das comunicações é dado o direito de promover o ato derradeiro da disputa, sempre com o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV já fora do ar? Por que a emissora campeã da manipulação, da distorção, da mesquinharia, da mentira e do jornalismo partidarizado e golpista deve se valer da democracia conquistada a duras penas pelo povo brasileiro para estancar, por algumas horas, a queda vertiginosa de sua audiência?
Seja pelo seu passado repleto de atentados à democracia, seja pela atuação no presente sempre contrária aos interesses populares e nacionais, a Globo carece do mínimo de autoridade democrática para subir à ribalta como protagonista de uma eleição que envolve 132 milhões de eleitores. A rigor, a tentativa de impedir a vitória de Brizola, em 1982 , através da fraude do Proconsult, e a manipulação vergonhosa do debate entre Lula e Collor em 1989 já seriam motivos suficientes para que os partidos do campo popular e democrático estivessem vacinados e se negassem a participar desses espetáculos globais. O problema é o medo e a inexplicável reverência com que a Globo é tratada pelo PT.
Mergulhando de cabeça na reta finalíssima da acirrada disputa eleitoral deste ano, penso que a campanha da presidenta Dilma está diante de uma oportunidade de ouro para fazer história. Defendo a não participação da presidenta no debate, basicamente, por dois motivos:
1) Ela nada tem a ganhar com o seu comparecimento. Alguém acredita mesmo que aquele modelo de debate global de segundo turno, colocando em cena um grupo de pretensos indecisos, pode mesmo mudar decisivamente o cenário da disputa? Mas, por outro lado, não resta dúvida de que, com a propaganda eleitoral encerrada, é grande o risco de manipulação posterior do debate por parte mídia velhaca, com a Globo à frente.
2) A não ida ao debate, porém, só terá sentido se for transformada numa ação política de questionamento do monopólio midiático e de protesto contra mais uma cobertura eleitoral escandalosamente parcial e pusilânime. O boicote é uma chance ímpar de indicar para a sociedade que um novo marco regulatório das comunicações está a caminho com a vitória de Dilma no próximo domingo.
Agora, como estamos em guerra, é fundamental que a decisão de não comparecer, na próxima sexta-feira, seja respaldada pelo setor jurídico da campanha. Existe um contrato assinado entre as campanhas e a Globo? Em caso afirmativo, é preciso saber se esse documento tem valor legal ou é uma mera carta de intenções? Que tipo de penalidade esse hipotético contrato prevê em caso de não participação? Prevê só multa pecuniária ou garante à emissora o direito de realizar uma grande entrevista com Aécio, na ausência de Dilma? Os advogados da campanha tem de fazer de tudo para impedir que o candidato do PSDB usufrua desse palanque privilegiado.
Sem querer ensinar padre a rezar missa, mas cabe ao marketing político da campanha a preparação do terreno para o boicote da presidenta ao debate. Rapidamente, o recurso das pesquisas qualis deve ser utilizado para a adoção da melhor estratégia, para a construção de um discurso nos últimos programas de TV que respalde o boicote. Em síntese, não ir pura e simplesmente, sem nenhuma explicação prévia, seria o pior dos caminhos. É imprescindível que a não participação seja trabalhada e politizada.
Para encerrar, uma confissão: escrevo por convicção, mas não aposto um tostão furado que a campanha da presidenta Dilma tenha peito para confrontar a Globo de forma tão contundente.
Por que a TV Globo deve ter a primazia de encerrar campanhas eleitorais com a realização do último debate? Por que ao símbolo maior da ação deletéria do monopólio das comunicações é dado o direito de promover o ato derradeiro da disputa, sempre com o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV já fora do ar? Por que a emissora campeã da manipulação, da distorção, da mesquinharia, da mentira e do jornalismo partidarizado e golpista deve se valer da democracia conquistada a duras penas pelo povo brasileiro para estancar, por algumas horas, a queda vertiginosa de sua audiência?
Seja pelo seu passado repleto de atentados à democracia, seja pela atuação no presente sempre contrária aos interesses populares e nacionais, a Globo carece do mínimo de autoridade democrática para subir à ribalta como protagonista de uma eleição que envolve 132 milhões de eleitores. A rigor, a tentativa de impedir a vitória de Brizola, em 1982 , através da fraude do Proconsult, e a manipulação vergonhosa do debate entre Lula e Collor em 1989 já seriam motivos suficientes para que os partidos do campo popular e democrático estivessem vacinados e se negassem a participar desses espetáculos globais. O problema é o medo e a inexplicável reverência com que a Globo é tratada pelo PT.
Mergulhando de cabeça na reta finalíssima da acirrada disputa eleitoral deste ano, penso que a campanha da presidenta Dilma está diante de uma oportunidade de ouro para fazer história. Defendo a não participação da presidenta no debate, basicamente, por dois motivos:
1) Ela nada tem a ganhar com o seu comparecimento. Alguém acredita mesmo que aquele modelo de debate global de segundo turno, colocando em cena um grupo de pretensos indecisos, pode mesmo mudar decisivamente o cenário da disputa? Mas, por outro lado, não resta dúvida de que, com a propaganda eleitoral encerrada, é grande o risco de manipulação posterior do debate por parte mídia velhaca, com a Globo à frente.
2) A não ida ao debate, porém, só terá sentido se for transformada numa ação política de questionamento do monopólio midiático e de protesto contra mais uma cobertura eleitoral escandalosamente parcial e pusilânime. O boicote é uma chance ímpar de indicar para a sociedade que um novo marco regulatório das comunicações está a caminho com a vitória de Dilma no próximo domingo.
Agora, como estamos em guerra, é fundamental que a decisão de não comparecer, na próxima sexta-feira, seja respaldada pelo setor jurídico da campanha. Existe um contrato assinado entre as campanhas e a Globo? Em caso afirmativo, é preciso saber se esse documento tem valor legal ou é uma mera carta de intenções? Que tipo de penalidade esse hipotético contrato prevê em caso de não participação? Prevê só multa pecuniária ou garante à emissora o direito de realizar uma grande entrevista com Aécio, na ausência de Dilma? Os advogados da campanha tem de fazer de tudo para impedir que o candidato do PSDB usufrua desse palanque privilegiado.
Sem querer ensinar padre a rezar missa, mas cabe ao marketing político da campanha a preparação do terreno para o boicote da presidenta ao debate. Rapidamente, o recurso das pesquisas qualis deve ser utilizado para a adoção da melhor estratégia, para a construção de um discurso nos últimos programas de TV que respalde o boicote. Em síntese, não ir pura e simplesmente, sem nenhuma explicação prévia, seria o pior dos caminhos. É imprescindível que a não participação seja trabalhada e politizada.
Para encerrar, uma confissão: escrevo por convicção, mas não aposto um tostão furado que a campanha da presidenta Dilma tenha peito para confrontar a Globo de forma tão contundente.
3 comentários:
Grande "gênio"! A Dilma não participar do debate significa quase perder por wo, entregar o jogo para o inimigo,dar palanque não só para Aécio como para a própria globo usar isso como fraqueza,covardia,....Verdadeira proposta de aloprado,um desastre!Deveria ter tomada atitude contra a globo ha muito tempo, agora deve se tratar de vencer a eleição e após tratar das globo,veja e cia...
Minha Presidente , insiste em anunciar e pagar caro as publicidades em todo o PIG.
Esta atitude é suicídio, burrice ou sem vergonhiçe do governo?
Pois quem financia o inimigo é por burrice ou por ser sem vergonha!
Covardes!
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