Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A Folha anuncia que Dilma e Lula discutiram ontem à noite o nome do Ministro da Fazenda.
É obvio que sim, e obvio que não apenas.
A discussão sobre quem será o ministro da Fazenda é a discussão sobre como enfrentar o processo de desestabilização do governo e de sabotagem ao Brasil.
Quem será o Ministro da Fazenda (exceto se a escolha recair sobre Henrique Meirelles – como se comentou ontem aqui – , pelo sinal político de fraqueza para a Presidenta teria, ainda que houvesse completo consenso entre ambos) não tem maior significado econômico, embora o tenha político.
Seja Luiz Carlos Trabuco, Nélson Barbosa, Alexandre Tombini ou qualquer outro, a receita a aplicar não será muito diferente: manutenção da taxa de juros nos atuais percentuais ou pouco acima, dependendo do comportamento da inflação ( pois é isso que determina o juro real), administração do reequilíbrio de preços administrados, sobretudo na área de energia (petróleo e eletricidade), corte nas despesas públicas não essenciais e garantia de recursos para a conclusão das que estão em estado avançado, etc… O que de diferente? Principalmente, mecanismos de ampliação da capacidade de crédito de médio e longo prazo, inclusive no segmento privado, talvez com medidas que se assemelhem a uma securitização destes créditos.
Na prática, vai variar pouco, com qualquer um deles, o nível de concessões ao “mercado” que já se pratica.
Já o significado político, não, este não é o mesmo.
É, na prática, o início do segundo governo Dilma porque, na reeleição, o calendário da política não se confunde com o das folhinhas pregadas na parede.
Se Guido Mantega fosse um vaidoso fútil como José Eduardo Cardozo, compreender-se-iam alguns pruridos em ceder o cargo antes do fim formal do Governo – embora no caso do Ministro da Justiça, a urgência seja tão grande quanto a da Fazenda.
Mas não é e não tem apego doentio ao posto e sabe que, na política, o que fica nem sempre é o reconhecimento ao erro e ao acerto. Pois não foi ele, afinal, quem acertou em matéria de política econômica anticíclica quando, na crise de 2008/2009 o idolatrado Meirelles insistia em manter a ortodoxa via da “economia dos juros”?
As pernas da desestabilização do governo eleito estão, como sempre estão estes movimentos, apoiadas no terreno da economia.
Que dá, com indicadores positivos, ainda que modestos, sinais de reaquecimento.
É preciso dar simbolismo à retomada das rédeas de um processo que, faz tempo, corre ao sabor da mídia.
É preciso marcar o começo de um novo Governo e deixar falando sozinhos os que ficam no passado da campanha eleitoral.
A Folha anuncia que Dilma e Lula discutiram ontem à noite o nome do Ministro da Fazenda.
É obvio que sim, e obvio que não apenas.
A discussão sobre quem será o ministro da Fazenda é a discussão sobre como enfrentar o processo de desestabilização do governo e de sabotagem ao Brasil.
Quem será o Ministro da Fazenda (exceto se a escolha recair sobre Henrique Meirelles – como se comentou ontem aqui – , pelo sinal político de fraqueza para a Presidenta teria, ainda que houvesse completo consenso entre ambos) não tem maior significado econômico, embora o tenha político.
Seja Luiz Carlos Trabuco, Nélson Barbosa, Alexandre Tombini ou qualquer outro, a receita a aplicar não será muito diferente: manutenção da taxa de juros nos atuais percentuais ou pouco acima, dependendo do comportamento da inflação ( pois é isso que determina o juro real), administração do reequilíbrio de preços administrados, sobretudo na área de energia (petróleo e eletricidade), corte nas despesas públicas não essenciais e garantia de recursos para a conclusão das que estão em estado avançado, etc… O que de diferente? Principalmente, mecanismos de ampliação da capacidade de crédito de médio e longo prazo, inclusive no segmento privado, talvez com medidas que se assemelhem a uma securitização destes créditos.
Na prática, vai variar pouco, com qualquer um deles, o nível de concessões ao “mercado” que já se pratica.
Já o significado político, não, este não é o mesmo.
É, na prática, o início do segundo governo Dilma porque, na reeleição, o calendário da política não se confunde com o das folhinhas pregadas na parede.
Se Guido Mantega fosse um vaidoso fútil como José Eduardo Cardozo, compreender-se-iam alguns pruridos em ceder o cargo antes do fim formal do Governo – embora no caso do Ministro da Justiça, a urgência seja tão grande quanto a da Fazenda.
Mas não é e não tem apego doentio ao posto e sabe que, na política, o que fica nem sempre é o reconhecimento ao erro e ao acerto. Pois não foi ele, afinal, quem acertou em matéria de política econômica anticíclica quando, na crise de 2008/2009 o idolatrado Meirelles insistia em manter a ortodoxa via da “economia dos juros”?
As pernas da desestabilização do governo eleito estão, como sempre estão estes movimentos, apoiadas no terreno da economia.
Que dá, com indicadores positivos, ainda que modestos, sinais de reaquecimento.
É preciso dar simbolismo à retomada das rédeas de um processo que, faz tempo, corre ao sabor da mídia.
É preciso marcar o começo de um novo Governo e deixar falando sozinhos os que ficam no passado da campanha eleitoral.
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